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Cólica nefrética: sintomas, causas e tratamento

5 minutos
A cólica nefrética é uma dor muito intensa que aparece e desaparece sucessivamente e ritmicamente na região lombar. É causada pela obstrução do trato urinário. A seguir, mostraremos quais são as causas mais frequentes e falaremos sobre o seu tratamento.
Cólica nefrética: sintomas, causas e tratamento
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A cólica nefrética é uma das dores mais intensas que uma pessoa pode sentir. Aqueles que já passaram pelo problema compreendem bem o que queremos dizer. Ela ocorre na região lombar, na altura da posição dos rins ou ligeiramente abaixo, onde está localizado o trato urinário.

A característica principal de qualquer dor chamada de ‘cólica’ está no seu comportamento espasmódico. A dor aparece e desaparece ritmicamente, causando picos intensos de sofrimento com pequenos períodos de relaxamento.

No caso da cólica nefrética, a dor se origina no sistema urinário devido a uma obstrução no caminho que a urina deve percorrer para alcançar a bexiga. Quando uma obstrução aparece no sistema, o trato urinário tenta superá-la, exercendo a contração dos seus dutos. Essa contração é expressa como uma cólica.

A dor da cólica nefrética fica localizada na região lombar e irradia para a área inguinal, formando um semicinturão. Ela aparecerá no lado esquerdo ou direito, dependendo de onde a obstrução estiver localizada.

Causas da cólica nefrética

A causa da dor é um bloqueio no trato urinário. Essa obstrução não permite que a urina formada no rim flua para a bexiga. Embora as pedras nos rins sejam a causa mais frequente de obstrução, também existem outras.

As causas malignas de obstrução incluem tumores cancerígenos do sistema renal, sejam nos rins, nos ureteres ou na bexiga. Um tumor maligno em um órgão adjacente também pode influenciar o trato urinário, como é o caso dos cânceres intestinais, por exemplo.

Entre as causas benignas, temos o aneurisma da aorta: uma dilatação da artéria aórtica que passa pelo abdômen, que pode pressionar o ureter. A fibrose retroperitoneal, uma formação de tecido fibroso na parte de trás do abdômen, também provoca obstrução.

Os cálculos renais

Como já dissemos, a causa mais comum de cólica nefrética são os cálculos renais, ou as pedras nos rins. São pedras de tamanhos diferentes, localizadas nos rins ou no ureter. Ao tentarem descer para serem eliminadas do corpo, causam obstrução e, consequentemente, dor.

As pedras são formadas por cálcio em quase 80% dos casos. Por esse motivo, certos estados do corpo humano estão ligados ao aumento da probabilidade de sofrer com esse problema. Quando há hipoparatireoidismo, estilo de vida sedentário, prostração prolongada ou consumo excessivo de cálcio externo – em comprimidos – sua formação é mais comum.

Pessoas com infecções recorrentes do trato urinário também têm uma maior probabilidade de formar cálculos renais. Eles são mais comuns entre mulheres do que entre os homens. Pacientes portadores de sonda urinária ou cateter estão mais expostos a infecções e, portanto, mais expostos aos cálculos.

Menos de 10% das pedras nos rins são formadas por ácido úrico. Isso é comum em pacientes com distúrbio da gota. Às vezes, dietas excessivamente ricas em proteínas – como as seguidas por atletas e pessoas buscando ganhar mais massa muscular – aumentam o ácido úrico no sangue, culminando em pedras nos rins.

Finalmente, menos de 1% das pedras estão ligadas a uma doença genética chamada cistinúria. É rara e é transmitida de pai para filho como herança genética.

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A causa mais comum de cólica nefrética são as pedras nos rins.

