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Depilação em meninas e adolescentes: dicas a serem consideradas

6 minutos
A depilação é uma prática enraizada na estética cotidiana. Meninas e adolescentes chegam a ela movidas pelo exemplo e pela necessidade de mostrar a pele sem pelos. Siga estas dicas para acompanhá-las neste processo.
Depilação em meninas e adolescentes: dicas a serem consideradas
Escrito por Ana Núñez
Última atualização: 23 agosto, 2022

Corpos sem pelos são parte do cânone da beleza há milhares de anos; no entanto, no início do século 20, essa prática se espalhou e se tornou especialmente popular no Ocidente. A pressão social, cultural e familiar está presente na necessidade estética da depilação em meninas e adolescentes.

Com os primeiros sinais da menarca os pelos aparecem em áreas que ficam visíveis com saias, blusas ou biquínis. Será inevitável e natural a necessidade de meninas e adolescentes de eliminar esse inconveniente perceptível.

Cabe aos pais levantar esse assunto de forma aberta e orientar a melhor decisão quanto à primeira depilação, pois esse costume as acompanhará deste momento em diante. Continue lendo para descobrir como se preparar, quando começar e qual o método mais apropriado.

Conheça estes 8 métodos de depilação que não machucam a pele

Dicas para antes da primeira depilação

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A vontade de depilar geralmente aparece com os primeiros pelos, por volta dos 11 ou 12 anos de idade.

O cuidado com a aparência é decisivo para decidir sobre o momento de começar a se depilar, embora existam outros motivos importantes que orientam essa decisão. Dentre eles, sabe-se que a remoção dos pelos minimiza o acúmulo de odores desagradáveis.

No entanto, diante de um estilo de pele que parece sofrer de “pelofobia” imposta por modelos sexualizadas no cinema, televisão e redes sociais, algumas advertências são pertinentes. Por exemplo, quando os pelos pubianos são completamente removidos existe uma maior possibilidade de irritações e infecções, e são necessários melhores hábitos de higiene.

De qualquer forma, chegará o momento da depilação para as meninas e adolescentes entre os 11 e os 12 anos, embora isso dependa do desenvolvimento de cada uma, do tipo de pelo e de pele. Por isso tenha essas dicas em mente para que a primeira experiência seja amigável e sem sequelas.

Antes de começar, um banho com água morna

A água morna no banho ou o uso de compressas na região ajudam a abrir os poros e a diminuir a dor, além de tornar a depilação mais eficaz. Se a isso for somada a prática de um ou dois dias por semana de esfoliação da pele, os resultados serão muito melhores.

Ao terminar, um banho ou a aplicação de água fria fecha os poros e acalma a pele. Por último é recomendável não se expor ao sol e usar hidratantes para evitar irritações após a depilação e nos dias posteriores a ela.

A pele deve estar limpa, seca e sem feridas

Em alguns casos se decide pela depilação de meninas e adolescentes para que elas usem um vestido em uma festa ou possam passear na piscina ou no mar. Para evitar complicações é preciso manter a calma e a cautela.

A pele que será submetida ao tratamento estético não deve apresentar vestígios de cremes ou óleos corporais, principalmente se forem utilizadas ceras. A depilação também deve ser evitada se houverem feridas ou se a pele estiver avermelhada ou queimada. E se a pele ficou exposta ao sol por um período prolongado, deve-se esperar pelo menos 24 horas.

A melhor maneira, a menos dolorosa

Aquela máxima que diz: “para ficar bonita é preciso sentir dor” não é adequada para esta primeira vez. Não há necessidade de começar uma prática que será permanente cruzando desnecessariamente o limiar da dor.

Entre as etapas menos agressivas está a descoloração química. Ela é recomendada quando o pelo da menina ou adolescente é fino, curto e pouco abundante, e quando a pele não é escura.

Raspar os pelos é rápido e econômico, mas se a menina ou adolescente tiver acne, cravos ou feridas, corre-se o risco de piorar a situação. Além disso, é necessário ter um pouco de destreza no manuseio da lâmina para evitar cortes. Portanto, se houver uma opção melhor, raspar os pelos na primeira experiência não deve ser a opção principal.

