Um herói para Martín: Frank Cuesta promove a luta contra o câncer infantil

Martín, um garotinho diagnosticado com um câncer incurável, recebeu a visita de um de seus heróis da televisão. Saiba mais sobre a luta do menino e de sua família para aumentar a conscientização e exigir mais pesquisas sobre a doença.
Um herói para Martín: Frank Cuesta promove a luta contra o câncer infantil

Escrito por Jonatan Menguez

Última atualização: 26 junho, 2023

O apresentador e naturalista havia prometido gravar um vídeo exclusivo para Martín, um menino de Murcia, Espanha que sofre de um câncer terminal. No entanto, Cuesta decidiu ir além e viajou 3.000 quilômetros para visitar pessoalmente o menino.

Desde o início do ano, Martín vem despertando uma luta pela conscientização e pesquisa sobre esta doença. Primeiro na sua comunidade, depois essa luta continuo se estendendo ao longo do país.

O apresentador Frank Cuesta viajou a Murcia para conhecer Martín e sua luta contra o câncer infantil

Tudo começou quando o influenciador Ceciarmy, que tem mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, mandou uma mensagem comovente para Frank Cuesta. Isso aconteceu em 10 de maio, e a publicação apresenta o pequeno Martín, natural de Molina de Segura, que foi diagnosticado com um câncer terminal raro no ano passado.

«Ele adora animais e sempre diz que assiste seus vídeos e que o sonho dele é conhecer você»,escreveu.

Frank Cuesta, conhecido por seu programa Frank de la jungla, não hesitou em responder e prometeu enviar um vídeo especial para Martín. No entanto, em 30 de maio, ele surpreendeu a comunidade de Múrcia ao aparecer na casa do menino para se encontrar com ele pessoalmente.

O mediador do encontro foi o próprio Ceciarmy, que fez uma publicação agradecendo ao apresentador pelo gesto. O próprio Cuesta luta contra o câncer há quase 20 anos. Em 2022, revelou ao público que sofre de leucemia e que, apesar de ter recebido um tempo limitado de vida, ele conseguiu levantar-se e aproveitar a vida.

Martín, o menino que despertou a luta contra o câncer infantil em toda uma comunidade

A intervenção de Ceciarmy e Frank Cuesta não foi a primeira revelação que o caso Martín conseguiu. Desde que seu diagnóstico foi divulgado, toda a sua família tem travado uma luta incansável para aumentar a conscientização sobre o câncer terminal infantil.

Em particular, tem reclamado ao Estado mais investigação a este respeito, uma vez que o orçamento desse país (Espanha) para esta área é inferior à média europeia. É o que indica a iniciativa criada pelo irmão do menino, Rafael López Muela, no site change.org.

Trata-se de uma forma de acumular assinaturas e solicitar ao Ministério da Ciência e Inovação o aumento do orçamento para pesquisas sobre o câncer. O desejo é salvar a vida de crianças como Martín, e já contam com quase 250.000 assinaturas de um total de 300.000. A comunidade de Molina de Segura está mobilizada há meses no caso do menino de 8 anos.

Em janeiro, a Câmara Municipal organizou um desfile de personagens de Star Wars especialmente dedicado a Martín. Por outro lado, no início de fevereiro realizou-se um grande festival no recinto de feiras de La Fica, sob o lema “Um dia por Martín”.

Com uma entrada de 10 euros, o dia foi protagonizado por músicos, espetáculos infantis e gastronomia. Todo dinheiro foi destinado à investigação deste tipo de tumores.

Uma doença rara e complexa com pouca pesquisa

Em outubro de 2022, Martín foi diagnosticado com um glioma difuso de linha média com a mutação H3 QM26. É um tipo de câncer agressivo, com expectativa de vida máxima de 5 anos a partir do diagnóstico. A deterioração da saúde do pequeno foi muito acelerada nos últimos meses.

Este tumor primário ocorre no sistema nervoso central, originando-se no cerebelo, tálamo, tronco cerebral ou medula espinhal. Os tratamentos para esta doença dependem de cada caso, podendo incluir radioterapia e quimioterapia. Em alguns casos, é possível remover o glioma por meio de cirurgia.

Mas isso nem sempre é viável, devido à localização do tumor e ao risco envolvido. Infelizmente, o caso de Martín não é operável. Por isso, a luta de sua família está voltada para a divulgação, conscientização e cobrança das autoridades por mais recursos investigativos para salvar a vida de mais crianças.

Uma causa nobre e necessária

Segundo dados da Federação Espanhola de Pais de Crianças com Câncer, a cada ano são diagnosticados mais de 1.000 casos de câncer infantil. Por sua vez, o Registro Espanhol de Tumores Infantis indica que há 1.100 casos anuais registrados em crianças de 0 a 14 anos.

Em todo o caso, a mesma entidade sustenta que a sobrevivência aumentou 43%. Apesar disso, 50% dos casos permanecem em risco de morte 5 anos após o diagnóstico.

Em relação ao glioma difuso de linha média, o National Cancer Institute dos Estados Unidos registra 6.033 pessoas vivendo com esse tumor.

A petição para combater o câncer infantil

A petição contrasta o orçamento que a Espanha aloca para pesquisa, desenvolvimento e inovação em relação à média europeia. No primeiro caso, é de 1,43% do PIB, enquanto no resto da Europa é de 2,3% em média.

Por isso, a luta da família de Martín é fundamental. Neste caso, a divulgação que as redes sociais permitem e a intervenção de figuras públicas reconhecidas contribuem para a visibilidade e divulgação de uma importante causa.

Imagem principal retirada do Instagram @ceciarmy.


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