Brasileiras são presas na Alemanha por tráfico de drogas após troca de etiquetas das malas em Guarulhos

Duas brasileiras foram presas injustamente por tráfico de drogas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, após terem as etiquetas das bagagens trocadas.
Brasileiras são presas na Alemanha por tráfico de drogas após troca de etiquetas das malas em Guarulhos

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 17 abril, 2023

Duas brasileiras, a empresária Katyna Baía e a veterinária Jeanne Paolini, foram presas injustamente por tráfico de drogas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, após terem as etiquetas das bagagens trocadas. Elas saíram de Guarulhos, em São Paulo, e foram detidas após policiais encontrarem cerca de 40 quilos de cocaína em malas com os nomes delas.

As duas mulheres despacharam suas malas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 4 de março, mas, de acordo com investigações, as etiquetas de identificação foram trocadas por funcionários do aeroporto. As “novas” malas transportavam 40 quilos de drogas para Frankfurt, na Alemanha.

Ao chegar em Frankfurt, as duas mulheres foram presas pela polícia alemã, que encontrou os nomes delas nas etiquetas das malas. Apesar de negarem serem as proprietárias das bagagens, acabaram sendo detidas.

De acordo com a advogada das vítimas, elas viajaram até a Alemanha em uma viagem de férias pela Europa. Cerca de 14 horas depois de saírem do Brasil, ao desembarcarem na Alemanha, elas foram detidas.

Os policiais avisaram que havia drogas nas malas delas. As vítimas tentaram explicar que a bagagem não pertencia a elas, mas acabaram sendo presas em flagrante por tráfico internacional de drogas.

A Polícia Federal encaminhou para as autoridades alemãs os vídeos que comprovam que as etiquetas das malas foram trocadas. Enviaram também documentos que mostram que a bagagem das brasileiras tinham cores e pesos diferentes das que foram apreendidas.

Depois que a polícia alemã analisou a investigação feita pela Polícia Federal do Brasil e também as imagens de câmeras de segurança que mostram a ação da quadrilha de tráfico de drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, as mulheres foram soltas.

Assim, depois de 38 dias na prisão ambas finalmente puderam ver e abraçar a família. O encontro foi no consulado brasileiro em Frankfurt, na Alemanha. Mais tarde, elas foram comemorar a resolução do caso em um restaurante.

A irmã de Katyna e a mãe de Jeanne, junto com a advogada, receberam a notícia da libertação ainda no avião, a caminho de Frankfurt.

“Notícia maravilhosa. As meninas estão soltas em Frankfurt. Vamos chegar com elas soltas. A gente vai estar na Alemanha para acolhê-las, para recebê-las para dar aquele abraço de família que elas tanto estão precisando”, comemorou Lorena Baía, irmã de Katyna.

“Esse pesadelo finalmente acabou e a gente vai poder abraçá-las muito, muito”, disse Valéria Paolini, mãe de Jeanne.

“Elas foram completamente inocentadas, o que significa que elas podem voltar para o Brasil quando bem entenderem, na medida também que podem voltar para Alemanha quando bem entenderem. Não há nenhum registro criminal nos nomes delas”, explica a advogada Chayanne Kuss de Souza.


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