Como detectar o câncer de mama?
Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas
É possível detectar os primeiros sintomas do câncer de mama? Se sim, como fazer isso? Existe algo mais importante do que a mamografia? Vamos esclarecer estas e outras dúvidas a seguir.
Atualmente, estima-se que as mulheres que vivem até 85 anos tenham uma chance em 9 de desenvolver câncer de mama. Na verdade, esse tipo de câncer é o mais comum nesse grupo populacional.
Primeiros sintomas que nos permitem detectar o câncer de mama
As células do corpo se dividem de forma regular e controlada para substituir as células velhas por outras mais jovens e funcionais.
Porém, esses processos de divisão celular, que a princípio devem ser regulados, podem ser alterados e gerar uma divisão celular descontrolada, dando origem a um tumor.
Quando essa massa de células em divisão adquire a capacidade de invadir outros tecidos e continuar a se proliferar neles, em um processo conhecido como metástase, estamos falando de um tumor maligno ou câncer.
Especificamente, o câncer de mama é o aparecimento de um tumor maligno nas células da glândula mamária. Essas células, originárias do tecido glandular das mamas, são capazes de invadir os tecidos saudáveis circundantes e se proliferar neles (metástases).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres e a segunda causa de morte nesse grupo populacional no mundo.
No entanto, o câncer de mama é um dos cânceres com melhor prognóstico. Seu diagnóstico precoce desempenha um papel fundamental no sucesso do tratamento.
As causas do aparecimento do câncer de mama variam de fatores genéticos a causas ambientais. Em uma baixa porcentagem dos casos, seu aparecimento se deve a uma mutação hereditária em um gene que causa uma alta predisposição ao câncer.
No entanto, em 90% dos casos de câncer de mama seu aparecimento é esporádico e não está relacionado a mutações hereditárias.
A seguir, falaremos sobre os primeiros sintomas que podem indicar um câncer de mama, bem como os aspectos que devem ser levados em consideração para detectar essa patologia a tempo.
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Fatores de risco
Antes de discutir os sintomas do câncer de mama, é conveniente saber quais são os fatores de risco relacionados a esta doença:
- Certos aspectos reprodutivos, como o uso de altas doses de anticoncepcionais hormonais, terapias de reposição hormonal ou menopausa tardia, podem estar relacionados ao aparecimento da doença.
- Outros fatores que podem influenciar seu aparecimento são os aspectos nutricionais, a atividade física, a duração da amamentação, o tabagismo e o alcoolismo.
- Os fatores de risco que não podemos influenciar incluem um histórico familiar de câncer de mama ou mutações genéticas hereditárias, como alterações nos genes BRCA1 e BRCA2.
- O risco de câncer de mama aumenta com a idade. A maioria dos cânceres de mama é diagnosticada após os 50 anos.
Possíveis sintomas
Uma das complicações na detecção precoce da doença é que, às vezes, não há sintomas nos estágios iniciais. Na verdade, o normal é que as mulheres não sintam dor nas primeiras fases.
Mesmo assim, foram evidenciados alguns aspectos que poderiam revelar a presença do câncer de mama. Alguns deles são:
- Afundamento do mamilo.
- Secreções nos mamilos.
- Dor nos seios ou no mamilo.
- Mudança no formato da mama ou do mamilo.
- Irritação, vermelhidão ou descamação das mamas.
- Aparecimento de protuberâncias ao redor dos seios, em direção à região das axilas.
É muito importante estar atento a qualquer tipo de caroço ou anormalidade originada nesta área, embora nem sempre o seu aparecimento seja devido à presença de câncer.
Geralmente, nódulos duros, irregulares e indolores têm maior probabilidade de estar relacionados ao câncer. Porém, nessas situações, é melhor consultar um especialista.
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Exames de diagnóstico precoce para detectar o câncer de mama
Devido à sua alta eficiência, a técnica mais utilizada é a mamografia, pois é capaz de detectar a patologia anos antes do desenvolvimento de possíveis nódulos ou sintomas.
É muito importante ter todas as mamografias de rastreamento recomendadas pelo seu médico. Normalmente, uma mamografia anual é recomendada a partir dos 40 ou 50 anos de idade. No entanto, essa idade pode ser reduzida no caso de pessoas com histórico familiar.
Outra possibilidade é o autoexame das mamas, que consiste em um autoexame regular das mamas, a fim de detectar a presença de caroços ou alterações.
No entanto, a utilidade dessa técnica é um tanto controversa, uma vez que nem todos os casos de câncer de mama podem ser detectados dessa forma. O autoexame nunca deve substituir a mamografia.
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