9 bactérias perigosas mais prejudiciais para o ser humano

No início do ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a lista das bactérias perigosas mais prejudiciais para o ser humano. Dentre as publicadas se encontram aquelas que fizeram um número maior de vítimas fatais.
Saber quais são estes microrganismos, suas sintomatologias e complicações é importante para manter a nossa saúde pessoal e familiar.
A maioria dessas bactérias gera doenças que, se não tratadas, colocam a vida dos pacientes em risco.
A lista também assinala a necessidade que existe de que os laboratórios médicos gerem novos antibióticos para enfrentar cada ameaça de forma eficaz.
1. Acinetobacter baumannii, uma das bactérias perigosas e mortais
Talvez este seja o microrganismo mais resistente da atualidade. Milhares de infectados morrem todos os anos por consequência desta bactéria, que cria anticorpos resistentes aos remédios que são usados em seu tratamento.
- Tudo começa com uma pneumonia agressiva acompanhada de uma forte infecção no trato urinário.
- A A. baumannii tem um nível de prioridade crítica e os laboratórios já começaram a focar em descobrir remédios melhores para combatê-la.
2. Pseudomonas aeruginosa
Os ataques deste patógeno são muito variados e, por vezes, é difícil de identificar.
- Esta amostra de bactérias perigosas se relaciona com os pacientes com aids e fibrose cística.
- Também pode originar uma simples dermatite por consumo de águas contaminadas.
Em geral, a sua periculosidade está na capacidade de se reproduzir em organismos com imunodeficiência adquirida. Além disso, causa complicações pulmonares e fortes infecções em pessoas comprometidas com outros vírus.
Veja também: Tratamentos com células tronco
3. Enterobacteriaceae
A Enterobacteriaceae agrupa a uma família de microrganismos cujas doenças afetam basicamente o aparelho digestivo e excretor (ou seja, afeta o cólon, estômago e intestinos).
- De fato, este grupo de bactérias perigosas é responsável pela gastroenterite infantil, a salmonela, a febre tifoide, a desinteria bacilar.
- No passado tirou um alto número de vidas durante o episódio histórico da peste.
- Além disso, muitas destas bactérias perigosas oferecem grande resistência à penicilina.
4. Enterococcus faecium
Esta bactéria consegue coexistir no intestino humano sem causar danos, mas em certas condições, pode se transformar em um agente prejudicial.
A enterococcus faecium é responsável pela meningite neonatal, uma infecção que causa dor de cabeça, rigidez da nuca, fotofobia e febre.
- Atualmente tem um nível de prioridade alto, mas não primordial.
- O problema que apresenta é sua resistência a certos antibióticos.
5. Staphylococcus aureus
Há bactérias que podem desencadear um conjunto de infecções e problemas em vários órgãos do corpo humano. Este é o caso da Staphylococcus aureus, capaz de provocar problemas na pele, sistema respiratório e digestivo.
Dentre os quadros provocados por este microrganismo se destacam:
- Septicemia;
- Celulite;
- Meningite;
- Pneumonia;
- Conjuntivite;
Além disso, a grande maioria das infecções ocorridas em centros hospitalares são atribuídas a ela.
6. Helicobacter pylori
Esta é uma bactéria que habita exclusivamente o estomago e, em geral, infecta a mucosa gástrica, e gera inflamações. Ela pode causar as seguintes enfermidades:
- Gastrite;
- Linfomas;
- Úlcera séptica;
- Irritação de cólon;
Em alguns casos as pessoas a contraem sem desenvolver nenhum tipo de sintoma ao longo da vida. Transmite-se através da saliva, das fezes e da placa dentária.
Leia também: Tratamentos naturais para combater a helicobacter pylore
7. Campylobacter
Falamos provavelmente do maior transmissor de intoxicações alimentares a nível mundial. Dentre seus sintomas encontramos:
- Febre;
- Diarreia;
- Vômitos;
- Dor abdominal;
Em alguns casos particulares pode causar artrite ou síndrome de Guillain-Barré. Este é um agente bacteriano perfeitamente combatível com antibióticos convencionais, mas também é certo que é um dos mais comuns e perigosos.
Pode-se transmitir pelo consumo de alimentos ou água contaminada, vírus ou contato com animais portadores.
8. Salmonellae, outra das bactérias perigosas
A Salmonellae é uma forma de Enterobacteriaceae que produz a já conhecida infecção da salmonela.
- O período de incubação vai de uma semana a quase um mês.
- Os sintomas vão desde febre, vômitos, diarreia, até mal-estar estomacal.
Uma vez incubado, os sintomas podem durar até 2 meses, no pior dos casos. Pode sobreviver a longos períodos de tempo em alimentos como a manteiga, o leite e o chocolate.
9. Neisseria gonorrhoeae
Bactérias Neisseria gonorrhoeae dentro de fagócitos, gonococos, diplococos que causam infecção sexualmente transmissível. Ilustração 3D. Fagocitose incompleta
Algumas infecções perigosas também são transmitidas por meio do contato sexual. Esse é o caso particular da Neisseria gonorrhoeae.
- Como seu nome indica, este micróbio é o causador da conhecida gonorreia.
- Os antibióticos simples como a ampicilina e penicilina podem amenizar os efeitos desta doença quando detectada a tempo.
Faça check-up periodicamente
É recomendável que você faça um check-up anual (pelo menos) para ver como está sua saúde e se há algo que deve melhorar.
Sempre mantenha bons hábitos de vida e, em caso de persistência dos sintomas e do desconforto, consulte o seu médico o mais rápido possível. A detecção e o tratamento precoce de qualquer doença (incluindo aquelas causados pelas bactérias mais perigosas que já comentamos) são vitais.
Por fim, lembre-se de evitar a automedicação, pois isso poderá causar complicações. Se você quiser tomar algum medicamento, é melhor consultar um médico antes.
- Weinstock, G. M. (2012). Genomic approaches to studying the human microbiota. Nature. https://doi.org/10.1038/nature11553
- Faust, K., Sathirapongsasuti, J. F., Izard, J., Segata, N., Gevers, D., Raes, J., & Huttenhower, C. (2012). Microbial co-occurrence relationships in the Human Microbiome. PLoS Computational Biology. https://doi.org/10.1371/journal.pcbi.1002606
- Hyde, E. R., Haarmann, D. P., Lynne, A. M., Bucheli, S. R., & Petrosino, J. F. (2013). The living dead: bacterial community structure of a cadaver at the onset and end of the bloat stage of decomposition. PloS One. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0077733