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5 coisas que só quem sofre com a endometriose entende

4 minutos
Considerando que a endometriose acaba sendo uma doença crônica, é importante buscar opções para minimizar seus sintomas e poder conviver com ela da melhor maneira possível.
5 coisas que só quem sofre com a endometriose entende
Maricela Jiménez López

Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López

Escrito por Okairy Zuñiga
Última atualização: 23 agosto, 2022

Muitas pessoas talvez tenham ouvido falar da endometriose, mas não sabem do que se trata. A endometriose é uma doença em que as células do endométrio crescem fora do útero.

Este problema é benigno e afeta algumas mulheres durante sua vida reprodutiva.

Quando o endométrio se desenvolve de forma incorreta, pode se fixar em qualquer lugar do abdômen. Essa situação pode provocar implantes (placas pequenas), nódulos (placas grandes) e endometriomas (cistos nos ovários).

Uma mulher diagnosticada com endometriose pode pensar que tem um resfriado, sobretudo no inverno.

Por isso, quando sente fadiga e febre, acreditará que é algo causado pelo clima. No entanto, poderia terminar na sala de emergência, já que a febre pode chegar a ser extremamente alta.

Após um tempo, suas preocupações podem aumentar, já que o problema pode chegar a ameaçar sua vida, com a ruptura do apêndice, ou exercendo pressão sobre seus rins.

Se você nunca sentiu os incômodos da endometriose, provavelmente não entenderá as queixas de quem a tem. Por isso, convidamos você a conhecer um pouco em profundidade esses sintomas que causam tanto mal-estar.

1 – Cólicas intensas

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Ainda não se sabe por que a endometriose produz essas dores.

A teoria mais conhecida é a denominada menstruação retrógrada. Isso porque, a cada mês, quando uma mulher menstrua, parte do sangue que sai do útero escapa para a cavidade pélvica que circunda os órgãos reprodutores ao invés de deixar o corpo.

As causas da menstruação retrógrada não são conhecidas. Em alguns casos, não parece haver vínculos genéticos. O que se sabe é que a endometriose produz fortes dores.

Não se trata unicamente de uma dor debilitante e grave e tampouco são apenas cólicas, já que podem vir acompanhadas de:

  • Náuseas
  • Vômitos
  • Prisão de ventre
  • Dor nas costas
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sangramento entre as menstruações

Os médicos devem prestar especial atenção a esses problemas para detectar a endometriose em suas etapas mais iniciais. Quando se consegue identificar o problema a tempo, é mais fácil preservar a fertilidade da mulher.

Ver também: Remédios imediatos para crises de prisão de ventre

2 – Surge a opção de ter filhos como uma solução

A gravidez pode reduzir alguns sintomas da endometriose. Nesse momento, os níveis de progesterona de uma mulher estão mais altos, e dado que a endometriose se alimenta de estrogênio (e esses diminuem), os sintomas desaparecem significativamente, ou até por completo.

No entanto, não é uma cura. Nove meses mais tarde, os sintomas voltarão na maioria das mulheres. Além disso, você também terá que cuidar de um bebê.

Obviamente, tudo isso supondo que a mulher com endometriose possa e queira engravidar.

A má notícia é que entre um terço e a metade das mulheres com endometriose não poderão ter filhos. Isso acontece quando os órgãos reprodutivos estão muito prejudicados.

3 – A histerectomia, de repente, não parece uma ideia tão ruim

Não se trata realmente de uma cura. No entanto, como a endometriose está na parte de fora do útero, pode-se supor que extirpar o útero poderia eliminar o problema.

A histerectomia pode ajudar a diminuir a dor, mas apenas isso. Com o passar do tempo, os cistos podem crescer em outros órgãos.

Segundo muitos especialistas, o ideal é evitar a histerectomia, ainda que, às vezes, possa ser o único tratamento viável. Se seu médico lhe sugerir esta alternativa e você não quiser, procure uma segunda opinião que considere algo menos radical.

Se você deseja ter filhos em algum momento e tem endometriose, continue tentando e engravide. No fim das contas, realizar ou não uma histerectomia é uma decisão bastante pessoal.

Para algumas mulheres pode ser a melhor opção, enquanto outras não querem nem pensar nisso.

4 – Conversar com seu médico muitas vezes não é uma opção

As mulheres diagnosticadas com endometriose gostariam de encontrar alguém que realmente as escutasse. Algumas não têm o tempo suficiente, mas sabem que vale a pena buscar terapia.

Infelizmente, podem encontrar um especialista que não esteja muito disposto a ouvir algo que vai além de sua área.

Se você precisar, não hesite em buscar grupos de apoio, um psicólogo ou ginecologista que lhe dê um suporte maior. Nunca é demais buscar alguém especializado em endometriose.

5 – Comer e dormir bem é fundamental

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Dormir bem e ter uma boa alimentação é uma obrigação de vida se você realmente quer sentir menos dor. Se você passou por uma cirurgia ou está fazendo um tratamento com hormônios, isso não é negociável.

Os especialistas indicam que, neste momento, deve haver um bom cuidado da endometriose.

Lembre-se de que você pode tentar várias alternativas até encontrar algo que lhe faça sentir bem.

  • Fisioterapia para limitar a dor pélvica
  • Uma boa dieta anti-inflamatória
  • Acupuntura
  • Ioga

Ainda assim, não esqueça que a atividade física suave pode ajudar a acalmar a dor. Evite o exagero nos exercícios que fizer, para não haver sangramentos.

Recomendamos ler: 6 benefícios psicológicos de praticar ioga

Você vai conviver com a endometriose por toda a vida

A endometriose não tem cura, mas a cirurgia pode diminuir alguns dos sintomas e os medicamentos também podem ajudar.

No entanto, não há nada tão eficaz quanto manter a tranquilidade e descansar.

As orientações foram úteis pra você? Sendo assim, continue na nossa página com mais dicas para a sua saúde e bem-estar.


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  • Stratton, P., & Berkley, K. J. (2011). Chronic pelvic pain and endometriosis: Translational evidence of the relationship and implications. Human Reproduction Update. https://doi.org/10.1093/humupd/dmq050

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  • Pearce, C. L., Templeman, C., Rossing, M. A., Lee, A., Near, A. M., Webb, P. M., … Berchuck, A. (2012). Association between endometriosis and risk of histological subtypes of ovarian cancer: A pooled analysis of case-control studies. The Lancet Oncology. https://doi.org/10.1016/S1470-2045(11)70404-1


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