Logo image
Logo image

9 bactérias perigosas mais prejudiciais para o ser humano

4 minutos
Ainda que nem todas sejam mortais, há algumas bactérias perigosas que podem ser muito prejudiciais para nosso organismo e causar diferentes danos se não forem detectadas e tratadas a tempo.
9 bactérias perigosas mais prejudiciais para o ser humano
Maricela Jiménez López

Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López

Última atualização: 27 maio, 2022

No início do ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a lista das bactérias perigosas mais prejudiciais para o ser humano. Dentre as publicadas se encontram aquelas que fizeram um número maior de vítimas fatais.

Saber quais são estes microrganismos, suas sintomatologias e complicações é importante para manter a nossa saúde pessoal e familiar.

A maioria dessas bactérias gera doenças que, se não tratadas, colocam a vida dos pacientes em risco.

A lista também assinala a necessidade que existe de que os laboratórios médicos gerem novos antibióticos para enfrentar cada ameaça de forma eficaz.

1. Acinetobacter baumannii, uma das bactérias perigosas e mortais

Some figure

Talvez este seja o microrganismo mais resistente da atualidade. Milhares de infectados morrem todos os anos por consequência desta bactéria, que cria anticorpos resistentes aos remédios que são usados em seu tratamento.

  • Tudo começa com uma pneumonia agressiva acompanhada de uma forte infecção no trato urinário.
  • A. baumannii tem um nível de prioridade crítica e os laboratórios já começaram a focar em descobrir remédios melhores para combatê-la.

2. Pseudomonas aeruginosa

Os ataques deste patógeno são muito variados e, por vezes, é difícil de identificar.

  • Esta amostra de bactérias perigosas se relaciona com os pacientes com aids e fibrose cística.
  • Também pode originar uma simples dermatite por consumo de águas contaminadas.

Em geral, a sua periculosidade está na capacidade de se reproduzir em organismos com imunodeficiência adquirida. Além disso, causa complicações pulmonares e fortes infecções em pessoas comprometidas com outros vírus.

Veja também: Tratamentos com células tronco

3. Enterobacteriaceae

Enterobacteriaceae agrupa a uma família de microrganismos cujas doenças afetam basicamente o aparelho digestivo e excretor (ou seja, afeta o cólon, estômago e intestinos).

  • De fato, este grupo de bactérias perigosas é responsável pela gastroenterite infantil, a salmonela, a febre tifoide, a desinteria bacilar.
  • No passado tirou um alto número de vidas durante o episódio histórico da peste.
  • Além disso, muitas destas bactérias perigosas oferecem grande resistência à penicilina.

4. Enterococcus faecium

Esta bactéria consegue coexistir no intestino humano sem causar danos, mas em certas condições, pode se transformar em um agente prejudicial.

enterococcus faecium é responsável pela meningite neonatal, uma infecção que causa dor de cabeça, rigidez da nuca, fotofobia e febre.

  • Atualmente tem um nível de prioridade alto, mas não primordial.
  • O problema que apresenta é sua resistência a certos antibióticos.

5. Staphylococcus aureus

Há bactérias que podem desencadear um conjunto de infecções e problemas em vários órgãos do corpo humano. Este é o caso da Staphylococcus aureus, capaz de provocar problemas na pele, sistema respiratório e digestivo.

Dentre os quadros provocados por este microrganismo se destacam:

Além disso, a grande maioria das infecções ocorridas em centros hospitalares são atribuídas a ela.

6. Helicobacter pylori

Some figure

Esta é uma bactéria que habita exclusivamente o estomago e, em geral, infecta a mucosa gástrica, e gera inflamações. Ela pode causar as seguintes enfermidades:

  • Gastrite;
  • Linfomas;
  • Úlcera séptica;
  • Irritação de cólon;

Em alguns casos as pessoas a contraem sem desenvolver nenhum tipo de sintoma ao longo da vida. Transmite-se através da saliva, das fezes e da placa dentária.

Leia também: Tratamentos naturais para combater a helicobacter pylore

7. Campylobacter

Falamos provavelmente do maior transmissor de intoxicações alimentares a nível mundial. Dentre seus sintomas encontramos:

  • Febre;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal;

Em alguns casos particulares pode causar artrite ou síndrome de Guillain-Barré. Este é um agente bacteriano perfeitamente combatível com antibióticos convencionais, mas também é certo que é um dos mais comuns e perigosos.

Pode-se transmitir pelo consumo de alimentos ou água contaminada, vírus ou contato com animais portadores.

8. Salmonellae, outra das bactérias perigosas

Salmonellae é uma forma de Enterobacteriaceae que produz a já conhecida infecção da salmonela.

