Causas e tratamentos de cistos cutâneos
Escrito e verificado por a médica Karina Valeria Atchian
Não é incomum observar protuberâncias ou caroços na pele em algum momento da vida. Muitos deles são cistos cutâneos, e os pacientes geralmente consultam um médico para determinar se são anormais ou perigosos.
A verdade de tudo isso é que essas formações costumam ser benignas na maioria dos casos, e não causam complicações. Inclusive, conforme detalhado em um artigo publicado no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (SNS) , muitos desaparecem sem tratamento. Mas quais são as suas causas?
O que são cistos cutâneos?
Os cistos cutâneos são nódulos em forma de cúpula, cheios de fluido, ar ou outra material, encontrados logo abaixo da pele. Existem diferentes tipos, mas geralmente eles são benignos ou não cancerosos.
Haverá situações em que é difícil dizer rapidamente se um nódulo é um cisto ou outra coisa que precisa de tratamento. Exames como tomografias computadorizadas, ultrassonografias ou biópsias histopatológicas podem ser necessários para confirmar o diagnóstico.
Portanto, na presença de qualquer protuberância, é aconselhável procurar um médico para realizar os exames correspondentes. Feito isso, será o profissional quem determinará se é necessário tomar medidas para eliminá-la.
Tal como acontece com outros tipos de cistos no corpo, os cutâneos variam em tamanho, de alguns milímetros a alguns centímetros. Eles são de crescimento lento e indolores, mas podem se tornar sensíveis e dolorosos se infectados. Se este for o caso, sua cor também muda e uma superfície quente avermelhada ou branco-amarelada é observada.
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Tipos mais comuns de cistos cutâneos e tratamento
Conforme detalhado em uma publicação no European Journal of Radiology Open, vários tipos de cistos cutâneos foram definidos, e o conteúdo de material fluido ou semissólido faz com que eles se projetem na pele. Eles, por sua vez, possuem diversas características e possíveis causas.
Milium ou Milia
Esse tipo de cistos é minúsculo e aparece como pápulas brancas duras, de 1 a 2 milímetros de tamanho, geralmente localizadas na face. Eles podem aparecer em pessoas de qualquer idade, incluindo recém-nascidos. Seu tratamento é feito por motivos estéticos, com retinoides tópicos ou através de procedimento cirúrgico. São de natureza benigna.
Cistos epidermoides
Às vezes chamados erroneamente de cistos sebáceos, estes são os cistos cutâneos mais comuns de serem observados. Eles ocorrem em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentemente vistos na face, base das orelhas, tronco ou genitália.
Têm a forma de nódulos da cor da pele; além disso, seu tamanho pode variar de vários milímetros a vários centímetros. Eles também tendem a ficar inchados, vermelhos e doloridos se forem infectados ou se romperem. Alguns desses cistos podem ser flutuantes.
Para um diagnóstico adequado, é necessário um exame histológico. Embora esse tipo de cisto melhore sem tratamento, é possível eliminá-lo mais rapidamente através de uma injeção local de corticosteroide ou cirurgia.
Cistos triquilemais
São nódulos subcutâneos (mais profundos), firmes e de crescimento lento, localizados com mais frequência no couro cabeludo. Em alguns casos um histórico hereditário é observado. O exame histológico será realizado para um diagnóstico preciso e, posteriormente, os cistos serão tratados através de uma incisão cirúrgica.
Cistos pilonidais
Ocorrem em crianças e adultos jovens. Caracterizam-se pelo aparecimento súbito de pequenas pápulas foliculares em forma de cúpula, geralmente no tronco. Sua evolução é lenta, podendo regredir espontaneamente. Se for necessário um tratamento, este será cirúrgico ou com laser de dióxido de carbono ou retinoides tópicos.
Esteatocistoma multiplex
O esteatocistoma multiplex é raro, sendo caracterizado por múltiplos cistos que contêm sebo e medem de 2 milímetros de diâmetro a 3 centímetros ou mais. Podem se manifestar em qualquer parte do corpo, mas apresentam predileção pelo tórax.
O tratamento é muitas vezes difícil devido ao grande número de lesões. As opções incluem tratamento cirúrgico e terapia com laser de dióxido de carbono.
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Por que os cistos se formam?
Qualquer pessoa pode desenvolver um cisto cutâneo; cabe ressaltar que eles não são contagiosos, além de geralmente inofensivos. Eles se formam a partir da camada mais externa da pele, chamada epiderme, ou do epitélio de um folículo piloso.
Pequenos cistos que não causam problemas não precisam ser tratados. Alguns até desaparecem sem tratamento. Mas caso estejam infectados, existe o risco de que a infecção de espalhe, o que exigirá um tratamento com antibióticos. Por este motivo, sugere-se consultar um médico sempre.
No caso do tratamento através de procedimento cirúrgico, deve-se considerar que a intervenção pode deixar uma cicatriz; além disso, eles podem voltar a crescer.
Embora o diagnóstico diferencial seja feito principalmente pela localização, evolução e histórico do paciente, muitas vezes será necessário realizar uma biópsia com um estudo histológico, a fim de se fazer um diagnóstico inequívoco. Na presença de dor, crescimento rápido ou mudança de cor, será necessária uma avaliação.
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