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Nova lei da carne moída: veja o que mudou

3 minutos
A nova portaria impõe novas regras para a venda de carne moída a partir de novembro.
Nova lei da carne moída: veja o que mudou
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 10 dezembro, 2022

A venda de carne moída por frigoríficos terá novas normas a partir de 1º de novembro desse ano. De acordo com portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a medida é direcionada para estabelecimentos e indústrias produtores de carne moída que sejam registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) e ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA).

Esta medida tem objetivo de modernizar processos produtivos e procedimentos industriais. O novo regulamento visa garantir a segurança dos produtos, além de dar mais transparência aos consumidores. Os estabelecimentos terão prazo de um ano para se adequar às condições previstas na portaria. No entanto, a medida não se aplica aos supermercados e açougues que vendem direto ao consumidor.

Novas regras

  • A carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem, devendo cada pacote do produto ter peso máximo de 1 quilo;
  • Não é permitida a obtenção de carne moída a partir de moagem oriunda da raspagem de ossos ou obtida de quaisquer outros processos de separação mecânica dos ossos;
  • A carne obtida das massas musculares esqueléticas é ingrediente obrigatório na fabricação de carne moída;
  • A porcentagem máxima de gordura do produto deverá ser informada no painel principal, próximo à denominação de venda;
  • A matéria-prima para fabricação do produto deve ser exclusivamente carne, submetida a processamento prévio de resfriamento ou congelamento;
  • É proibida a utilização de carne industrial para a fabricação deste produto, assim como a obtenção de carne moída a partir de moagem de miúdos;
  • A carne moída resfriada deverá ser mantida entre 0°C e 4°C e a carne moída congelada à temperatura máxima de -12°C;
  • O produto não poderá sair do equipamento de moagem com temperatura superior a 7°C e deve ser submetido imediatamente ao resfriamento ou ao congelamento rápido.

Relação entre câncer e carne

Segundo diferentes estudos e institutos de pesquisa, como o Instituto Vencer o Câncer, o consumo prolongado de carne vermelha é um conhecido fator de risco para o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.

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De fato, um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, demonstra que determinadas formas de uma substância conhecida como ácido siálico não humano, o ácido n-glicolilneurimínico (Neu5Gc), presente na carne vermelha, pode incitar um processo inflamatório que predispõe ao câncer.

Para os pesquisadores, o estudo traz dados que fornecem uma explicação para a associação entre o consumo de carne vermelha e o risco de câncer.

O oncologista Antônio Carlos Buzaid, diretor geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes (COAEM), explica que a pesquisa demonstra a correlação entre o Neu5Gc e a inflamação crônica associada ao desenvolvimento de tumores.

“Há tempos foi estabelecido o nexo epidemiológico entre o consumo de carne vermelha e a incidência de doenças como câncer e diabetes. Populações que consomem pouca ou nenhuma carne vermelha apresentam menores taxas de câncer”, esclarece o especialista.

A proteína vegetal é mais saudável que a animal

As proteínas vegetais, além de saudáveis, são muito gostosas e ricas em vários outros nutrientes que beneficiam nosso organismo.

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Existem proteínas de origem vegetal, como as encontradas na soja, no feijão, na lentilha, no grão-de-bico, nos cogumelos e nas oleaginosas. Inclusive, estudos indicam que esse segundo tipo proteico é até mais vantajoso.

A última descoberta sobre o assunto foi feita por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que decidiram verificar os efeitos de diferentes fontes desse nutriente no corpo humano.

Para esse fim, eles analisaram a mortalidade por qualquer causa em 131.342 pessoas durante 32 anos.

O resultado mostrou um risco 2% maior entre os que consumiam proteína animal — principalmente carne vermelha. No caso das doenças cardiovasculares, a probabilidade de falecer subia 8%. O curioso é que, ao focar na proteína de origem vegetal, esse perigo diminuiu. Para se ter ideia, quem apostava em feijão, grão-de-bico e companhia como redutos do nutriente tinha um risco 10% menor de morte por qualquer causa e 12% menor por problemas no coração.

Com informações de Agencia Brasil e Veja Saúde.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.