6 alimentos que você deve evitar quando está com diarreia

É importante manter uma certa dieta durante a diarreia, bem como durante o período de convalescença. Recomenda-se seguir uma dieta leve e evitar alimentos que possam irritar o estômago.
6 alimentos que você deve evitar quando está com diarreia

Escrito por Okairy Zuñiga

Última atualização: 23 agosto, 2022

Existem alguns alimentos que, por causa de sua composição, devem ser evitados em caso de diarreia. Esse problema digestivo pode ter várias causas, mas o consumo de alimentos irritantes pode piorar ou dificultar o alívio. Portanto, para reduzir as complicações, o ideal é optar por uma dieta leve.

Falamos de diarreia quando as fezes são aquosas e moles, e as evacuações ocorrem três ou mais vezes ao dia. Na maioria dos casos é resolvido sem problemas, mas pode ser acompanhado de desidratação e fadiga excessiva.

Como resultado, os alimentos adicionados à dieta podem ser benéficos ou prejudiciais. Quais devem ser evitados? Descubra!

Quais alimentos evitar em caso de diarreia?

Como aponta uma publicação em Foundation for Functional Gastrointestinal Disorders (IFFGD), muitos casos de diarreia podem ser controlados em grande medida com alguns ajustes na dieta e no estilo de vida. Embora seja importante prestar atenção a esse sintoma, muitos casos não representam um problema grave.

Portanto, no que diz respeito sobre a alimentação, basta uma dieta mais leve para o sistema digestivo e que, além disso, forneça os nutrientes que são perdidos por essa condição. Também é melhor evitar alguns alimentos que são pesados ​​e que podem piorar o sintoma. Vamos ver em detalhes quais são eles.

1. Alimentos que geram gases

Os alimentos que aumentam a produção de gases no intestino são os primeiros que devem ser evitados em caso de diarreia. De acordo com uma publicação na Gastroenterology & Hepatology, esse sintoma desconfortável pode ser acompanhado por inchaço, dor abdominal, halitose, náusea e alterações intestinais.

Portanto, em caso de episódios de diarreia, é melhor excluí-los da dieta. Alguns dos alimentos desse grupo são os seguintes:

  • Feijões
  • Brócolis
  • Couve-flor
  • Cebola
  • Milho
  • Vegetais de folhas verdes
  • Damasco
  • Ameixas
  • Uvas passas
  • Frutos secos

Por outro lado, opções como a a bóbora paulista, a moranga e a cenoura em purê fazem parte dos vegetais permitidos. Se quiser ingeri-los, é melhor descascá-los e tirar as sementes. Frutas como banana madura, maçã ou pêssego também são recomendadas.

O feijão, e as leguminosas em geral, são alimentos que produzem gases. Portanto, é melhor evitá-los em caso de diarreia.

2. Gorduras, frituras  e açúcares

O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras e açúcares afeta o aparecimento da diarreia. Além disso, uma vez na presença desse sintoma ocorre, ele pode piorar se você continuar ingerindo tais alimentos. Tanto as gorduras como os açúcares aceleram as contrações intestinais e tendem a provocar reações no sistema digestivo, conforme detalhado em uma publicação na Harvard Health .

“Quando os alimentos gordurosos não são absorvidos normalmente, eles vão para o cólon, onde são decompostos em ácidos graxos, o que faz com que o cólon secrete líquidos e cause diarreia”, diz o Dr. Greenberger nessa publicação.

Considerando isso, é melhor evitar o seguinte:

  • Embutidos
  • Fast-food
  • Cortes de carne gordurosos
  • Molhos
  • Temperos comerciais

Em vez disso, a recomendação é ingerir alimentos cozidos ou no vapor, que contenham proteínas magras. Podem ser as opções que comentamos a seguir:

3. Leite e seus derivados

O consumo de laticínios, exceto iogurte, pode ser de difícil digestão em caso de diarreia. Na verdade, é melhor evitá-los por até 48 horas após o término do sintoma. Isso reduz o risco de que o desconforto piore ou reapareça, conforme detalhado em um estudo publicado na revista médica Paediatrics & Child Health.

