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Capsulite adesiva ou ombro congelado: tudo que você precisa saber

4 minutos
Vários autores sugeriram que a etiologia do ombro congelado é autoimune. No entanto, testes sorológicos não confirmam essa teoria. O que se sabe sobre isso? Descubra a seguir.
Capsulite adesiva ou ombro congelado: tudo que você precisa saber
Mariel Mendoza

Revisado e aprovado por a médica Mariel Mendoza

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 janeiro, 2023

A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado,  é definida como a perda progressiva da mobilidade passiva do ombro. Essa perda de mobilidade é acompanhada por uma dor difusa que predomina na área ântero-lateral do ombro.

Vários autores descreveram possíveis causas e alterações patológicas que ocorrem na cápsula da articulação glenoumeral e nos tecidos circundantes. Seu curso é insidioso, progressivo e, na maioria dos casos, autolimitante.

Essa lesão ocorre com mais frequência em pessoas entre 40 e 70 anos de idade. Além disso, é mais comum em mulheres e pacientes que apresentam alterações na glândula tireoide ou diabetes.

Como veremos mais adiante, o objetivo do tratamento é recuperar a mobilidade da articulação e sua funcionalidade. Também há um foco na redução da dor através da administração de medicamentos ou, em último caso, cirurgia.

Anatomia do ombro

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O ombro é uma articulação formada pela união das extremidades da clavícula, escápula e úmero.

O ombro é onde o braço encontra o resto do corpo. É a articulação com a maior variedade de movimentos do corpo humano. É uma articulação formada pela união das extremidades dos 3 ossos:

  • Clavícula.
  • Omoplata.
  • Úmero.

Esses três ossos estão ligados por músculos, ligamentos e tendões, que permitem a sua mobilidade. A principal articulação do ombro é a que liga a cabeça do úmero à escápula.

Essa articulação é chamada de articulação escápulo-umeral. Possui duas superfícies articulares; uma delas corresponde à cabeça do úmero, que tem uma forma hemisférica, e a outra é a cavidade glenoide da escápula. Ambas as superfícies são revestidas com cartilagem, o que permite um movimento indolor e fluido.

O conjunto de músculos e tendões unidos às superfícies dos ossos possibilita, como vimos, a mobilidade da articulação. Temos, por exemplo, o manguito rotador, composto por quatro músculos que fornecem mobilidade e estabilidade ao ombro.

Descubra: Ombro congelado: fatores de risco e tratamento

Causas da capsulite adesiva

Vários autores sugeriram que a etiologia dessa lesão é autoimune. No entanto, testes sorológicos não confirmam essa teoria. Outros sugerem que é uma variante da distrofia simpática reflexa. Essa teoria também não foi totalmente aceita, uma vez que, sendo uma distrofia, a capsulite adesiva não melhora.

De Palma, outro especialista, afirmou que a principal causa do aparecimento dessa lesão é a inatividade muscular. As causas da falta de mobilidade escápulo-umeral incluem:

  • Tenossinovite bicipital.
  • Tendinite calcária.
  • Contusões.
  • Fraturas.
  • Cicatrizes capsulares secundárias a lesões ou procedimentos cirúrgicos.

Leia também: Como tratar as dores nos ombros

Tratamento da capsulite adesiva

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A capsulite adesiva afeta a mobilidade da articulação. Por esse motivo, o tratamento terá como objetivo gerar a amplitude máxima de movimento.

Como mencionamos no início do artigo, o objetivo do tratamento é restaurar a mobilidade e a funcionalidade do ombro.

Além disso, podem ser administrados diversos medicamentos, como anti-inflamatórios ou esteroides, para acalmar a dor causada pela lesão. Em casos mais graves, o paciente pode ser submetido a uma artroscopia.

Como essa patologia tem duas fases muito marcadas, uma em que a dor predomina e a outra que ocasiona a rigidez, o tratamento fisioterapêutico é diferente.

Durante a primeira fase, a dor é muito acentuada e aparece mesmo quando o paciente está em repouso. Portanto, o tratamento terá como objetivo controlar essa dor e garantir que o paciente obtenha a amplitude de movimento máxima na articulação do ombro.

À medida que o paciente melhorar nesse aspecto, o tratamento se concentrará no objetivo de aumentar o alcance articular. Além disso, também são iniciados exercícios que incluem o manguito rotador, pois está envolvido com a cápsula articular.

Por último, e não menos importante, o paciente deverá ser informado de que outras partes do corpo podem ser afetadas pelo problema do ombro congelado, pois, como a dor é sentida e a mobilidade é reduzida, é normal tentar compensar com outros músculos.

Assim, podem surgir dores na cervical ou na lombar, devido ao estresse que os tecidos dessas áreas recebem ao fazer movimentos incorretos.

Conclusão

A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma lesão que ocorre, como o próprio nome sugere, na articulação do ombro. Quando ocorre, essa articulação perde mobilidade e funcionalidade de maneira considerável, além de provocar uma dor que pode ser muito intensa.

Consulte um profissional sobre os tratamentos mais recomendados para a sua situação, bem como qualquer dúvida que você tenha sobre esta lesão tão dolorosa.

A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado,  é definida como a perda progressiva da mobilidade passiva do ombro. Essa perda de mobilidade é acompanhada por uma dor difusa que predomina na área ântero-lateral do ombro.