O creme depilatório garante o mesmo resultado da navalha, com a vantagem de que não são provocadas feridas, mas a menina não deve realizar esse procedimento sozinha. Se o tempo na pele for ultrapassado, a substância pode ser abrasiva e provocar dermatites.

As tiras de cera fria não queimam nem cortam, mas removê-las com cuidado exige a ajuda de uma pessoa experiente. Por fim, ceras, cremes ou lâminas podem causar foliculite, por isso a importância da esfoliação e da limpeza, visto que pelos encravados ou infecções podem ser evitados.

Vale ressaltar que a depilação a laser oferece uma solução definitiva para a foliculite e pode ser realizada caso exista acne, o que é frequente na adolescência. Consulte seu pediatra sobre essa opção.

Outros métodos

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O método de depilação deve ser determinado com base no tipo de pelo e de pele, além de buscar uma opção suave para a pele delicada de meninas e adolescentes.

Quando a depilação se torna habitual, os pelos tendem a enfraquecer. Existem processos de depilação que oferecem soluções rápidas (mas não duradouras), além de outras opções mais especializadas que prometem retrasar a próxima sessão.

Eletrólise

Na primeira depilação em meninas e adolescentes, o importante é que elas não sejam submetidas a procedimentos dolorosos, como a eletrólise que destrói a raiz dos pelos ao usar eletrodos como agulhas. Além disso, como as meninas ou adolescentes ainda estão em crescimento e desenvolvimento, é provável que não o procedimento não seja definitivo e o pelo nasça outra vez.

Laser

Esse dispositivo emite uma luz amplificada de radiação estimulada que atua no folículo piloso de forma muito precisa, mas é caro e doloroso. Esse método é recomendado quando a menina ou adolescente já cresceu e toma decisões responsáveis sobre a própria aparência. Aliás, como a luz monocromática é absorvida pela melanina, esse recurso é ideal para peles claras, pois evita queimaduras.

No caso das pintas (ou hiperpigmentação), é necessário tomar alguns cuidados e seguir as recomendações de um especialista. De fato, se forem usados lasers as pintas devem ser protegidas com curativos para que não recebam luz direta.

Luz intensa pulsada

Ela funciona como o laser mas com menos eficácia, mais sessões e um maior risco de queimaduras. Possui uma grande vantagem: são obtidos bons resultados em qualquer tipo de pele. Recomenda-se consultar um médico antes de usá-la.

Pinça

Ela é usada em locais específicos, como as sobrancelhas. O pelo é extraído pela raiz, e o efeito dura até três semanas. A principiante deve ser colocada nas mãos de pessoas capacitadas, pois a linha de extração precisa se adequar ao formato do rosto.

Cera

Essa é uma técnica clássica. Fria, morna ou quente, ela arranca os pelos pela raiz, portanto esse processo é doloroso, especialmente nas primeiras vezes. A cera é uma alternativa melhor que os cremes depilatórios, mas a cera quente em particular não é recomendada para pessoas com varizes ou se a jovem mora em um local quente, pois com o calor as veias se dilatam mais facilmente.

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É um mito dizer que não se pode depilar antes da primeira menstruação

Nada impede a menina ou adolescente de retirar os pelos antes da menarca. Às vezes a menstruação demora a aparecer enquanto os outros sinais de desenvolvimento se tornam aparentes, incluindo pelos nas axilas ou nas pernas.

A remoção do pelo é um método exclusivamente estético. O aconselhamento da mãe deve ser transmitido, conduzindo a menina ou adolescente pelo melhor caminho. O que não se pode ignorar é que todos os tipos de pele são diferentes, e as mais sensíveis sofrerão uma intervenção por vezes incômoda e dolorosa.

O ideal é seguir esses conselhos e procurar um dermatologista para ouvir recomendações especializadas em primeira mão. Em particular, se o que você deseja evitar é um momento inicial traumático.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.