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Amar alguém que não te ama é como esperar o trem no aeroporto

4 minutos
Muito mais do que relacionamentos entre parceiros e com outras pessoas, a primeira pessoa que devemos amar e respeitar é nós mesmos.
Amar alguém que não te ama é como esperar o trem no aeroporto
Última atualização: 04 fevereiro, 2019

Amar alguém que não te ama é como desejar a neve no verão. É como querer navegar um barco sem velas ou esperar o trem no aeroporto. É inútil e doloroso.

No entanto, apesar de sabermos e estamos cientes de que não somos amados, é terrivelmente difícil quebrar esse vínculo de um dia para o outro.

O amor não correspondido é uma música muito comum na raça humana. Não há idade para descobrir o desinteresse de alguém que tem toda a nossa atenção ou a rejeição da pessoa sobre a qual nós projetamos todas as nossas ilusões.

Enfrentado isso de maneira correta, você pode assumir uma estratégia adequada de crescimento pessoal. Isso nos permite compreender que o mais importante é cuidar da nossa autoestima sem perder a dignidade.

Agora, estender uma situação na qual nos foi deixado claro que não há esperança e, mesmo assim, continuarmos mantendo a mesma necessidade de esperar ser amado ou de receber apenas “migalhas” pode ser muito destrutivo.

Nós convidamos você a pensar sobre isso.

Amar sem ser amado e gostar sem ser correspondido

Amar quem não te ama causa uma inconsistência no nosso cérebro. Todos os nossos investimentos emocionais constroem um tecido habitado por ilusões, esperanças e crenças que se deparam com uma parede de realidade: não somos amados.

Agora bem, devemos dizer que as situações nem sempre são tão simples. Em primeiro lugar, há nuances e casos especiais que conferem uma maior complexidade emocional para essas situações que passaremos a analisar em seguida.

Recomendamos também a leitura: Sofrimento: o que ocorre em nosso cérebro quando o sentimos?

Quando nos dão falsas esperanças

“Se você ama, cuide. Se você não ama, não dê esperanças”. Essa deve ser a essência principal que todos nós deveríamos definir para estabelecer relações mais maduras e respeitosas.

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Em certas ocasiões, nos deixamos levar pessoal e emocionalmente por alguém que se limita a nos dar esperanças por algum benefício específico.

  • Pode ser que a pessoa se sinta só e, para evitar o isolamento, nos faz acreditar que somos importantes em seu coração quando, na verdade, não é bem assim. Isso é muito perigoso.
  • As falsas esperanças também podem acontecer devido à pouca solvência emocional de alguém que não sabe dizer “não, eu não te amo, você não me interessa neste aspecto”.
    • Em vez de controlar isso a tempo, você se deixa levar pelo medo de magoar ou decepcionar.
  • Isso pode ocorrer também num relacionamento estável. Pode ser que um dos dois membros já não ame mais ao outro e, em vez de ser honesto, prolonga a situação, causando, assim, uma relação tão falsa quanto dolorosa.

Quando não sabemos como reagir

Amar alguém é um processo íntimo, delicado e profundo que tem sido gerado através do tempo.

  • Quando recebemos a negativa ou somos conscientes de que não seremos amados, a pessoa não sabe muito bem como reagir.
  • Ao saber que não somos amados experimentamos uma forma de luto emocional, uma perda. Por isso, a primeira sensação que aparece é o bloqueio e a negação.
  • A pessoa não terá mais nenhuma escolha, experimentará as seguintes fases: sensibilização, raiva, revolta, alívio emocional e, finalmente, a aceitação.

Leia: Não escolha a pessoa mais bonita do mundo, escolha aquela que torna o seu mundo mais bonito

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Você é uma pessoa que tem dignidade e que nunca merecerá “migalhas”

Sempre há esperança. Podemos dizer que, talvez, “se nós fizermos isso ou aquilo, nos focássemos mais ou talvez quem sabe… a pessoa que uma vez nos amou volte a amar”.

O amor pode ser a dimensão mais humana, mais intensa e maravilhosa do ser humano, mas também a mais dolorosa, cega e até mesmo obsessiva.

  • Não devemos cair nesses círculos de lenta autodestruição. Acima de todas essas situações de intensa dor emocional, uma única dimensão deve prevalecer: o amor por nós mesmos.
  • É mais recomendável nos afastar e permitir que a distância seja o nosso melhor salva-vidas para nos reencontrarmos conosco mesmos.
  • É necessário romper todos os laços nas redes sociais, onde podemos voltar a sentir o desejo de saber o que a pessoa está fazendo, quais fotos postou, com quem está se relacionando, etc.
    • Isso não é saudável!
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O amor verdadeiro não dói, não viola, nem alimenta falsas esperanças. É necessário deixar ir, dizer adeus e avançar na solidão para retomar esse vínculo com nossa autoestima, nossa identidade.

Cedo ou tarde aparecerá a pessoa que deve ser para nós. O amor por si mesmo é uma maravilhosa aventura, sempre necessária de ser promovida e desfrutada.


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  • Dohmen, T., Falk, A., Huffman, D., & Sunde, U. (2008). Representative trust and reciprocity: Prevalence and determinants. In Economic Inquiry. https://doi.org/10.1111/j.1465-7295.2007.00082.x

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