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Existem dois tipos de dor: a que machuca e a que muda você

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Por que não aproveitar a dor que algumas situações nos geram para aprender e mudar? Talvez seja um pouco custoso aceitar, mas certamente poderá obter algo positivo da experiência.
Existem dois tipos de dor: a que machuca e a que muda você
Última atualização: 22 janeiro, 2019

Será que existem tipos de dor? Ou podemos encará-las de maneira diferente.

As pessoas não chegam a este mundo com habilidade suficiente para administrar a dor. Apesar de ser algo comum em nosso ciclo vital, ninguém nunca nos ofereceu um manual para sobreviver ao sofrimento.

Desde crianças desabafamos com as lágrimas, mas à medida que crescemos, nos dizem que chorar não é bom, que é algo que somente os fracos fazem. É então que começamos a interiorizar, a calar, a dissimular.

A educação emocional não é algo que seja ensinado nos centros educativos, e nossos pais quase nunca são muito hábeis na hora de nos iniciar nestas áreas, na administração das frustrações, das decepções, das desilusões…

Somos nós, através das experiências, que devemos aprender a sobreviver. Agora, existe algo que devemos ter em mente: existem muitos tipos de dor emocional. Existem algumas que machucam e outras que nos fazem mudar para avançar.

Aprender a aceitar a adversidade

Existem aqueles que negam a dor em cada uma de suas formas. Umas mascaram a dor física com os analgésicos e outros evitam a dor emocional, fingindo que ela não existe.

  • É um erro. Toda sensação de dor é um sintoma de um problema interior que temos que conhecer. Seja uma doença, no caso da dor física, ou mesmo um problema não resolvido da forma correta.
  • Tampouco podemos deixar passar o fato de que os problemas emocionais podem se somar e derivar em uma dor física, cansaço ou problemas musculoesqueléticos.

De que forma temos que enfrentar as adversidades cotidianas?

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Não se surpreenda caso digamos que é necessário aprender que existe este aspecto o quanto antes. É vital então, que desde crianças, entendamos as seguintes questões:

  • Por mais que nossos pais, mães ou avós se esforcem, não podem cuidar de nós para sempre, nem garantir uma felicidade absoluta em todos os passos que dermos.
  • As crianças devem aprender a administrar a frustração, e que nem sempre se consegue o que se deseja.
  • Se educarmos a maturidade emocional, ensinaremos várias estratégias para os pequenos, para que eles sejam capazes de enfrentar as fontes que podem causar dor.
  • Com uma boa autoestima vencerão as possíveis críticas dos companheiros de classe.
  • Se forem independentes, se se esforçarem para alcançar seus objetivos, saberão que muitas vezes conseguir algo não está isento de certo sofrimento.
  • Saber desde a infância e na adolescência que a adversidade é algo que pode aparecer mais do que esperamos, fará com que nos demos conta também de que “são momentos para nos pôr a prova”. Para demonstrar o quanto somos capazes.

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Compreendemos que não é fácil fazer as crianças enxergarem que a vida pode ser, às vezes, muito complexa. Como mães e pais sempre lhes desejamos o melhor, mas tampouco podemos superproteger, nem colocá-los dentro de uma bolha.

Temos que oferecer antes de tudo uma educação emocional que favoreça a maturidade, para que canalizem melhor suas decepções, para que saibam como desafogar, gostar mais deles mesmos e se superar a cada dia em sua busca pela felicidade.

A dor é o mestre mais severo

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Queríamos que não existisse. Adoraríamos apagar a dor e o sofrimento de nossa vida e da vida de quem amamos, para que nada perturbe o equilíbrio.

No entanto, existem alguns princípios que devemos assumir e interiorizar para o nosso bem.

A vida flui e muda. Nada é estável e formamos parte do movimento

Existem aqueles que dizem que para saber o que é a felicidade, primeiro tem-se que sofrer. De modo algum. Não temos que ser tão extremos.

As pessoas sabem muito bem o que é estar bem, satisfeitos, tranquilos e felizes. É um bem primordial e sabemos reconhecê-lo sem a necessidade de ver seu antagonista frente a frente.

Porém, existem alguns erros que podemos cometer às vezes. São os seguintes:

  • Pensar que a felicidade e que a calma irão se manter para sempre. Não estamos preparados para sofrer as perdas, as doenças, para sofrer decepções…São tipos de dor difíceis de superar.
  • Não se esqueça de que a vida tem um princípio natural: avançar. E todo avanço traz de forma irremediável a mudança, seja boa ou ruim.
  • Todos nós formamos parte desse movimento vital. É necessário então se permitir levar da forma mais harmônica possível, no ritmo das mudanças.

Não podemos nos resistir a certos tipos de dor

Se nos resistirmos a fatos tão comuns como envelhecer ou a aceitar que alguém pode nos deixar de amar, ficaremos encalhados, persistentes no sofrimento.

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Temos que chorar e ficar chateados. É lícito ficar de mau humor e sentir esses tipos de dor em toda a sua intensidade quando algo ocorre, mas logo devemos aceitá-la.

E, depois, formar parte desse rio que é a vida, onde a mudança pode trazer coisas boas novamente.

Existem experiências que irão nos deixar machucados por dentro, disso não se tem dúvidas.

Existem tipos de dor que não deixam ninguém inteiro, e isso é algo que devemos assumir.

A perda de um ser querido, por exemplo, é algo difícil de aceitar, mas pouco a pouco podemos viver com esta ausência. Doerá um pouco menos.

Agora saiba que mesmo que as pessoas não chegam “preparadas de fábrica” para o sofrimento, temos sim estratégias inatas para enfrentá-lo: todos nós somos excelentes sobreviventes, todos dispomos de força.

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