Você sabia que pode estar sofrendo de refluxo gastroesofágico?
Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli
Este transtorno digestivo conhecido como refluxo gastroesofágico é caracterizado por uma sensação de ardor e mal-estar, tanto no estômago quanto no esôfago. Seus sintomas costumam aparecer de forma mais clara depois de comer ou beber, e é possível sofrer desta condição sem se dar conta disso.
Neste artigo falaremos sobre os principais sintomas do refluxo e as possibilidades de tratamento que ele oferece, além de explicar um pouco mais sobre as suas particularidades.
Características do refluxo gastroesofágico
Esta condição afeta o esfíncter esofágico inferior, músculo localizado entre o estômago e o esôfago. Em condições normais, ele se abre para permitir a passagem dos alimentos até o estômago e, em seguida, se fecha para evitar que o conteúdo volte.
Entretanto, existem alguns momentos nos quais o esfíncter está fraco ou relaxa momentaneamente, e deixa de desempenhar a sua função de forma apropriada.
Com isso, ocorre o refluxo, quando algum conteúdo estomacal consegue voltar até o esôfago.
Esta alteração no esfíncter pode ser causada por alguns fatores diferentes, como os listados a seguir:
- Comer rápido demais
- Obesidade
- Gestação
- Diabetes
- Fumar
- Hérnia de hiato
Descubra: 4 maneiras de fazer um antiácido caseiro para aliviar o refluxo
Sintomas do refluxo gastroesofágico
É importante lembrar que a sensação de ardor e o refluxo podem ocorrer em todos nós em um ou outro momento da vida. Entretanto, é preciso ficar atento aos sintomas caso os mesmos comecem a ser sentidos de forma crônica.
Se for o seu caso, consulte um especialista assim que possível para obter um diagnóstico desta condição.
Os principais sintomas do refluxo gastroesofágico incluem:
- Sensação de queimação no peito, que também pode se espalhar até a garganta.
- Regurgitação ácida
- Um gosto amargo na boca, que pode ser semelhante ao sabor do alimento que você ingeriu, mas com um gosto mais ácido.
- Dores no peito
- Dificuldade para engolir os alimentos, também chamada de disfagia
- Tosse seca
- Dores ou inchaço na garganta
- Arrotos constantes
- Sensação de ter uma protuberância estranha na garganta
- Náuseas
- Sentir-se pesado depois das refeições
Se você estiver sentindo alguns destes sintomas com uma frequência anormal e fora do comum, vale a pena consultar um médico.
Tratamento do refluxo gastroesofágico
Os sintomas desta condição são geralmente tratados com medicamentos antiácidos convencionais que podem ser encontrados na farmácia mais próxima.
Além de usar este tipo de medicação, também podemos apostar em tratamentos naturais, que envolvem tanto mudanças nos hábitos e no estilo de vida quanto alguns remédios caseiros que podem ser de grande ajuda.
Mudanças nos hábitos
- Fracione a ingestão calórica diária em várias refeições, evitando consumir uma quantidade muito grande de comida de uma só vez.
- Evite certos alimentos como as frituras, o chocolate, o álcool e a cafeína. Diferentes alimentos podem incomodar em diferentes casos, por isso fique atento e observe quais alimentos desencadeiam o refluxo no seu caso específico.
- Tente manter um peso saudável, já que o sobrepeso e a obesidade são fatores que favorecem o refluxo.
- Não se deite depois das refeições.
- Se você fumar, este é mais um motivo para abandonar o hábito, já que fumar prejudica a ação do esfíncter.
- Não use roupas muito apertadas, pois elas pressionam o abdômen e o esfíncter e podem aumentar a sensação de desconforto.
Remédios naturais
Além das mudanças no estilo de vida que podem ajudar muito a reduzir o refluxo gastroesofágico, compartilharemos, a seguir, a receita de três remédios naturais que podem funcionar como um complemento para o tratamento desta condição.
