As cardiopatias congênitas mais comuns

As cardiopatias congênitas são um grupo de malformações que afetam o coração e estão presentes desde nascimento. Nesta oportunidade, contamos detalhadamente quais são as mais frequentes e suas consequências.
As cardiopatias congênitas mais comuns
Elisa Martin Cano

Escrito e verificado por a médica Elisa Martin Cano.

Última atualização: 25 outubro, 2022

Cardiopatia Congênita é uma lesão em uma ou mais partes da anatomia do coração. Essas lesões já estão presentes desde o nascimento, pois se originam durante o período embrionário. Segundo a Fundação Espanhola do Coração, elas aparecem em aproximadamente 1% dos recém-nascidos vivos.

Sendo o coração um órgão essencial, essas lesões terão grande relevância em quem as desenvolve. Portanto, é importante diagnosticá-las e tratá-las o mais rápido possível. Contaremos quais são as mais frequentes e algumas informações sobre elas.

O que são cardiopatias congênitas?

Segundo dados da Fundação Espanhola do Coração, aproximadamente 1% dos bebês vivos nascem com algum tipo de cardiopatia congênita.

As cardiopatias congênitas agrupam um grupo de doenças caracterizadas por lesões anatômicas em uma ou várias partes do coração. Sua causa não é conhecida, mas acredita-se que se desenvolvam devido a múltiplos fatores que se somam. Esses fatores causam uma alteração na formação do coração durante o crescimento fetal.

As lesões estão presentes desde o nascimento. Alguns se manifestarão a partir desse momento e outros mais tarde, dependendo do tipo de doença cardíaca e de sua gravidade. A doença cardíaca deste tipo pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo.

Quais são as mais frequentes?

Existem aproximadamente 300 tipos diferentes de cardiopatias congênitas. Elas podem aparecer de forma independente ou combinadas entre si na mesma pessoa. O prognóstico e o tratamento de cada um delas serão diferentes. Algumas das cardiopatias congênitas mais comuns são:

  • Defeito do septo interventricular e atrial: são orifícios na membrana que separa os átrios ou ventrículos. Eles fazem com que o sangue oxigenado de um lado do coração se misture com o sangue desoxigenado da outra metade, perdendo parte do oxigênio.
  • Estenose da válvula pulmonar: esta válvula é responsável por regular a passagem do sangue do ventrículo direito para os pulmões. Quando está mais estreito que o normal, o ventrículo tem que trabalhar mais e acaba se deformando, com as complicações que isso acarreta.
  • Estenose da válvula aórtica: a válvula aórtica é responsável por moderar o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta para atingir o resto do corpo. A diminuição do tamanho significa que neste caso é o ventrículo esquerdo que acaba trabalhando mais e ficando deformado. Isso leva à disfunção cardíaca.
  • Ductus persistente: o ducto é um vaso que conecta a aorta e as artérias pulmonares no feto para que a circulação fetal funcione sem problemas. Geralmente fecha sozinho ao nascer. Se isso não acontecer, o sangue de ambas as artérias se mistura, perdendo parte do oxigênio e sobrecarregando o coração.

Algumas malformações combinadas

Tetralogia de Fallot
A tetralogia de Fallot é uma das malformações combinadas que requerem intervenção cirúrgica como tratamento.
  • Tetralogia de Fallot: é a combinação de 4 malformações. Estes incluem defeito do septo ventricular, estenose pulmonar, hipertrofia ventricular direita e malformação aórtica. Essa patologia produz crises de falta de oxigênio em quem a apresenta. Precisa ser corrigido com cirurgia.
  • Transposição das grandes artérias: Nesta malformação, a aorta e as artérias pulmonares são trocadas. A aorta se conecta com o ventrículo direito e a pulmonar com o esquerdo. Isso cria duas circulações paralelas. Por um lado, o do sangue desoxigenado e, por outro, o do sangue oxigenado, que não se comunicam. Também é necessário repará-lo com cirurgia.

Quais são as consequências da cardiopatia congênita?

Como já mencionamos, cada um dos tipos de cardiopatia congênita terá um diagnóstico, prognóstico e tratamento diferentes. O que é comum em todas elas é que, em caso de malformações significativas, estando presentes em um órgão tão vital, podem produzir consequências muito graves e importantes.

Portanto, será essencial realizar todos os exames médicos pertinentes tanto na gravidez quanto no recém-nascido. Alguns deles já podem ser diagnosticados no feto, e até mesmo tratados no útero.

Mesmo assim, já indicamos que algumas dessas malformações, embora presentes desde o nascimento, só começam a apresentar sintomas depois de algum tempo. Por esse motivo, na presença de qualquer sintoma ou sinal, será fundamental ir ao médico para que sejam realizados os estudos necessários.


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