Vários autores descreveram possíveis causas e alterações patológicas que ocorrem na cápsula da articulação glenoumeral e nos tecidos circundantes. Seu curso é insidioso, progressivo e, na maioria dos casos, autolimitante.

Essa lesão ocorre com mais frequência em pessoas entre 40 e 70 anos de idade. Além disso, é mais comum em mulheres e pacientes que apresentam alterações na glândula tireoide ou diabetes.

Como veremos mais adiante, o objetivo do tratamento é recuperar a mobilidade da articulação e sua funcionalidade. Também há um foco na redução da dor através da administração de medicamentos ou, em último caso, cirurgia.

Anatomia do ombro

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O ombro é uma articulação formada pela união das extremidades da clavícula, escápula e úmero.

O ombro é onde o braço encontra o resto do corpo. É a articulação com a maior variedade de movimentos do corpo humano. É uma articulação formada pela união das extremidades dos 3 ossos:

  • Clavícula.
  • Omoplata.
  • Úmero.

Esses três ossos estão ligados por músculos, ligamentos e tendões, que permitem a sua mobilidade. A principal articulação do ombro é a que liga a cabeça do úmero à escápula.

Essa articulação é chamada de articulação escápulo-umeral. Possui duas superfícies articulares; uma delas corresponde à cabeça do úmero, que tem uma forma hemisférica, e a outra é a cavidade glenoide da escápula. Ambas as superfícies são revestidas com cartilagem, o que permite um movimento indolor e fluido.

O conjunto de músculos e tendões unidos às superfícies dos ossos possibilita, como vimos, a mobilidade da articulação. Temos, por exemplo, o manguito rotador, composto por quatro músculos que fornecem mobilidade e estabilidade ao ombro.

Descubra: Ombro congelado: fatores de risco e tratamento

Causas da capsulite adesiva

Vários autores sugeriram que a etiologia dessa lesão é autoimune. No entanto, testes sorológicos não confirmam essa teoria. Outros sugerem que é uma variante da distrofia simpática reflexa. Essa teoria também não foi totalmente aceita, uma vez que, sendo uma distrofia, a capsulite adesiva não melhora.

De Palma, outro especialista, afirmou que a principal causa do aparecimento dessa lesão é a inatividade muscular. As causas da falta de mobilidade escápulo-umeral incluem:

  • Tenossinovite bicipital.
  • Tendinite calcária.
  • Contusões.
  • Fraturas.
  • Cicatrizes capsulares secundárias a lesões ou procedimentos cirúrgicos.

Leia também: Como tratar as dores nos ombros

Tratamento da capsulite adesiva

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A capsulite adesiva afeta a mobilidade da articulação. Por esse motivo, o tratamento terá como objetivo gerar a amplitude máxima de movimento.

Como mencionamos no início do artigo, o objetivo do tratamento é restaurar a mobilidade e a funcionalidade do ombro.

Além disso, podem ser administrados diversos medicamentos, como anti-inflamatórios ou esteroides, para acalmar a dor causada pela lesão. Em casos mais graves, o paciente pode ser submetido a uma artroscopia.

Como essa patologia tem duas fases muito marcadas, uma em que a dor predomina e a outra que ocasiona a rigidez, o tratamento fisioterapêutico é diferente.

Durante a primeira fase, a dor é muito acentuada e aparece mesmo quando o paciente está em repouso. Portanto, o tratamento terá como objetivo controlar essa dor e garantir que o paciente obtenha a amplitude de movimento máxima na articulação do ombro.

À medida que o paciente melhorar nesse aspecto, o tratamento se concentrará no objetivo de aumentar o alcance articular. Além disso, também são iniciados exercícios que incluem o manguito rotador, pois está envolvido com a cápsula articular.

Por último, e não menos importante, o paciente deverá ser informado de que outras partes do corpo podem ser afetadas pelo problema do ombro congelado, pois, como a dor é sentida e a mobilidade é reduzida, é normal tentar compensar com outros músculos.

Assim, podem surgir dores na cervical ou na lombar, devido ao estresse que os tecidos dessas áreas recebem ao fazer movimentos incorretos.

Conclusão

A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma lesão que ocorre, como o próprio nome sugere, na articulação do ombro. Quando ocorre, essa articulação perde mobilidade e funcionalidade de maneira considerável, além de provocar uma dor que pode ser muito intensa.

Consulte um profissional sobre os tratamentos mais recomendados para a sua situação, bem como qualquer dúvida que você tenha sobre esta lesão tão dolorosa.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Salvatore, M., Latte, C., Milano, G., & Grasso, A. (2014). Adhesive capsulitis. In Shoulder Arthroscopy: Principles and Practice. https://doi.org/10.1007/978-1-4471-5427-3_29
  • Hsu, J. E., Anakwenze, O. A., Warrender, W. J., & Abboud, J. A. (2011). Current review of adhesive capsulitis. Journal of Shoulder and Elbow Surgery. https://doi.org/10.1016/j.jse.2010.08.023
  • Neviaser, A. S., & Neviaser, R. J. (2011). Adhesive capsulitis of the shoulder. Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. https://doi.org/10.5435/00124635-201109000-00004

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.