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Embolia pulmonar: sintomas e tratamento

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A embolia pulmonar é uma consequência de outros problemas de saúde. Há vários anos, a taxa de mortalidade por essa doença vem diminuindo. É muito importante que ela seja detectada e tratada a tempo para garantir a sobrevivência.
Embolia pulmonar: sintomas e tratamento
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

A embolia pulmonar é um problema grave e relativamente comum. Estima-se que 1 em cada 1.000 pessoas tenha essa doença por ano. No entanto, especialistas acreditam que sua incidência pode ser maior, pois nem todos os casos recebem atendimento médico.

Fala-se de embolia pulmonar quando uma massa, geralmente um coágulo, obstrui a circulação sanguínea para os pulmões. Embora a causa mais comum seja um coágulo sanguíneo, essa doença também pode ser provocada por um coágulo de gordura e até por uma entrada repentina de ar.

A embolia pulmonar é potencialmente fatal. Atualmente, estima-se que entre 8% e 10% dos pacientes afetados morram. O que determina a gravidade de cada caso é o tamanho da artéria obstruída, bem como a quantidade de tecido pulmonar afetado.

O que é a embolia pulmonar?

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De uma maneira bastante simples, a embolia pulmonar é a obstrução repentina de uma artéria pulmonar. Isso geralmente ocorre quando partes de um coágulo se desprendem de alguma veia, depois migram e se fixam em uma artéria nos pulmões.

De acordo com o nível de gravidade, as embolias pulmonares são classificadas em dois grupos principais:

  • Alto risco: ocorre quando há hipotensão arterial ou choque. Gera uma mortalidade precoce de pelo menos 15%.
  • Tensão normal: nesse caso, o nível de tensão se mantém normal. Inclui dois subgrupos:
    • De baixo risco, que geralmente requer apenas tratamento ambulatorial.
    • Com um risco maior de complicações, que requer cuidados hospitalares e tratamento precoce.

Causas

A maioria dos casos de embolia pulmonar é secundária a fatores de risco desencadeantes. Isso significa que são consequência de outro problema de saúde. Os principais fatores de risco são:

  • Lesões nos membros inferiores.
  • Dano na coluna.
  • Traumatismos graves.
  • Cirurgia de grande porte.

O câncer é outro fator que pode desencadear uma embolia pulmonar. O câncer de pulmão e de pâncreas, assim como o câncer do sistema nervoso central, são os mais propensos a gerar complicações trombóticas. O mesmo vale para tumores gastrointestinais e neoplasias hematológicas.

O fator hereditário também parece exercer uma influência, embora não seja determinante. As embolias pulmonares são mais comuns em mulheres que usam contraceptivos orais. As mulheres grávidas também apresentam um maior risco, especialmente durante o terceiro trimestre da gestação e até seis semanas após o parto.

Por fim, foi encontrada uma incidência mais alta em mulheres que realizaram fertilização in vitro, assim como em mulheres na pós-menopausa que são tratadas com terapia de reposição hormonal. Neste último caso, o risco varia dependendo da substância utilizada.

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Sintomas

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Os principais sintomas da embolia pulmonar são dificuldade para respirar e dor no peito. A sensação de falta de ar, ou dispneia, é o sintoma mais frequente. Manifesta-se como uma dificuldade para inspirar profundamente e respirar plena e satisfatoriamente. Aparece de repente.

Também é muito comum sentir dores no peito, que costumam ser repentinas, opressivas e intensas. Essas dores são sentidas atrás do esterno e se assemelham a um infarto. A dor aumenta ao tossir ou inspirar e não diminui de intensidade com uma mudança de posição.

Da mesma forma, os seguintes sintomas são frequentes:

  • Síncope: perda da consciência.
  • Tosse seca ou com expectoração.
  • Hemoptise: expulsão de sangue pela boa ao tossir. Indica que há infarto pulmonar.
  • Taquipneia: aumento do ritmo da respiração.
  • Taquicardia: aumento da frequência cardíaca.
  • Outros, como palidez, cianose ou coloração azulada da pele, tontura, febre, transpiração e confusão.

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Tratamento

A embolia pulmonar é diagnosticada ao combinar a suspeita clínica, o diagnóstico por imagem e o exame do dímero D no sangue. A suspeita é definida pelos sintomas, sem que haja outra explicação. A radiografia de tórax, o eletrocardiograma e a gasometria arterial ajudam a confirmar o diagnóstico.

O tratamento básico consiste na administração de anticoagulantes. É realizado primeiro por via parenteral (intravenosa, intramuscular ou subcutânea) e depois por via oral.

O prognóstico é bom se o caso for detectado e tratado a tempo. Em 3,8% dos casos, as embolias se tornam crônicas. Há vários anos, a taxa de pacientes que morrem durante a internação por embolia pulmonar vem diminuindo significativamente.


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