A razão para esta recomendação é que o leite requer que a lactase seja digerida. O problema é que, durante ou após a diarreia, a lactase no estômago diminui e, em seguida, aumentam sintomas como:

  • Gases
  • Inchaço abdominal
  • Desconforto gastrointestinal
  • Diarreia

No entanto, existem leites sem lactose que podem ser uma opção. Será o médico quem deverá determinar se essas opções podem ou não ser incluídas na dieta durante a diarreia, dependendo de sua gravidade.

Também é possível consumir laticínios, como o iogurte, que parecem ser benéficos. Especificamente, sua contribuição de compostos probióticos ajuda a cuidar da microbiota intestinal e acelera a recuperação em caso de diarreia.

O leite integral, o queijo e outros laticínios (exceto o iogurte) podem pesar muito quando estamos com problemas como a diarreia.

4. Café, refrigerantes e álcool

Essas três bebidas são irritantes gastrointestinais, tal como informado em International Foundation for Functional Gastrointestinal Disorders (IFFGD). Por isso, podem aumentar os incômodos e a diarreia em si. Portanto, o ideal é excluí-las da alimentação durante a diarreia.

  • Para substituir o café, utilize chás. As melhores opções são o chá de camomila, o de menta e o de hortelã.
  • Substitua os refrigerantes por água ou infusões com frutas.
  • Evite o álcool, pois seus efeitos criam as condições perfeitas para a diarreia. O excesso de álcool pode acelerar o trânsito intestinal e aumentar as contrações musculares, responsáveis ​​pela evacuação das fezes.
  • Caso a diarreia seja muito forte, procure repor os líquidos com soros.

5. Alimentos condimentados

Os alimentos que contêm muito condimento são irritantes para o sistema digestivo. Portanto, podem piorar a diarreia, principalmente se a pessoa não estiver acostumada a consumi-los. Em geral, estão associados ao aumento de gases, inchaço e queimação. Os condimentos incluem curry, pimenta, páprica e mostarda.

6. Adoçantes artificiais

Os adoçantes artificiais são usados ​​como uma alternativa ao açúcar convencional. Eles podem ser o aspartame, a sacarina, os álcoois de açúcar e outras opções que são agrupadas nos FODMAP. Essas substâncias, embora seguras para quase todos, tendem a alterar a biologia do trato intestinal inferior.

De acordo com uma publicação no Journal of Pharmacology & Pharmacotherapeutics, sua ingestão excessiva pode provocar diarreia. Ainda hoje é aconselhável evitar seu consumo como parte do tratamento da síndrome do intestino irritável.

Os adoçantes artificiais podem desencadear crises de diarreia se consumidos em excesso.

Alguns conselhos para preparar os alimentos

Seja pela diarreia ou não, em todo momento devemos nos assegurar de consumir alimentos em boas condições. Isso implica que os alimentos:

  • Tenham sido lavados e mantidos longe de agentes contaminantes. Os vegetais e as frutas devem ser lavados e desinfetados. Além disso, no caso das carnes, devemos assegurar de que não tenham entrado em contato com carnes em decomposição.
  • Tenham algum tipo de cozimento. Durante o período no qual ficamos com diarreia e uma semana depois, é melhor consumir alimentos cozidos. O ideal é que a maioria dos pratos sejam preparados com algum tipo de cocção com baixo teor de gordura. As frutas são quase a única exceção, embora não seria ruim ferver a maçã ou a pera.

Outras recomendações para manter a saúde estomacal incluem o seguinte:

  • Lavar as mãos antes de preparar ou manipular os alimentos.
  • Desinfetar as superfícies onde for preparar os alimentos (mesa, tábua de cortar, etc.).
  • Evite congelar e descongelar os alimentos mais de duas vezes, pois a mudança de temperatura provoca decomposição.

Consultar o médico é importante

Ajustes na dieta podem ser suficientes para melhorar a diarreia em um curto espaço de tempo. No entanto, se o sintoma for grave ou persistente, é melhor consultar o seu médico. Após fazer os respectivos exames, o profissional vai determinar se outros tratamentos são necessários.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.