Tudo o que você precisa saber sobre a sinusite
A sinusite é uma condição que ocorre quando os tecidos que revestem os seios paranasais ficam inflamados. Segundo o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, cerca de 30 milhões de americanos são afetados por essa condição todos os anos.
Na maioria das vezes, ela está relacionada a infecções virais. No entanto, também pode ser causada por fungos, bactérias, alergias, obstrução dos seios paranasais, entre outros. Além disso, dependendo da causa, a condição pode ser aguda ou crônica.
Apesar disto, a maioria dos casos melhora em uma ou duas semanas, mesmo sem tratamento. Além disso, se a condição for causada pelo desvio do septo ou pela presença de pólipos, é possível melhorá-la com uma intervenção cirúrgica.
O que é a sinusite?
A sinusite é a inflamação dos seios paranasais, que são dois pequenos espaços ocos por onde passa o ar que circula entre os ossos do nariz. Eles são divididos em seios frontais, seios etmoidais, seios esfenoidais e seios maxilares.
Estando tudo dentro da normalidade, o ar passa sem problemas por estas cavidades. Por outro lado, quando elas sofrem algum tipo de inflamação, surgem dificuldades respiratórias e outros desconfortos, como dores que às vezes podem ser muito intensas.
Muitos fatores podem influenciar o surgimento da sinusite. No entanto, ela geralmente é causada por um acúmulo excessivo de muco, infecções virais e bacterianas, e alergias.
A sinusite é classificada de acordo com a sua duração da seguinte forma:
- Aguda: dura até 4 semanas.
- Subaguda: dura de 4 a 12 semanas.
- Crônico: dura mais de 12 semanas.
- Recorrente: ocorre várias vezes durante o mesmo ano.
Causas da sinusite
A sinusite ocorre quando as aberturas paranasais ficam bloqueadas ou acumulam muito muco. Muitas vezes, isso se deve a um processo inflamatório desencadeado pela presença de vírus e bactérias no sistema respiratório.
Quando isto acontece, as membranas mucosas incham e os líquidos nos seios paranasais não podem ser eliminados normalmente. Como resultado, o muco torna-se mais espesso, adquire um tom verde-amarelado e dificulta a respiração.
Da mesma forma, a rinite alérgica, os pólipos nasais, o desvio do septo ou o sistema imunológico enfraquecido aumentam o risco de surgimento desta condição. Também é possível que ela surja devido a um problema nos cílios, ou seja, nos pelos localizados nas aberturas paranasais.
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Fatores de risco
Qualquer um pode desenvolver a sinusite. No entanto, existem algumas condições de saúde e fatores de risco que aumentam a probabilidade de ter esse problema, inclusive de forma recorrente. Os mais comuns são os seguintes:
- Anormalidades nas estruturas nasais, como desvios de septo, pólipos ou tumores nasais.
- Histórico de alergias ou doenças respiratórias.
- Estar em contato com mofo.
- Sofrer de doenças como fibrose cística ou transtornos imunológicos, como o HIV/AIDS.
- Tabagismo.
- Mudanças de altitude (voar ou mergulhar).
- Condições que impeçam os cílios do nariz de funcionarem corretamente.
- Infecção dentária.
Sintomas da sinusite
Os sintomas da sinusite são variados e muitas vezes semelhantes aos de outras doenças respiratórias. No entanto, eles podem ter diferentes níveis de gravidade e duração de acordo com o tipo de sinusite que se desenvolve (aguda, subaguda ou crônica). Os mais frequentes são os seguintes:
- Perda do olfato ou mau hálito.
- Febre moderada ou alta.
- Tosse, mais intensa à noite.
- Fadiga.
- Sensação de mal-estar.
- Dor de cabeça.
- Sensação de pressão interna na regjão ao redor do nariz.
- Dor atrás dos olhos.
- Dor de dentes.
- Sensibilidade no rosto.
- Congestionamento nasal.
- Gotejamento pós-nasal.
- Dor de garganta.
Complicações
As complicações da sinusite não são tão comuns. No entanto, é fundamental ter muito cuidado, pois quando elas ocorrem, podem ser muito perigosas. Algumas delas são:
- Ataques de asma decorrentes de sinusite crônica.
- Dificuldades de visão: surgem quando a infecção se estende ao olho. Em alguns casos, podem causar perda de visão ou cegueira.
- Coágulos sanguíneos ou aneurismas. A sinusite pode afetar as veias ao redor dos seios paranasais. Nesse caso, o fluxo sanguíneo é interrompido e surge o risco de acidente vascular cerebral. Isso ocorre quando a inflamação progride em direção ao cérebro.
- Outras complicações menos frequentes são a infecção óssea (osteomielite) e a infecção cutânea na região ao redor dos olhos.
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Diagnóstico
Para diagnosticar a sinusite, o médico realiza um exame físico de inspeção dos seios paranasais projetando uma luz nessa região em busca de pólipos ou sinais de inflamação.
Também é comum aplicar pressão na região para verificar se há dor ou não. A presença de dor sugere sinusite.
