Conheça os sintomas de DPOC, a doença enfrentada pelo ator Pedro Paulo Rangel

O ator convive há duas décadas com DPOC. A doença apareceu depois de anos do vício em cigarro.
Conheça os sintomas de DPOC, a doença enfrentada pelo ator Pedro Paulo Rangel

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 24 novembro, 2022

Internado em um hospital do Rio de Janeiro desde o início de novembro, Pedro Paulo Rangel, de 74 anos, publicou uma foto nas redes sociais para acalmar os fãs.

“Fora do CTI, mas ainda sem previsão de alta”, escreveu Rangel nas redes sociais.

Pedro Paulo foi diagnosticado com a doença há duas décadas, após anos sendo fumante.

“Parei de fumar em 1988, no século passado. Adotei uma vida saudável, aprendi a nadar, andava na praia… E em 2002 soube que estava doente. Eu não senti a doença, eu a descobri. É traiçoeira. Quando aparece, não tem mais chance. Mas eu consigo levar a vida muito bem, desde que esteja medicado. Faço fisioterapia, atividades físicas com um personal… Se tem algo de que eu me arrependa profundamente é de ter começado a fumar. Se vejo um fumante, digo: ‘Não faça isso, espelhe-se no meu caso’”.

Por conta do problema de saúde, Pedro Paulo Rangel cancelou a temporada da peça O ator e o Lobo, que estava em cartaz em um teatro de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro.

O que é Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica?

A DPOC é uma reação inflamatória a gases e partículas que chegam até o pulmão, levando a obstrução das vias aéreas e dano ao tecido pulmonar. A inflamação pode acometer tanto as unidades de funcionamento do pulmão denominados como alvéolos (o que leva ao quadro de enfisema), como também as vias aéreas (o que leva ao quadro de bronquite crônica).

Conheça os sintomas de DPOC, a doença enfrentada pelo ator Pedro Paulo Rangel

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, essa doença afeta cerca de 5 milhões de brasileiros e é considerada a 5ª maior causa de internação em pacientes acima de 40 anos.

Causas

A causas mais comum do problema é a exposição a uma das substâncias abaixo:

  • Cigarro.
  • Poluição.
  • Fumaça.
  • Resíduos tóxicos.

De fato, o principal causador dos sintomas de DPOC é o tabagismo. Somente ele é responsável por 85% dos casos, o que permite afirmar que a doença afeta principalmente fumantes ou ex-fumantes.

Sintomas de DPOC

A Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva apresenta diversos sintomas. Eles costumam ser notados somente após ocorrer significativo dano ao pulmão. Caso o paciente não trate os sintomas, geralmente pioram no decorrer dos anos, principalmente se a exposição ao tabaco persistir.

Na fase inicial da DPOC, os sintomas costumam ser:

  • Falta de ar.
  • Tosse.
  • Presença de catarro.
  • Dificuldade para respirar.

Mas, conforme a doença vai se agravando, outros indícios passam a ser notados, como:

  • Presença de infecções respiratórias mais frequentes.
  • Tornozelos, pés ou pernas inchadas.
  • Perda de peso.
  • Chiado.
  • Aperto no peito.
  • Necessidade de limpar a garganta ao acordar, devido à quantidade excessiva de muco pulmonar (pigarro).
  • Lábios com coloração azulada (cianose).
  • Falta de energia.

Um sinal de alerta especificamente para fumantes é quando começam a ter muitos casos de gripe ou pneumonia seguidos. Além disso, é preciso dar atenção redobrada à tosse crônica, matinal e diária nos últimos dois anos. Este é considerado o sintoma da DPOC mais característico e, ao mesmo tempo, mais negligenciado.

De maneira geral, quando a DPOC se encontra em fase adiantada, os sintomas são praticamente diários e intensos. Com isso, tendem a dificultar a realização de atividades simples do cotidiano e quase impossibilitar a prática de atividades físicas.

É importante destacar que a DPOC é uma doença que pode levar o paciente a óbito, principalmente se a pessoa for tabagista há muitos anos.  Desta forma, é fundamental que, ao notar qualquer um dos sintomas de doença pulmonar crônica, a pessoa consulte imediatamente um pneumologista.

Através da realização de um exame chamado de espirometria, é possível medir a capacidade pulmonar e, ao mesmo tempo, avaliar o quanto o órgão está afetado. Assim fica mais fácil analisar as medidas adequadas.

Com informações de ISTOÉ e Clínica de Doenças Respiratórias Avançadas.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.