Cuidado com os carrapatos! Conheça a doença de Lyme e seus riscos
No verão, muitas pessoas aproveitam o clima agradável para desfrutar do ar livre, seja em um passeio pelo campo, dias de acampamento ou jantares na grama. Apesar destes planos serem ótimos para evitar o estresse e passar o tempo com pessoas queridas, eles também supõem um risco de contrair a doença de Lyme.
Esta é um tipo de infecção transmitida pelos carrapatos.
As autoridades de saúde vêm advertindo, faz alguns anos, sobre os riscos que os carrapatos representam para a saúde humana e todas as consequências da doença de Lyme.
Por isso, é muito importante se informar sobre a doença e fazer todo o possível para reduzir o risco.
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O que é a doença de Lyme?
A doença de Lyme é uma condição infecciosa causada por um germe chamado espiroqueta, que se encontra principalmente em um tipo de carrapato presente nas regiões noroeste e centro-oeste dos Estados Unidos.
Ao serem portadores destas bactérias, os carrapatos representam um risco para a saúde humana e a dos animais, já que uma de suas picadas pode propagar a doença e causar uma séria de sintomas que afetam a qualidade de vida.
Os principais casos da doença de Lyme ocorreram nos Estados Unidos. No entanto, o risco também existe em outras partes do país, na Europa, Ásia e Austrália.
Sintomas
Um dos primeiros sinais da doença de Lyme é uma erupção cutânea na pele que costuma aparecer entre 3 e 30 dias depois da picada do carrapato.
Em geral, ela começa no lugar da picada, onde aparece uma vermelhidão que, pouco a pouco, pode crescer e se estender por toda a pele.
Outros sintomas que podem ocorrer como consequência desta doença incluem:
- Febre
- Calafrios
- Dores de cabeça
- Fadiga
- Dores articulares e musculares
Ainda que as complicações ocorram em pouquíssimos casos, a doença em sua primeira etapa pode se propagar ao coração e ao sistema nervoso.
Se algo assim ocorrer, a pessoa também pode sofrer com outros sintomas como batidas lentas ou irregulares no coração, assim como paralisia facial de Bell, dormência e formigamento nos braços e nas pernas e inchaço nas membranas que rodeiam o cérebro.
O que ocorre quando a doença de Lyme avança?
Quando os primeiros sintomas da doença de Lyme são ignorados e ela não é tratada da forma adequada, a bactéria pode se estender por outras partes do corpo e, com o passar dos dias, os sintomas irão piorando.
Em uma etapa mais avançada, a pessoa com este problema de saúde pode começar a sofrer de artrite (articulações doloridas e inchadas) e de problemas no sistema nervoso.
No caso da artrite, ela afeta quase sempre os joelhos e, raramente, envolve danos de mais articulações.
É pouco comum que a doença chegue a avançar a outras etapas, mas quando isso ocorre, podem surgir os seguintes sintomas:
- Problemas de concentração
- Mudanças no estado de ânimo
- Mudanças nos hábitos de sono
- Perda de memória
- Fraqueza muscular
Quem pode sofrer da doença de Lyme?
As pessoas que passam muito tempo ao ar livre, em especial em locais onde fiquem animais, têm um maior risco de sofrer da doença de Lyme por estar em áreas onde é mais provável a presença de carrapatos.
Em geral, os carrapatos preferem a parte superior da vegetação e arbustos baixos, com o fim de que as pessoas ou animais esbarrem nestas partes.
Com frequência, os carrapatos sobem nas roupas e assim conseguem aderir à pele. Além disso, uma vez que grudam, é difícil detectá-los, já que não costumam provocar incômodos e passam quase sempre despercebidos.
Nem todos os carrapatos são transmissores da doença, mas qualquer um pode representar um risco para a saúde. Por isso é muito importante combatê-los e tratar de mantê-los o mais longe possível do nosso lar e das áreas que utilizamos para aproveitar o ar livre.
Qual é o tratamento para a doença de Lyme?
Ao diagnosticar a doença, é iniciado um tratamento com antibióticos que dura entre 14 e 30 dias.
Quando ainda não avançou à segunda etapa, o germe é combatido muito bem com o tratamento e é possível que os sintomas desapareçam em pouco tempo.
Se este problema de saúde avançar a outras etapas, o tratamento com antibiótico continuará, mas agora é provável que a aplicação seja feita por via intravenosa.
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