Em seguida, para confirmar a condição, o médico solicita uma ou mais tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas.
As radiografias dificilmente oferecem um resultado confiável. Outros exames complementares são os seguintes:
- Zaragatoa nasofaríngea.
- Citologia nasal.
- Exames de sangue para avaliar a função do sistema imunológico.
- Testes de alergias, função ciliar e fibrose cística.
Tratamento
Em muitos casos, a sinusite não requer um tratamento específico, pois ela melhora espontaneamente em questão de dias. No entanto, existem várias maneiras de controlar os sintomas desconfortáveis que ela causa.
Medidas não farmacológicas
Os tratamentos não farmacológicos são usados, na maioria dos casos, para aliviar temporariamente os sintomas da sinusite. Em particular, eles podem ajudar a aliviar a congestão, as dores de cabeça e a produção excessiva de muco. Eles consistem em:
- Nebulização.
- Aplicação de panos quentes nos seios paranasais.
- Beber líquidos quentes para reduzir a inflamação e melhorar a drenagem.
- Lavagens nasais com irrigadores de solução salina ou sprays.
- Dormir com a cabeça erguida.
Tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico para a sinusite geralmente é aconselhado quando os sintomas não melhoram com os cuidados básicos em casa. Ele também pode ser necessário se a sinusite for causada por uma condição subjacente, como o resfriado. Esse tratamento abrange as seguintes opções:
- Sprays farmacológicos com princípios ativos descongestionantes, como a fenilefrina ou a oximetazolina. Esse tipo de medicamento ajuda a descongestionar as partes superiores do nariz para reduzir a inflamação dos seios paranasais.
- Analgésicos, como o paracetamol ou o ibuprofeno.
- Descongestionantes orais.
- Inaladores com corticosteróides. Eles aliviam os sintomas, mas demoram um pouco mais para fazer efeito. Incluem fluticasona, budesonida, mometasona ou beclometasona.
Tratamento com antibióticos
Embora os antibióticos façam parte do tratamento farmacológico, é importante mencioná-los de forma especial. Seu uso não é indicado em todos os casos, pois nem todas as infecções nos seios paranasais surgem de uma infecção bacteriana. Além disso, muitos casos melhoram sem ter que recorrer a eles.
No entanto, se a sinusite for persistente ou não responder a outros tratamentos, o médico pode sugerir o uso de certos antibióticos, que devem ser administrados na dose e horários indicados pelo profissional, pois, caso contrário, pode ocorrer o agravamento dos sintomas.
- Sinusite aguda. Se o paciente tiver febre alta e dor por mais de 3 dias, são administrados antibióticos. Os mais frequentes são a amoxicilina/ácido clavulânico, a doxiciclina, entre outros. Geralmente dura de 1 a 3 semanas.
- Sinusite crônica. São administrados os mesmos antibióticos, mas por um período de tempo mais longo, que geralmente varia de 4 a 6 semanas.
Cirurgia
Os casos que não melhoram com nenhum dos tratamentos acima podem exigir cirurgia, que pode controlar a infecção sinusal crônica limpando os seios paranasais, reparando um desvio de septo ou removendo pólipos.
Prognóstigo
Quando tratada de maneira oportuna e adequada, a sinusite tem um prognóstico muito favorável. Na maioria das vezes, ela pode ser controlada com cuidados básicos em casa e tratamento médico.
No entanto, se os sintomas não melhorarem ou forem recorrentes, o médico deve determinar sua causa para prosseguir com a escolha de outros tratamentos, como a cirurgia.
Embora não aconteça com frequência, uma infecção sinusal pode levar a complicações como abscessos, meningite, celulite orbitária e osteomielite. Portanto, se a doença for recorrente ou grave, o paciente deve informar o médico o mais rápido possível.
Prevenção
É importante saber que a sinusite geralmente é resultado de outros problemas respiratórios, como gripe, resfriados e reações alérgicas. Portanto, a melhor maneira de prevenir é tentar reduzir a exposição a patógenos e alérgenos.
Para isso, é conveniente seguir as seguintes recomendações:
- Vacinar-se anualmente contra a influenza.
- Aumentar a ingestão de alimentos saudáveis, como frutas e vegetais.
- Lavar as mãos várias vezes ao dia.
- Evitar a exposição constante ao estresse.
- Limitar a exposição à fumaça de cigarro, a produtos químicos, ao pólen e a outros irritantes.
- Utilizar um umidificador para aumentar a umidade no nariz e nas regiões sinusais.
- Tratar alergias de forma adequada e rápida.
- Aumentar a ingestão de água.
- Purificar o ar de casa, ventilando os ambientes e limpando a poeira.
Em geral, a sinusite t orna a respiração difícil e causa tensão ou desconforto na cabeça, mas ela pode se apresentar com sintomas diferentes em cada paciente.
Embora esta condição geralmente não seja grave, é aconselhável tratá-la o quanto antes para acelerar o alívio e reduzir o risco de complicações.
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