Namorados recebem alta após fazerem quimioterapia juntos contra mesmo tipo de câncer
Um casal que descobriu o diagnóstico do mesmo tipo de câncer e que fez junto muitas das sessões de quimioterapia recebeu alta em Belém. Para marcar a tão esperada cura, eles tocaram juntos o “Sino da Vitória” no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, usado na unidade de saúde para “marcar a nova fase da vida” dos pacientes.
O casal se conheceu anos antes da descoberta da doença, mas começou a namorar na mesmo pouco antes da época do diagnóstico, em 2017. “Quando as pessoas nos viam, achavam que a gente tinha se conhecido no hospital. Mas éramos namorados antes de sermos colegas de internação”, relembra Synndy.
Natural de Capanema, nordeste do Pará, a jovem se mudou para Belém para iniciar o tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo. Tempo depois, em uma das visitas à namorada, Rodrigo fez exames e descobriu ter o mesmo câncer de Synndy.
Os dois tinham linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, mas em locais diferentes do corpo: ele, na perna e ela, no pescoço.
Além do tratamento contra o câncer, eles estudaram juntos para o vestibular e também para concursos públicos. Atualmente, Rodrigo, de 23 anos, e Synndy Ferreira, de 22, são policiais militares.
“Levávamos uma vida normal, vida de adolescente, mesmo. Estudávamos, fazíamos cursinho e, de repente, tivemos de parar tudo para dar início ao tratamento. Acho que essa foi a pior parte“, conta ela.
“Agora que vencemos, nossa meta é casar futuramente e ter filhos, já que superamos tantas coisas”, disse Rodrigo Lima.
“Eu brinco com ele dizendo que a gente nasceu pra ficar junto. Isso é coisa do destino, porque os nossos caminhos se cruzam sempre. Éramos colegas, viramos amigos e depois namoramos”, contou Synndy.
A cura emocionou a equipe de saúde do hospital, que acompanhou o tratamento. Os namorados foram aplaudidos nos corredores da unidade de saúde ao receberem alta.
“Lembro dos dois recebendo tratamento, fazendo o acompanhamento e era impressionante como eles se apoiavam. A história deles é incrível e, hoje, ao nos deparar com essa notícia, não tem como não transbordar de alegria”, contou Elizabeth Cabeça, que é assistente no hospital.
“Receber o diagnóstico é um momento bastante difícil. Mas mantenha a atenção no apoio da família, dos amigos e da equipe do hospital. Tenha por perto aqueles que você ama e desfrute da companhia daqueles que te apoiam“, declarou o jovem.
“Tenha a clareza de que tudo é possível. A dor é passageira, mas a vitória é eterna”, disse Lima.
Com informações de G1.
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