Sintomas da cólica nefrética

O sintoma predominante da cólica nefrética é a dor que já descrevemos. Aparece de repente e é extremamente intensa. Começa na parte inferior das costas e irradia para a frente em direção à virilha como um meio cinturão. Essa dor geralmente é acompanhada por:

  • Febre: nem sempre está presente. Pode se originar da própria dor ou de uma infecção concomitante do trato urinário.
  • Disúria: é a dificuldade de expulsar a urina, que está relacionada à obstrução.
  • Polaciúria: é o aumento da frequência de micção. O paciente urina mais vezes, mas pequenas quantidades a cada vez.
  • Hematúria: em alguns casos, as pedras podem ferir a uretra e levar à presença de sangue na urina.
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Diagnóstico e tratamento

Em geral, o médico diagnostica rapidamente a cólica nefrética quando os sintomas aparecem. A dor é muito característica e quase nenhuma outra patologia a apresenta dessa maneira. Exames de urina e raios X podem ser feitos como complemento.

O diagnóstico definitivo é alcançado com um ultrassom renal e da bexiga, onde, na grande maioria dos casos, a presença da obstrução é identificada e, no caso das pedras, seu tamanho. Apenas quadros clínicos muito duvidosos exigem uma tomografia.

Uma vez diagnosticado, o tratamento é baseado em analgesia. É uma prioridade aliviar a dor do paciente. Anti-inflamatórios e analgésicos são usados ​​para isso. Eles podem ser administrados por via oral ou intramuscular. A via intravenosa é usada quando a dor é muito intensa ou o paciente está vomitando.

Depois que a dor for resolvida, o próximo passo é agendar a resolução da obstrução. Se for uma patologia que exija cirurgia, será agendada com antecedência. Se forem pedras nos rins, as opções de tratamento são variadas:

  • Hidratação: para o caso de pedras pequenas, é preferível aguardar a expulsão espontânea, favorecendo o processo ao aumentar o consumo de líquidos.
  • Litotripsia por ondas de choque: este é um procedimento que usa ondas de choque do lado de fora do corpo para quebrar os cálculos e transformá-los em pequenos grãos de areia, para que assim sejam eliminados naturalmente.
  • Ureteroscopia: é a remoção cirúrgica dos cálculos maiores, inserindo endoscopicamente um dispositivo através do trato urinário até atingir os cálculos para extrai-los.

A cólica nefrética é uma das dores mais intensas que uma pessoa pode sentir. Aqueles que já passaram pelo problema compreendem bem o que queremos dizer. Ela ocorre na região lombar, na altura da posição dos rins ou ligeiramente abaixo, onde está localizado o trato urinário.

A característica principal de qualquer dor chamada de ‘cólica’ está no seu comportamento espasmódico. A dor aparece e desaparece ritmicamente, causando picos intensos de sofrimento com pequenos períodos de relaxamento.

No caso da cólica nefrética, a dor se origina no sistema urinário devido a uma obstrução no caminho que a urina deve percorrer para alcançar a bexiga. Quando uma obstrução aparece no sistema, o trato urinário tenta superá-la, exercendo a contração dos seus dutos. Essa contração é expressa como uma cólica.

A dor da cólica nefrética fica localizada na região lombar e irradia para a área inguinal, formando um semicinturão. Ela aparecerá no lado esquerdo ou direito, dependendo de onde a obstrução estiver localizada.

Causas da cólica nefrética

A causa da dor é um bloqueio no trato urinário. Essa obstrução não permite que a urina formada no rim flua para a bexiga. Embora as pedras nos rins sejam a causa mais frequente de obstrução, também existem outras.

As causas malignas de obstrução incluem tumores cancerígenos do sistema renal, sejam nos rins, nos ureteres ou na bexiga. Um tumor maligno em um órgão adjacente também pode influenciar o trato urinário, como é o caso dos cânceres intestinais, por exemplo.

Entre as causas benignas, temos o aneurisma da aorta: uma dilatação da artéria aórtica que passa pelo abdômen, que pode pressionar o ureter. A fibrose retroperitoneal, uma formação de tecido fibroso na parte de trás do abdômen, também provoca obstrução.

Os cálculos renais

Como já dissemos, a causa mais comum de cólica nefrética são os cálculos renais, ou as pedras nos rins. São pedras de tamanhos diferentes, localizadas nos rins ou no ureter. Ao tentarem descer para serem eliminadas do corpo, causam obstrução e, consequentemente, dor.

