Depressão “pós-casamento”: recém-casados sem um início feliz
O que acontece depois do grande beijo no casamento? Felizes para sempre e lua de mel em um local exótico? Para muitas pessoas, surge um sentimento arrebatador chamado depressão pós-casamento.
Antes de se desesperar e pedir o divórcio, você precisa saber que essa dor é real. Apesar de não existir pesquisa específica sobre o assunto, 1 ou 2 a cada 10 mulheres sofrem com a condição, segundo estimativas de especialistas.
Assim, sentimentos de solidão, tristeza, insatisfação e desânimo podem surgir nos recém-casados, geralmente nas mulheres.
A psicóloga e terapeuta de casais Angélica Paula Neumann explica:
“É preciso te cuidado com a romantização do matrimônio. O casamento não é um momento mágico, mas de ajustes”. Nesse sentido, nutrir expectativas irreais pode alimentar a frustração.
“O parceiro ou a parceira não será a metade perfeita um do outro. Pelo contrário, viver com outra pessoa é lidar o tempo inteiro com a imperfeição de ambos. Saber desde cedo que um não irá completar o outro e suprir todas as suas necessidades é importante, pois esse(a) parceiro(a) também tem necessidades próprias”, explica a especialista.
Razões pelas quais surge a depressão pós-casamento
As razões podem ser variadas e diferentes para cada pessoa que experimenta a depressão pós-casamento. No entanto, estas são as mais comuns:
- Sensação de vazio.
- Dificuldades de adaptação ao novo papel.
- Expectativas não satisfeitas.
A comunicação é fundamental
As habilidades sociais e de comunicação entre os casais são um fator importante para o relacionamento conjugal. A comunicação positiva gera bem-estar na relação, por outro lado, a comunicação negativa ou fragilizada influi na dinâmica do casal e gera conflitos e insatisfações.
A comunicação deficitária é um problema comumente encontrado em casais que, na tentativa de resolverem seus conflitos, acabam por agravar ainda mais a situação ou desencadeiam um novo problema. Desta forma, a falta de habilidade de comunicação se torna particularmente destrutiva, podendo gerar, potencializar ou manter problemas conjugais.
A conversa pode ser o primeiro passo para a reaproximação do casal, o seguinte é investir na relação em si. Para Neumann, qualquer atividade que aproxime e conecte o casal, reforçando seus laços, é de suma importância.
E não adianta tentar escapar do problema recriando a rotina pré-casamento. “É mais importante se conectar com esses sentimentos e entender o que eles significam. Nesse caso, a psicoterapia pode ajudar.”