  • O período de incubação vai de uma semana a quase um mês.
  • Os sintomas vão desde febre, vômitos, diarreia, até mal-estar estomacal.

Uma vez incubado, os sintomas podem durar até 2 meses, no pior dos casos. Pode sobreviver a longos períodos de tempo em alimentos como a manteiga, o leite e o chocolate.

9. Neisseria gonorrhoeae

Some figure

Bactérias Neisseria gonorrhoeae dentro de fagócitos, gonococos, diplococos que causam infecção sexualmente transmissível. Ilustração 3D. Fagocitose incompleta

Algumas infecções perigosas também são transmitidas por meio do contato sexualEsse é o caso particular da Neisseria gonorrhoeae.

  • Como seu nome indica, este micróbio é o causador da conhecida gonorreia.
  • Os antibióticos simples como a ampicilina e penicilina podem amenizar os efeitos desta doença quando detectada a tempo.

Faça check-up periodicamente

É recomendável que você faça um check-up anual (pelo menos) para ver como está sua saúde e se há algo que deve melhorar.

Sempre mantenha bons hábitos de vida e, em caso de persistência dos sintomas e do desconforto, consulte o seu médico o mais rápido possível. A detecção e o tratamento precoce de qualquer doença (incluindo aquelas causados ​​pelas bactérias mais perigosas que já comentamos) são vitais.

Por fim, lembre-se de evitar a automedicação, pois isso poderá causar complicações. Se você quiser tomar algum medicamento, é melhor consultar um médico antes.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Atehortúa-Rendón, J. D., Martínez, A. & Pérez-Cala, T. L. (2020). Descripción de la resistencia de Helicobacter pylori a seis antibióticos de uso frecuente en Colombia. Revista colombiana de Gastroenterología35(3), 351-361. Disponible en: https://revistagastrocol.com/index.php/rcg/article/view/493#:~:text=La%20resistencia%20en%20H.,%2C%20furazolidona%2C%20levofloxacina%20y%20tetraciclina.
  • Bretón, J. R., Peset, V., Morcillo, F., et al. (2002). Meningitis neonatal por Enterococcus spp.: presentación de cuatro casos. Enfermedades infecciosas y microbiologia clinica20(9), 443-447. Disponible en: https://www.elsevier.es/es-revista-enfermedades-infecciosas-microbiologia-clinica-28-articulo-meningitis-neonatal-por-enterococcus-spp–S0213005X02728401#:~:text=La%20meningitis%20por%20enterococo%20es,frecuencia%20en%20la%20literatura%20m%C3%A9dica.
  • Janda, J. M. & Abbott, S. L. (2021). The changing face of the family Enterobacteriaceae (order:“Enterobacterales”): new members, taxonomic issues, geographic expansion, and new diseases and disease syndromes. Clinical Microbiology Reviews34(2), 1-45. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8262773/
  • Jurado-Martín, I., Sainz-Mejías, M. & McClean, S. (2021). Pseudomonas aeruginosa: An audacious pathogen with an adaptable arsenal of virulence factors. International Journal of Molecular Sciences22(6), 1-35. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33803907/
  • Gundogdu, O. & Wren, B. W. (2020). Microbe Profile: Campylobacter jejuni–survival instincts. Microbiology166(3), 230-232. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32228803/
  • Lerma, F. Á., Palomar, M., Insausti, J., et al. (2006). Infecciones nosocomiales por Staphylococcus aureus en pacientes críticos en unidades de cuidados intensivos. Medicina clínica126(17), 641-646. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0025775306720450
  • Martínez-Velasco, I. G., Figueroa-Damián, R., Vargas-Martínez, G., Flores-Espíndola, N., & Guillén-González, M. A. (2021). Gonorrea y embarazo: a propósito de dos casos. Ginecología y obstetricia de México89(08), 662-669. Disponible en: https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=101052
  • Threlfall, E. J. (2002). Antimicrobial drug resistance in Salmonella: problems and perspectives in food-and water-borne infections. FEMS microbiology reviews26(2), 141-148. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12069879/
  • Vanegas-Múnera, J., Roncancio-Villamil, G. y Jiménez-Quiceno, J. N. (2014). Acinetobacter baumannii: importancia clínica, mecanismos de resistencia y diagnóstico. CES Medicina28(2), 233-246. Disponible en: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-87052014000200008
  • World Health Organization. (2017). WHO publishes list of bacteria for which new antibiotics are urgently needed. Disponible en: https://www.who.int/en/news-room/detail/27-02-2017-who-publishes-list-of-bacteria-for-which-new-antibiotics-are-urgently-needed

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.