As pedras são formadas por cálcio em quase 80% dos casos. Por esse motivo, certos estados do corpo humano estão ligados ao aumento da probabilidade de sofrer com esse problema. Quando há hipoparatireoidismo, estilo de vida sedentário, prostração prolongada ou consumo excessivo de cálcio externo – em comprimidos – sua formação é mais comum.

Pessoas com infecções recorrentes do trato urinário também têm uma maior probabilidade de formar cálculos renais. Eles são mais comuns entre mulheres do que entre os homens. Pacientes portadores de sonda urinária ou cateter estão mais expostos a infecções e, portanto, mais expostos aos cálculos.

Menos de 10% das pedras nos rins são formadas por ácido úrico. Isso é comum em pacientes com distúrbio da gota. Às vezes, dietas excessivamente ricas em proteínas – como as seguidas por atletas e pessoas buscando ganhar mais massa muscular – aumentam o ácido úrico no sangue, culminando em pedras nos rins.

Finalmente, menos de 1% das pedras estão ligadas a uma doença genética chamada cistinúria. É rara e é transmitida de pai para filho como herança genética.

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A causa mais comum de cólica nefrética são as pedras nos rins.

Sintomas da cólica nefrética

O sintoma predominante da cólica nefrética é a dor que já descrevemos. Aparece de repente e é extremamente intensa. Começa na parte inferior das costas e irradia para a frente em direção à virilha como um meio cinturão. Essa dor geralmente é acompanhada por:

  • Febre: nem sempre está presente. Pode se originar da própria dor ou de uma infecção concomitante do trato urinário.
  • Disúria: é a dificuldade de expulsar a urina, que está relacionada à obstrução.
  • Polaciúria: é o aumento da frequência de micção. O paciente urina mais vezes, mas pequenas quantidades a cada vez.
  • Hematúria: em alguns casos, as pedras podem ferir a uretra e levar à presença de sangue na urina.
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Diagnóstico e tratamento

Em geral, o médico diagnostica rapidamente a cólica nefrética quando os sintomas aparecem. A dor é muito característica e quase nenhuma outra patologia a apresenta dessa maneira. Exames de urina e raios X podem ser feitos como complemento.

O diagnóstico definitivo é alcançado com um ultrassom renal e da bexiga, onde, na grande maioria dos casos, a presença da obstrução é identificada e, no caso das pedras, seu tamanho. Apenas quadros clínicos muito duvidosos exigem uma tomografia.

Uma vez diagnosticado, o tratamento é baseado em analgesia. É uma prioridade aliviar a dor do paciente. Anti-inflamatórios e analgésicos são usados ​​para isso. Eles podem ser administrados por via oral ou intramuscular. A via intravenosa é usada quando a dor é muito intensa ou o paciente está vomitando.

Depois que a dor for resolvida, o próximo passo é agendar a resolução da obstrução. Se for uma patologia que exija cirurgia, será agendada com antecedência. Se forem pedras nos rins, as opções de tratamento são variadas:

  • Hidratação: para o caso de pedras pequenas, é preferível aguardar a expulsão espontânea, favorecendo o processo ao aumentar o consumo de líquidos.
  • Litotripsia por ondas de choque: este é um procedimento que usa ondas de choque do lado de fora do corpo para quebrar os cálculos e transformá-los em pequenos grãos de areia, para que assim sejam eliminados naturalmente.
  • Ureteroscopia: é a remoção cirúrgica dos cálculos maiores, inserindo endoscopicamente um dispositivo através do trato urinário até atingir os cálculos para extrai-los.

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  • Navarrete, Jose Ignacio Massa, et al. “Manejo del cólico renal en Urgencias.” Seram (2018).
  • Nicolau, Carlos, Rafael Salvador, and J. M. Artigas. “Manejo diagnóstico del cólico renal.” Radiología 57.2 (2015): 113-122.
  • ÁLVAREZ, FA ORDÓÑEZ, et al. “Cólico nefrítico.” Bol Pediatr 48 (2008): 3-7.
  • Freixedas, Feliciano Grases, A. Costa Bauzá, and Rafael M. Prieto. “¿Se puede realmente prevenir la litiasis renal? Nuevas tendencias y herramientas terapéuticas.” Archivos españoles de urología 70.1 (2017): 91-102.

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