Acesso de vias venosas centrais permanentes
Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte
Para entender o acesso de vias venosas centrais permanentes, é necessário introduzir o conceito de cateter venoso central. Trata-se de sondas intravasculares que podem ser inseridas nos grandes vasos venosos do tórax e do abdômen. Além disso, o mais utilizados são a veia jugular interna, a subclávia e a femoral.
Os profissionais selecionam a veia mais adequada para criar o acesso. Ainda, fazem o procedimento depois de avaliar primeiramente as taxas de complicações que podem ser desenvolvidas em cada caso.
Estas complicações podem ser classificadas em mecânicas, trombóticas e infecciosas. Contudo, a maior parte das contraindicações podem ser normalmente corrigidas ou tratadas.
Além disso, tanto nas salas de cirurgia como nas unidades de pacientes críticos, a instalação de um cateter venoso central é uma situação frequente. Isso se deve ao fato de que em ambos lugares a administração de várias soluções, como fármacos e até mesmo alimentação parenteral é requerida.
Devido à importância destas técnicas, a inserção destes cateteres deve ser realizada pelo anestesista, cirurgião ou médico da Unidade de Internação Intensiva (UTI).
Características das vias venosas centrais permanentes
Os acessos de vias venosas centrais permanentes são realizados por meio de sondas intravasculares.
Em primeiro lugar, é importante definir e esclarecer o conceito de cateter central. Em resumo, os cateteres são dispositivos em que sua extremidade distal deverá situar-se na veia cava superior ou inferior. Ou seja, justo antes da entrada do átrio direito.
Estes cateteres são denominados permanentes quando podem ficar implantados no paciente por um longo tempo. Ademais, é importante mencionar que nestes casos apresentarão uma menor incidência de complicações. As possibilidades de lesões da parede vasculares também são reduzidas.
Os principais requisitos das vias venosas centrais permanentes são que sejam macias e flexíveis. Da mesma forma, é necessário um raio branco, focado em seu controle radiológico.
Desse modo, existe uma série de materiais mais utilizados para a confecção dos cateteres. Estes são os seguintes:
- Cloreto de polivinila. É conhecido pelos profissionais como PVC.
- Polietileno.
- Teflon politetrafluoretileno. Denominado profissionalmente como PTFE.
- Silicone.
- Poliuretanos hidrofílicos finos.
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Tipos de vias venosas centrais permanentes
Os diferentes acessos podem ser classificados em dois tipos. Por um lado, encontram-se os tunelizados. Por outro lado, aqueles que apresentam um implante subcutâneo. Explicaremos ambos tipos a seguir.
Cateter venoso central tunelizado
Trata-se do acesso que costuma ser usado em pacientes que requerem tratamento em períodos prolongados. Ademais, de forma continuada ou de maneira intermitente. Sua composição costuma incluir o silicone e os poliuretanos hidrofílicos finos.
O processo de instalação destes acessos é feito criando um túnel subcutâneo entre a clavícula e o mamilo. A extremidade distal da via venosa chega no átrio direito por meio da veia jugular externa ou interna.
Por outro lado, existe uma classificação de cateteres tunelizados. Destacam-se os seguintes:
- A via venosa central permanente Hickman-Broviack. Caracteriza-se por não ter uma válvula antirrefluxo.
- A via venosa central permanente Groshong. Diferentemente da anterior, esta conta com uma válvula antirrefluxo.
Os cateteres permanentes percorrem um trajeto subcutâneo entre o lugar de entrada na pele até a veia puncionada.
Além disso, existe um pequeno manguito de Dacron aderido ao cateter, que induz uma reação inflamatória no túnel com posterior fibrose. Sua função é fixar o cateter no tecido celular subcutâneo. Dessa maneira, reduz-se de forma significativa o risco de infecção.
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Acesso de vias venosas centrais permanentes com implante subcutâneo
As vias venosas centrais permanentes permitem aplicar tratamentos de longa duração.
De um modo genérico, este tipo de acesso de vias venosas consiste em caixas ou reservatórios de luz única ou dupla, que funcionam unidos a um cateter. O mencionado acesso forma um túnel até sua entrada na veia de acesso.
Estas vias são usadas normalmente em pacientes que requerem tratamento por períodos prolongados e de forma continuada ou intermitente. Um dos exemplos mais habituais é o tratamento de quimioterapia.
Estes acessos são instalados conectando a extremidade proximal do cateter à veia subclávia e átrio direito. Além disso, seu lado distal é unido a um depósito de titânio ou reservatório. Este se localiza entre o músculo e o tecido subcutâneo da fossa infraclavicular.
Dentre todas as classificações de cateteres centrais, este tipo é o que apresenta um menor número de infecções. Isso se deve ao fato do dispositivo se encontrar situado sob a superfície da pele.
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