Pesquisadores desenvolvem uma técnica que pode permitir que os pais escolham o sexo do bebê
Desde o primeiro momento em que os pais descobrem que vão ter um filho, enchem-se de esperança e começam a imaginar múltiplas situações. Eles gostam de ter uma ideia de como o filho poderia ser, quais atividades fariam juntos e qual nome seria o ideal.
No entanto, além disso, um dos aspectos que mais lhes causa curiosidade é o sexo do bebê. Isso porque eles estão interessados em saber mais acerca de quem irá acompanhá-los pelo resto de suas vidas.
Além disso, é uma realidade que há casais que, desde a gravidez, preferem um sexo a outro. No entanto, não importa quanto desejo eles tenham, será o destino da genética quem decida.
No entanto, a ciência começou a investigar essa situação. Assim, pesquisadores tomaram a iniciativa de elaborar metodologias para determinar se é possível selecionar um dos dois gêneros.
Foi assim que surgiu o estudo de um grupo de cientistas japoneses, que trouxe resultados surpreendentes. Por isso, detalhamos a seguir em que consistiu esse trabalho investigativo.
A técnica
Cientistas da Universidade de Hiroshima criaram um composto químico que lhes permite diferenciar entre esperma masculino e feminino. Como resultado, afirmaram que é possível escolher um determinado sexo.
A maioria dos mamíferos tem um cromossomo X e um Y em seu esperma. Os primeiros carregam um certo número de genes, enquanto os últimos contêm um número menor. Dessa forma, os cientistas descobriram que, por meio do procedimento genético, podiam diferenciar um cromossomo do outro.
Além disso, eles perceberam que o composto químico poderia retardar o caminho do cromossomo X e potencializar o do Y. Dessa forma, é possível influenciar a chegada daquele que se deseja que alcance o óvulo.
Eles também descobriram que, quando usaram o composto em espermatozóides que tinham uma ampla gama de movimentos, 90 % dos nascimentos foram de machos. Além disso, quando o ativaram em espermatozoides mais lentos, fêmeas nasceram em 81% dos casos.
O melhor de tudo é que os cientistas garantiram que o composto químico não altera a fertilidade do esperma. Por isso, concluíram que a técnica não é apenas eficaz, mas também segura.
Este exercício experimental foi realizado em camundongos. No entanto, Masayuki Shimada, líder da pesquisa, afirmou que a técnica pode ser implementada em muitos outros mamíferos.
No entanto, ele também reconheceu que a aplicação do método em humanos ainda é especulativa. Pois bem, grande parte da sociedade questiona o fato de manipular o nascimento de um bebê.
Escolher o sexo do bebê: resumo
Esta técnica demonstra que é possível escolher o sexo de um bebê, se desejado. No entanto, apesar do avanço científico, o evento ainda não tem um ponto de partida determinado, pois existem fatores sociais que não permitem que ele ocorra.
Em países como Espanha, Reino Unido e Canadá, é proibido influenciar o sexo do bebê se não for por razões médicas importantes. Tanto assim, que os pais podem enfrentar algumas penalidades bastante severas.
Por isso, para que a ciência influencie nessa questão, também teria que haver uma mudança na legislação dos países.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Baretta A, Rao A. Las secreciones cervicales preconcepcionales seleccionan eficazmente el sexo del bebé. Revista del Colegio de Médicos de la Provincia de Santa Fe. 2018; 2(3): 17-22.
- Colina A, Moncada C. Determinación Sexual Primaria o Sexo Genético. Revisión. MedULA. 2008; 15(2): 55-62.
- Morillo C. Elegir el sexo del bebé. Cambio 16. 2006; 1802: 74-75.
- Torres L, Merchant H. Aspectos moleculares de la determinación del sexo en tortugas. Ciencia ergo sum. 2006; 13(2): 176-182.
- Shimada M, Tsujita N, Umehara T. Activation of Toll-like receptor 7/8 encoded by the X chromosome alters sperm motility and provides a novel simple technology for sexing sperm. Plos Biology; 2019. https://doi.org/10.1371/journal.pbio.3000398