Solidão acompanhada: quando estar com alguém ou sozinho não faz diferença
Há uma frase que sempre considerei de grande importância, embora nunca tenha mergulhado em seu significado: “É melhor estar sozinho do que mal acompanhado”. Uma clara referência à solidão acompanhada, talvez a mais terrível de todas.
Não ter ninguém ao seu lado causa medo, até mesmo pavor, mas imagine estar acompanhado e, ainda assim, sentir-se sozinho.
Esta situação é mais comum do que se pensa. O grande problema surge quando não colocamos um ponto final na situação.
A solidão acompanhada e o vazio
A solidão acompanhada cria um vácuo que é instalado dentro de nós. Um sentimento que parece impossível de eliminar porque, afinal, estamos ao lado de alguém.
Certamente você não está sozinho, pelo menos não fisicamente. No entanto, uma pessoa que está fisicamente presente não necessariamente está ali.
Às vezes é necessário prestar atenção aos sinais que alertam que não estamos tão bem acompanhados quanto imaginávamos:
- O seu parceiro não escuta, nem presta atenção em nada do que você diz. Talvez finja que ouve ou presta atenção, mas você sabe que não é assim. Você o surpreende fazendo perguntas que ele responde de forma desacertada. Ele não lhe dá atenção.
- Ele faz você se sentir inferior, talvez sem perceber (e repete isso para se justificar).
- Em vez de incentivar, motivar a correr atrás dos sonhos e a seguir diante de um projeto louco que tenha vindo à sua cabeça, desanima você para que deixe essa loucura de lado..
- A culpa é sempre sua? Um parceiro deve nos apoiar, não nos afundar ainda mais na tristeza.
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Estamos diante de um perfil de pessoa egoísta? Certamente. No entanto, é um tipo de personalidade que prevalece e que deveria nos mover. Especialmente quando nos sentimos sozinhos.
Não estamos ao lado de alguém que nos valoriza, nos aprecia, se importa, e que nos apoia incondicionalmente… estamos com uma pessoa que não nos dá tempo de qualidade, o que nos machuca.
As feridas emocionais da solidão acompanhada
Mesmo que você não se sinta mal, triste, desolado ou decepcionado, a solidão acompanhada pode ter consequências devastadoras a longo prazo.
É como estar com uma pessoa contagiosa. Consome você até que não haja mais nada.
De repente você começa a sofrer ataques de ansiedade e a depressão se faz presente. Por quê? A resposta está na pessoa que se mantém ao seu lado.
A grande dificuldade é acabar com esta situação. De alguma forma, a sua autoestima diminui até se sentir culpado pelo que está acontecendo. Você recrimina a si próprio pelo sentimento de solidão.
Direciona todos os seus esforços para alcançar uma conexão emocional com outra pessoa para fazer com que o seu relacionamento seja sólido, forte e saudável.
Teme que seu parceiro se vá, que lhe abandone por não ser capaz de resolver as coisas.
Desenvolver uma dependência emocional é abrir portas para o desequilíbrio se estabelecer.
Você deixou de ser você mesmo e perdeu suas forças tentando o impossível. Se o seu parceiro lhe faz se sentir sozinho, não se culpe. Não é você.
Escolha a sua própria solidão
Quando tomar consciência de tudo o que está acontecendo, peça ajuda. Não importa se é para amigos, família ou um profissional. Você não poderá sair desta situação sem o apoio de pessoas verdadeiras.
Uma vez que você tenha deixado essa pessoa para trás, cultive a sua própria solidão. A solidão que era imposta pelo outro lhe fazia mal, então busque a sua própria solidão.
Esta será uma solidão saudável, onde você descobrirá e encontrará a si próprio e, então, se sentirá seguro.
Embora no passado tenha sentido medo, agora você sabe que é melhor esta solidão do que aquela que outra pessoa, que um dia foi tão especial, lhe fez sentir.
Muitas pessoas entram em nossas vidas para nos desequilibrar, no entanto, não se pode esquecer que esta situação é também um teste.
Essas experiências nos ensinam e nos tornam muito mais fortes. Isso não foi em vão, e não voltará a acontecer se você não deixar.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.