Diagnóstico do cotovelo de tenista

O cotovelo de tenista ou epicondilite é uma patologia caracterizada pela dor nessa articulação devido a uma repetição prolongada de movimentos específicos do pulso.
Diagnóstico do cotovelo de tenista

Última atualização: 08 julho, 2020

A epicondilite, vulgarmente conhecida como cotovelo de tenista, é a inflamação dos tendões epicondílicos. Estes são os ligamentos que unem a musculatura do antebraço e da mão ao epicôndilo lateral do úmero, na parte externa do cotovelo. A inflamação é causada por microtraumatismos devido a sobrecargas musculares.

Trata-se de uma condição muito comum no esporte, daí seu nome, embora também ocorra no local de trabalho. Existem profissões com maior tendência a desenvolver essa lesão devido à repetição de gestos específicos.

É o caso de trabalhos em fábricas, trabalhos de escritório com computadores, pintores ou qualquer atividade que envolva um esforço excessivo da musculatura encarregada dos movimentos das mãos.

Sintomas do cotovelo de tenista

Sintomas do cotovelo de tenista
A epicondilite é uma condição comum em atletas.

Os sintomas da epicondilite aparecem progressivamente. Em geral, a dor costuma surgir na parte externa do cotovelo e pode se estender até o antebraço.

Há presença de desconforto ao segurar objetos, ao mover os dedos, ao girar o punho e ao pressionar a área afetada nos pontos de união do músculo com o ligamento.

Diagnóstico do cotovelo de tenista

A realização de um diagnóstico correto da causa da dor no cotovelo é fundamental para definir o tratamento adequado, uma vez que existem diferentes patologias que podem apresentar sintomas semelhantes e gerar confusão.

A epicondilite resistente ao tratamento, devido à confusão no diagnóstico, geralmente se deve ao aprisionamento do nervo interósseo posterior na região lateral do cotovelo. Estas são algumas condições que possuem dor semelhante à causada pelo cotovelo de tenista:

  • Neuropatia devido ao aprisionamento do nervo radial.
  • Osteocondrite da articulação rádio-umeral.
  • Dor nos músculos circundantes, que, embora não esteja diretamente relacionada à área afetada, pode causar desconforto.
  • Alterações na cabeça do rádio, localizadas na face externa do cotovelo.

Para um diagnóstico correto de epicondilite, o seguinte protocolo deve ser seguido:

1. Histórico médico do paciente

Histórico médico do paciente
Uma parte essencial do diagnóstico é o histórico médico do paciente, que se refere a todas as suas condições de saúde anteriores.
  • Exame visual: será realizado um exame abrangente da aparência física da área afetada. Procure sinais de inflamação, alterações da pele, desvio do alinhamento da articulação, etc.
  • O epicôndilo será localizado e uma palpação será realizada para verificar se o paciente sente dor nessa área específica.
  • Teste de estresse em varo: força aplicada ao cotovelo que faz com que a face distal se mova em direção à linha média do corpo. O teste será positivo se o paciente relatar desconforto.
  • Dor na extensão dos dedos contra a resistência.
  • Exame da mobilidade do cotovelo e cabeça do rádio, coluna cervical e todo o complexo articular do ombro.
  • Reunir informações sobre as atividades diárias do paciente que podem influenciar a patologia. Os tratamentos farmacológicos aos quais o paciente foi submetido recentemente também devem ser levados em consideração.

Pronação e supinação

É importante entender o conceito de pronação e supinação do antebraço para compreender os resultados desses testes.

A supinação é a rotação lateral do antebraço e da mão. A palma da mão é direcionada para cima com o polegar para fora. A pronação é a rotação medial do antebraço e da mão. Nesse caso, a palma da mão fica voltada para baixo com o polegar para dentro.

  • Manobra de Millis. O paciente permanecerá sentado com o braço ligeiramente girado, com extensão dorsal da mão e flexão do cotovelo.

O fisioterapeuta colocará uma das mãos no cotovelo e a outra no lado do antebraço. Será solicitado ao paciente que tente supinar o antebraço (girar o antebraço e a mão para cima) contra a resistência da mão do médico. Se a dor se manifestar ao executar esta ação, é provável que estejamos enfrentando um caso de cotovelo de tenista.

  • Teste da cadeira: o paciente deverá levantar uma cadeira de duas maneiras diferentes. Segurando-a com a mão pronada e o cotovelo estendido, a presença de dor é comum em caso de cotovelo de tenista. No entanto, não haverá desconforto ao segurá-la com a mão supinada.

2. Outros testes

Se, com o exame anterior, não for possível determinar que a causa da dor é a epicondilite, procederemos à realização de outros testes complementares:

  • Analítico, para descartar a existência de cristais de ácido úrico na articulação causados ​​por hiperuricemia.
  • Eletromiografia, para descartar síndromes de compressão nervosa.
  • Radiologia e exames complementares.

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