Pais geram polêmica ao deixar filho de dois anos usar vestido no casamento

"Meu filho é só um garotinho normal que gosta de roupas bonitas", disse a mãe que recebeu comentários preconceituosos no casamento.
Pais geram polêmica ao deixar filho de dois anos usar vestido no casamento

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 08 março, 2023

A escocesa Joanna Minuzzo, 39 anos, chamou atenção nos últimos dias após deixar seu filho, de dois anos, usar um vestido em seu casamento com o pai da criança, o australiano Najee Minuzzo, de 31 anos.

Em entrevista ao Daily Mail, a mulher, que tem outras duas filhas, conta que ofereceu ao garoto um colete, terno e um kilt (saia usada por escoceses), mas o menino se recusou e começou a chorar.

A mãe suspeitou então que o pequeno queria ficar como as irmãs e lhe deu um vestido com babado uma semana antes do matrimônio.

Assim, o filho do casal surpreendeu a todos com visual incomum mas adorável na cerimônia de casamento.

O garotinho de dois anos quis usar um vestido azul com saia de tule no casamento dos pais.

“Parte de mim queria proibi-lo, mas me perguntei por que estava agindo assim e vi que não tinha razão para meu filho não usar o vestido. Ele é só um garotinho normal que gosta de roupas bonitas”, disse.

O pai aceitou a ideia e vestiu o filho com o traje sem qualquer discriminação. No entanto, Najee e Joanna ouviram comentários preconceituosos no casamento: parentes questionaram a decisão, dizendo que os pais “o deixaram gay”.

“Eu estou educando meus filhos para que se sintam seguros o suficiente para serem realmente quem são e gentis e inclusivos com os outros”, disse. “Temos uma geração de adultos que têm muito medo de serem eles mesmos por receio de serem julgados. Então quero que meus filhos saibam que a única opinião que eles têm sobre eles é a deles próprios”, completou.

O filho de Joanna Minuzzo e Najee começou a se interessar em usar ‘roupas de meninas’ quando passou a gostar bastante da Minnie Mouse, pouco antes de seu segundo aniversário. A irmã do garotinho possui um vestido vermelho de poá, da personagem da Disney, e um belo dia ele o trouxe para a mãe pedindo para usá-lo.

Ela riu e disse para ele que vestidos não eram feitos para meninos. Depois parou e questionou dentro de si mesma sobre as razões pelas quais ele não poderia usá-lo, quem criou esse tipo de regra e quais pessoas ele estaria machucando ao usar a vestimenta.

Como o filho mais novo queria usar o vestido, Joanna apenas o colocou nele e o deixou usar. Estavam em casa e se divertiram bastante com o episódio. Ele também ficou feliz ao brincar com a irmã mais velha enquanto usava a peça. O bebê tinha apenas um ano de vida quando isso aconteceu.

No momento em que as duas meninas e o papai viram a cena, logo começaram a rir e acharam tudo muito fofo.

Pais geram polêmica ao deixar filho de dois anos usar vestido no casamento

“Ao estabelecer o que é de menino e menina, os adultos, a mídia e a sociedade de modo geral limitam as vivências das crianças, além de reservar espaços muito definidos para ambos: meninos brincam de bola, carrinho, lego, ferramentas – objetos que os incentivam a se apropriarem do mundo, mas não de sua sensibilidade. Meninas brincam com bonecas, fogões e casinhas – objetos que as limitam apenas ao espaço doméstico e de maternagem. Embora existam diferenças biológicas muito distintas entre meninos e meninas, essas diferenças não justificam nem podem resultar em direitos sociais desiguais. Mas infelizmente é isso o que acontece”, explica Caroline, pedagoga.

As opiniões

Certamente, o estilo do menino deu o que falar. Se por um lado alguns amaram, outros nem tanto. Joanna Minuzzo faz uma recomendação importante para quem desaprova ver um menininho de vestido, por exemplo. A escocesa aconselha que os pais ou responsáveis deixem as crianças serem crianças.

Ela comenta ainda que as crianças não devem ser reprimidas ou impedidas de fazerem algo que talvez não seja aceito pela maioria das pessoas. Além disso, pede que os pequenos sejam ensinados sobre diferentes estilos de vida e famílias. E aí, você concorda?


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