Avanços científicos impulsionam vacina contra tumores cancerígenos
A seguir comentamos quais são os avanços científicos que impulsionam a busca de uma vacina contra os tumores cancerígenos, as características realizadas até a data e outros dados de interesse.
O câncer, no transcorrer da história, transformou-se em um dos principais objetos de estudo por parte da ciência médica em busca de uma cura desta doença cuja taxa de mortalidade é alta. Tendo variação segundo sua tipologia e localização.
Os especialistas em oncologia definem o câncer como uma doença caracterizada pela produção de células anormais, que não se adaptam a sua programação de vida natura e, que ao não morrer se reproduzem sem medida. Como? Disseminam-se por todo o organismo, o que dá origem à formação de massas internas denominadas tumores.
Uma vacina contra o câncer!
Muitos foram os avanços que a medicina conseguiu em prol de ganhar a batalha contra o câncer. Desde sua detecção, sua caraterização e sua classificação até chegar a possíveis curas que despertam a esperança dos pacientes que lutam para sobreviver a esta doença e da sociedade que aspira ampliar as expectativas de vida.
Conhecer a sua tipologia permitiu aos investigadores precisar seu processo evolutivo, suas implicações e efeitos sobre o organismo, conseguindo o desenvolvimento de diversos tratamentos que dia a dia se aperfeiçoam com maiores índices de efetividade.
Dentre os avanços científicos que abriram uma janela a uma possível cura definitiva contra o câncer se encontra o desenvolvimento de medicamentos que agem em forma de vacinas.
Até os momentos não se trata da vacina tradicional que é dada ao recém nascido para prevenir contrair alguma doença, mas tem um fim parecido.
Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos) afirmam que provaram uma vacina em ratos que foram previamente infectados com células cancerígenas.
Foram obtidos resultados que mostravam a destruição dos tumores e o desaparecimento das metástases no organismo do animal. Tal como a revista Science Translational Medicine resenha.
Como esta vacina contra os tumores cancerígenos funciona?
No caso dos tumores cancerígenos, a aplicação da vacina agiria diretamente sobre eles. Teria imunoestimulantes com o propósito de ativar a defesa imunológica que destrua (de dentro) o tumor e detenha a reprodução destas células anormais.
A composição desta vacina se corresponde a dois agentes, um é um fragmento de DNA denominado CpG e o outro foi um anticorpo contra a célula de proteína imune OX40.
A mistura destes alcançou a erradicação do câncer em 87 de 90 ratos do teste, e nos três que o tumor recorreu, uma segunda dose conseguiu fazer retroceder.
Ronald Levy, pesquisador da Universidade de Stanford, manifestou seu otimismo quanto aos resultados obtidos nos ratos de teste; já que, na maioria dos casos estudados, os tumores desapareceram, sendo o câncer de mama, melanoma e linfático as tipologias cancerígenas sobre as quais se notou a efetividade da vacina.
Efeitos destas vacinas nos seres humanos
Este avanço científico de ação imunológica direta sobre os tumores cancerígenos, ainda está em sua etapa de teste em animais e não foi usado em pacientes humanos.
Os especialistas vislumbraram um panorama otimista em torno dos efeitos que podem produzir nas pessoas ao ser comparados com outros tratamentos muito mais agressivos como a quimioterapia.
De seus estudos os pesquisadores deduziram que:
- Seu uso pode minimizar os efeitos secundários que os métodos tradicionais usados no banho contra o câncer geram nos pacientes oncológicos, devido ao fato de que é uma técnica menos invasiva.
- Podem-se reduzir os lapsos de tempo para evidenciar os resultados, pois a ação desta vacina nos ratos de teste deu resultados depois de dez dias de aplicação.
- Representaria uma opção muito mais acessível economicamente para o paciente.
- Cobre um espectro maior de ação, pois não só ataca o tumor, mas também as células T (células imunológicas) se dispersam em busca de outras células malignas.
A efetividade de cada tratamento depende de cada caso, estudado de forma individual
Enquanto esperamos que esta nova alternativa tenha luz verde para ser aplicada em humanos, devemos destacar que o laboratório de pesquisa ao qual Levy pertence lhe atribui o feito de criar o rituximab. Este é um anticorpo monoclonal aprovado para seu uso como tratamento para os tumores cancerígenos em humanos.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.