1. Vinagre de maçã
Sabemos que o vinagre de maçã oferece diversas propriedades incríveis para a saúde, e sua habilidade de tratar o refluxo é mais uma delas.
Basta misturar uma colher de vinagre de maçã em um copo de água. Beba sempre antes de dormir para acalmar o estômago e favorecer o processo de digestão. Este remédio também pode ser consumido logo após as refeições.
2. Bicarbonato de sódio
Outro elemento que possui inúmeras propriedades, e entre elas está o fato de que o bicarbonato de sódio atua como um antiácido natural que trata dores estomacais, gastrite e o refluxo gastroesofágico.
Basta acrescentar uma colher de bicarbonato de sódio a um copo de água e beber rapidamente, sem deixar que ele borbulhe.
Leia também: 6 usos curiosos e práticos do bicarbonato de sódio em seu lar
3. Suco de aloe vera
A aloe vera é mais um remédio natural incrível que trata diferentes doenças e condições. No caso do refluxo, iremos utilizar seu suco.
Dilua o conteúdo de um talo de aloe vera (cerca de 30 g) em meio copo de água. Beba quando começar a sentir os sintomas.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Pacheco-Galván, A., Hart, S. P., & Morice, A. H. (2011). La relación entre el reflujo gastroesofágico y las enfermedades de la vía aérea: el paradigma del reflujo a vía aérea. Archivos de Bronconeumología, 47(4), 195-203. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0300289611000548?via%3Dihub
- Beltrán, B. F., Catalán, L. J., Menéndez, J., Calderón, J., Blank, C., Bierzowinski, A., & Reynoso, V. M. (1999). El reflujo gastroesofágico en los niños. Fisiopatología, clínica, diagnóstico y tratamiento. Revista Mexicana de Pediatría, 66(4), 161-168. https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumenI.cgi?IDARTICULO=16885
- Larraín, F., & Guiraldes, E. (1999). Reflujo gastroesofágico: un intento de clarificar conceptos. Revista chilena de pediatría, 70(4), 270-280. https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?pid=S0370-41061999000400002&script=sci_arttext
- Arín, A., & Iglesias, M. R. (2003, August). Enfermedad por reflujo gastroesofágico. In Anales del sistema sanitario de Navarra (Vol. 26, No. 2, pp. 251-268). Gobierno de Navarra. Departamento de Salud. http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S1137-66272003000300008&script=sci_arttext&tlng=en
- Tagle Arróspide, M., Aguinaga Meza, M., & Vásquez Rubio, G. (2003). Hernia hiatal como factor de riesgo para esofagitis erosiva: Experiencia y hallazgos endoscópicos de una población peruana con pirosis. Revista de Gastroenterología del Perú, 23(1), 36-40. http://www.scielo.org.pe/scielo.php?pid=S1022-51292003000100005&script=sci_arttext
- GASTROESOFÁGICO, R., CÍCLICOS, S. D., RECURRENTES, Y. C. O., & DE OTRA, E. T. I. O. L. O. G. Í. A. (2002). Regurgitación y enfermedad por reflujo gastroesofágico. Anales españoles de pediatría, 56(2), 151. https://pdfs.semanticscholar.org/f56e/795b65e212643555e138faf1d06e8b5b4f1d.pdf
- Izquierdo Hernández, A., Armenteros Borrell, M., Lancés Cotilla, L., & Martín González, I. (2004). Alimentación saludable. Revista cubana de enfermería, 20(1), 1-1. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-03192004000100012
- Hlebowicz, J., Darwiche, G., Björgell, O., & Almér, L. O. (2007). Effect of apple cider vinegar on delayed gastric emptying in patients with type 1 diabetes mellitus: a pilot study. BMC gastroenterology, 7(1), 46.
- Zurita García, H. D. (2018). Aplicaciones culinarias de la manzanilla, llantén y aloe vera para la gastritis (Bachelor’s thesis, Quito: Universidad de las Américas, 2018). http://dspace.udla.edu.ec/handle/33000/9772
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.