“Toda pessoa de sucesso profissional teve mãe chata” diz o psicanalista Leo Fraiman

Você tem medo de ser uma "mãe chata"? Descubra o que o psicoterapeuta Leo Fraiman pensa sobre esse assunto.
“Toda pessoa de sucesso profissional teve mãe chata” diz o psicanalista Leo Fraiman

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 11 outubro, 2022

A criação dos filhos é um desafio e tanto. Além das obrigações financeiras, que envolvem proporcionar alimentos, roupas e oportunidades, é necessário ter responsabilidade, pois cabe aos pais a missão de ensinar valores e transformar os filhos em seres humanos empáticos e felizes. Por esse motivo, é comum que os pais tenham medo de ser duros ou flexíveis demais. Para o psicoterapeuta Leo Fraiman, é preciso encontrar um equilíbrio, mas o fato é que “Toda pessoa de sucesso profissional teve mãe chata”.

A verdade é que essa preocupação em relação à criação dos filhos sempre estará presente, mesmo depois que os filhos se tornam adultos e independentes. No entanto, é fato que na infância e adolescência essa tarefa é muito mais intensa, pois essas são etapas cruciais tanto para os filhos quanto para os responsáveis.

Para o psicoterapeuta Leo Fraiman, especialista nas formas de criação de pais e mães, é impossível acertar sempre, mas isso não significa que os pais devam “dar tiros no escuro” na esperança de que as coisas deem certo.

Quando os filhos chegam à adolescência, muitas vezes o comportamento deles muda, provocando estranhamento nos pais e pessoas próximas. A necessidade de carinho e da presença dos pais é substituída por uma vontade de se provar e conquistar o mundo, e todas essas mudanças podem provocar conflitos no ambiente familiar.

Em uma entrevista, o psicoterapeuta afirmou que “Toda pessoa de sucesso profissional teve mãe chata”. Isso quer dizer que aquelas que tiveram como responsáveis figuras mais exigentes, que sempre cobraram atitudes responsáveis, costumam (segundo ele) se tornar adultos de sucesso.

A mãe chata é na verdade uma facilitadora

Leo afirma que infelizmente muitos pais preferem agradar os filhos, em vez de realmente se mostrar como uma figura de autoridade na criação dos pequenos.

Essa necessidade de não desagradar os filhos pode ser bastante prejudicial, principalmente porque muitas vezes os ensinamentos morais e éticos são suprimidos em prol da “felicidade” da criança. Também é fato que durante a adolescência os jovens ainda não desenvolveram completamente a habilidade de analisar os riscos, o que faz com que às vezes eles se arrisquem demais em busca de crescimento pessoal.

As sensações de medo e precaução que experimentamos quando adultos, e também a responsabilidade, simplesmente não estão presentes durante a adolescência. Justamente por esse motivo, de acordo com o psicoterapeuta, é necessário que os pais cobrem uma postura responsável de seus filhos, para que eles se tornem capazes de desenvolver essa capacidade por si mesmos no futuro.

Obviamente, é preciso buscar um equilíbrio, pois a intenção não é, de forma alguma, adotar uma postura extremamente autoritária que destrua os sonhos e a personalidade dos jovens.

Pelo contrário, o objetivo é trazer os adolescentes para o mundo real, mostrando que a vida adulta da qual eles estão se aproximando significa lidar com as consequências de cada escolha, por isso é importante pensar nas implicações futuras de nossas atitudes e decisões para alcançar o sucesso mais facilmente.

O papel dos pais e responsáveis não se resume apenas a oferecer segurança e apoio aos filhos, mas também mostrar os prós e contras de cada caminho em potencial, sempre, é claro, oferecendo espaço para que os filhos se expressem e ajam por si mesmos.

Principalmente para os jovens, essa postura dos pais pode parecer “chata”, mas a verdade é que no futuro eles entenderão que essa decisão foi tomada pensando no bem-estar físico e mental deles mesmos. E com isso os filhos se sentirão gratos, pois entenderão que apenas assim foi possível construir bases sólidas para o sucesso.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.