Dia Mundial da Pneumonia: devemos dar mais atenção a essa doença
O Dia Mundial da Pneumonia é comemorado no dia 12 de novembro. A sua celebração visa aumentar a visibilidade da pneumonia com o objetivo de aumentar o conhecimento de todos, incluindo a população em geral, sobre os seus riscos e causas.
A pneumonia é uma doença infecciosa e inflamatória que pode ser causada por vários vírus, bactérias ou fungos. Neste artigo, explicamos tudo sobre isso.
Comemoração do Dia Mundial da Pneumonia
O Dia Mundial da Pneumonia foi instituído em 2009 por iniciativa da Stop Pneumonia, com o objetivo de aumentar a visibilidade e melhorar a ação global contra essa doença.
Neste ano de 2022, o slogan é “a pneumonia afeta todo mundo”. Cerca de 2,5 milhões de pessoas, incluindo crianças e adultos, morrem anualmente de pneumonia. Portanto, é útil tornar o problema visível e divulgar material médico sobre sua prevenção, diagnóstico e tratamento.
A Coalizão Global Contra a Pneumonia Infantil é uma rede de organizações internacionais (governamentais, não governamentais e comunitárias), instituições acadêmicas e de pesquisa, fundações e alguns indivíduos.
Essa organização planeja eventos em comemoração ao Dia Mundial da Pneumonia para chamar a atenção dos profissionais de saúde, da população em geral, das pessoas dedicadas à política e daqueles que apoiam financeiramente a pneumonia como problema de saúde pública.
Epidemiologia da pneumonia
A pneumonia representa a doença infecciosa com maior taxa de mortalidade, sendo a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos. Globalmente, estima-se que mais de 700.000 crianças morrem de pneumonia a cada ano.
No entanto, em comparação com o ano 2000, estima-se que a taxa de mortalidade infantil tenha diminuído cerca de 47%. Isso foi possível graças à implementação de campanhas de imunização, melhorias na nutrição e diagnóstico e tratamento oportunos.
Entendendo a pneumonia
A pneumonia é uma doença na qual há inflamação do parênquima dos pulmões secundário a uma infecção causada por algum germe. Podem ser bactérias, vírus ou fungos e afetar um ou ambos os pulmões. Além da pneumonia infecciosa, há aquela associada à inalação de produtos químicos ou substâncias tóxicas.
A pneumonia adquirida na comunidade é uma causa muito frequente de morbidade e mortalidade, sendo a maioria de seus episódios de etiologia bacteriana. Esse tipo de pneumonia inclui todas as que ocorrem fora do ambiente hospitalar.
É mais frequentemente associada a bactérias
O patógeno mais frequentemente isolado na pneumonia é o Streptococcus pneumoniae. É seguido em frequência por microrganismos como Haemophilus influenzae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e vírus respiratórios: vírus sincicial respiratório, adenovírus, rinovírus e vírus influenza. Atualmente, o COVID-19 está incluído entre seus casos.
Em crianças menores de 2 anos, a pneumonia associada à infecção viral é mais comum do que a associada à infecção bacteriana. Os casos mais graves geralmente estão relacionados a Staphylococcus aureus, bastonetes Gram-negativos e Leginonella spp.
Clínica da pneumonia
Na pneumonia, há inflamação do espaço alveolar no final das vias aéreas. Por esse motivo, ocorre uma alteração nas trocas gasosas que pode levar à diminuição da disponibilidade de oxigênio no sangue e nos tecidos.
Sua evolução é aguda, com mal-estar, febre, calafrios, falta de ar, aumento de respirações por minuto ou tempo expiratório, presença de expectoração com muco e, às vezes, aumento da frequência cardíaca por minuto.
A hipóxia (diminuição da concentração de oxigênio no sangue) também pode estar associada. Os sintomas tendem a ser confundidos com os da bronquite. O diagnóstico começa do ponto de vista clínico com o histórico e o exame físico. A oximetria deve ser incluída para monitorar a concentração de oxigênio.
Para confirmar o diagnóstico, utiliza-se a radiografia de tórax, que mostra a presença de infiltrados pulmonares. Além disso, um laboratório básico (hemograma com contagem de leucócitos) é usado para iniciar o tratamento empírico. Ocasionalmente, são indicadas culturas de gram e escarro.
O tratamento oportuno da pneumonia é essencial
Não é possível confirmar a origem etiológica da infecção apenas pelos achados clínicos e radiológicos; geralmente são necessários estudos adicionais. No entanto, a antibioticoterapia empírica (uso de antibióticos de amplo espectro) geralmente é iniciada.
História de viagem ou exposição a doenças endêmicas permite suspeitar ou prever a etiologia. O manejo antibiótico é o tratamento de escolha. Além disso, todos as pessoas com pneumonia são recomendadas a manter repouso, hidratação adequada e controle da febre conforme necessário. Quando a etiologia específica é conhecida, um antibiótico direcionado é usado.
Fatores de risco associados
As pessoas com maior risco de adquirir pneumonia são aquelas com mais de 65 anos e menores de 2 anos, ou aquelas com outros problemas de saúde concomitantes.
Outros fatores de risco associados são a presença de pneumonias de repetição, doenças crônicas (cardiorrespiratórias, imunes ou neuromusculares), exposição direta ou indireta à fumaça do tabaco e poluentes ambientais, viver em condições de superlotação, não vacinação e, no caso de crianças, não receber aleitamento materno, prematuridade e baixo peso ao nascer.
A maioria das pessoas mais vulneráveis à doença, bem como às suas complicações, encontra-se em países de baixa renda da África, Ásia e América Latina.
A chave na luta contra a pneumonia é a prevenção
O Dia Mundial da Pneumonia busca educar e capacitar as famílias na prevenção e diagnóstico precoce da doença, além de melhorar o sistema de saúde.
Quando a infecção ocorre, a resolução depende de um bom tratamento. As vacinas podem prevenir as mortes por pneumonia, assim como o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, boa nutrição, descontaminação do ar, lavagem das mãos e acesso à água potável.
Ainda assim, as principais medidas de prevenção da pneumonia adquirida na comunidade incluem o tratamento do tabagismo, a promoção de programas de imunização antigripal e antipneumocócica em populações de risco.
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