Qual a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo?
Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira
Hipotireoidismo e hipertireoidismo são duas condições capazes de afetar a glândula da tireoide, que atua como um verdadeiro centro de controle do organismo. Ela é responsável por liberar hormônios que mantêm as atividades do cérebro, coração, músculos e outros órgãos funcionando corretamente, além de ajudar o corpo a usar energia da melhor forma possível.
Hipertireoidismo
Como o próprio nome diz, o hipertireoidismo é caracterizado por uma tireoide hiperativa, que produz mais hormônios do que o necessário para manter o organismo funcionando em sua normalidade.
A quantidade extra de hormônios faz com que o metabolismo se mantenha constantemente acelerado, e pode surgir também uma protuberância ou inchaço na parte da frente do pescoço, devido ao aumento do tamanho da glândula.
Ele ocorre em aproximadamente 1% da população, sendo que as mais afetadas costumam ser mulheres entre 30 e 40 anos.
Sintomas
Os sintomas, inicialmente, são difíceis de identificar, mas ao longo do tempo podem ficar mais fortes. Os principais deles são os seguintes:
- Batimento cardíaco irregular
- Perda de peso e aumento do apetite
- Suor excessivo
- Intolerância ao calor
- Irregularidade nos ciclos menstruais
- Perturbações emocionais
- Inchaço na região do pescoço
- Distúrbios do sono
- Ansiedade e irritabilidade
- Fraqueza muscular
Se você estiver experimentando alguns destes sintomas de forma recorrente, consulte um médico. Ele poderá indicar exames capazes de identificar esta condição e dar início ao tratamento, que inclui o uso contínuo de medicação e, em alguns casos mais graves, procedimentos cirúrgicos para remover parte da tireoide.
Dicas para viver bem
Além disso, a ingestão de alguns alimentos específicos pode ajudar a regular a sua função, reduzindo seus níveis de atividade a patamares mais normais. Eles não irão resolver o problema sozinhos, mas podem ser combinados com outras formas de tratamento para obter melhores resultados.
No caso do hipertireoidismo, é importante consumir bastante proteína vinda de carnes magras, laticínios e, principalmente, da soja. Acrescente na dieta vegetais crucíferos como a couve manteiga, couve-flor, espinafre e brócolis.
É fundamental reduzir a ingestão de alimentos que possam estimular ainda mais a ação da glândula, sendo que a principal substância capaz e fazer isso é o iodo. Por isso evite peixes, frutos do mar e algas marinhas.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo, por outro lado, é caracterizado por uma tireoide “deficiente”, que produz menos hormônios do que o necessário para que o organismo funcione corretamente.
Esta condição é um pouco mais comum do que o hipertireoidismo, afetando cerca de 3% da população. Ela também ocorre com mais frequência em mulheres, principalmente nas que têm mais de 50 anos. Muitas mulheres podem sofrer com o hipotireoidismo também no período do pós-parto.
Sintomas
O hipotireoidismo desacelera o metabolismo, afetando assim diferentes funções do organismo. Os sintomas também começam de forma tímida, por isso pode ser difícil perceber que há um problema com a tireoide. Fique atento se estiver experimentando os seguintes sintomas:
- Falta de apetite
- Ganho de peso constante, mesmo sem exagerar no consumo de alimentos
- Depressão
- Intolerância ao tempo frio
- Redução dos batimentos cardíacos
- Fadiga
- Prisão de ventre
- Dificuldade de raciocinar de forma clara
- Retenção de líquidos
- Pele pálida ou amarelada
Consulte um médico para obter um diagnóstico mais preciso e dar início ao tratamento o antes possível. Os medicamentos utilizados irão fornecer os hormônios que a tireoide não está conseguindo produzir sozinha, por isso, infelizmente, pacientes com hipotireoidismo podem precisar fazer uso de medicação específica para o resto da vida.
Dicas para viver bem
Também é possível combinar os remédios com hábitos alimentares saudáveis, incluindo alimentos capazes de estimular a tireoide. O principal deles é o iodo, precursor da produção hormonal da glândula, por isso aumente o consumo de peixes, frutos do mar e alga marinha, também conhecida como nori e muito usada na culinária japonesa.
É importante também evitar a ingestão de soja, já que ela contém um tipo de isoflavona capaz de inibir as funções da tireoide, exatamente o oposto do que precisam as pessoas que sofrem com o hipotireoidismo.
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