Gesto de solidariedade e amor: Homem doa rim ao primo que estava há quatro anos na fila de transplante

O contador Diego Coradini, de 38 anos, protagonizou um gesto emocionante! Para Gabriel, que estava na fila de transplante, foram anos na máquina de hemodiálise até a doação do rim chegar.
Gesto de solidariedade e amor: Homem doa rim ao primo que estava há quatro anos na fila de transplante

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 14 abril, 2023

Diego Coradini, 38 anos, contador do Espírito Santo, doou um rim para o primo que estava há quatro anos enfrentando o processo de hemodiálise.

Diego conta que, após passar por uma bateria de exames em 2019, descobriu ser o familiar mais compatível com Gabriel Coradini. Ele então não pensou duas vezes antes de ajudá-lo.

No entanto, em 2020, Diego chegou a ser descartado como doador depois que uma ultrassonografia detectou a presença de duas pedras nos rins. Já no ano passado, ele voltou a ser cotado depois que a família descobriu que mais ninguém tinha a compatibilidade dele.

A doação do rim

“Tinha uma hora que eu havia me reunido com os sócios do escritório que eu trabalhava e pedido demissão. Minha tia me ligou e perguntou se eu queria voltar ao processo. Aceitei logo de cara, chamei minha esposa para conversar e, chorando, perguntei: ‘O que Deus quer de mim?’”, relembra Diego.

Em um ano, o contador refez todos os exames e a cirurgia foi marcada para o último dia 17. Tanto Diego quanto Gabriel se recuperam bem do procedimento, que os aproximou ainda mais.

“Fisicamente eu tô bem, apesar de ter 12 dias de cirurgia voltei ao trabalho ontem (28). Sem dor, nem nada. Emocionalmente, estou extremamente feliz de ter ajudado o Gabriel. Foram 4 anos na máquina de hemodiálise. Ele é uma pessoa muito amada pela família, ele tem muito brilho no olho e foi muito triste ver esse brilho se apagando”, conta Diego.

Marca de vida

Além de salvar a vida do primo, a doação tem um outro significado também muito especial. Ele conta ter perdido o pai e o irmão quando era criança, além de também ter a mãe falecida.

Nesse sentido, Diego considera a cicatriz da cirurgia como uma “marca de vida”, assim como a da cirurgia de varicocele que teve que fazer para o nascimento de sua filha, Beatriz.

“Minha vida foi marcada pela morte de muitas pessoas queridas, desta vez eu posso escolher ter marcas (cicatrizes) que remetem à vida… a cirurgia para que a minha filha pudesse nascer e a cirurgia para que o Gabriel pudesse ter mais qualidade de vida”, conta.

“Me reconstruí com a minha esposa e nossa filha linda. Eu tenho algumas marcas de mortes internas, que estão no meu coração. Agora eu estou tendo a oportunidade de ter marcas de vida. Acho que o mais legal é que elas são externas, eu consigo olhar para elas todos os dias e me lembrar disso”, diz Diego emocionado.


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