Adenoidite ou "carne esponjosa" em bebês: sintomas e tratamento
A adenoidite em bebês responde a uma patologia caracterizada pelo aumento do tamanho das adenoides (massa de tecido linfoide próximo às fossas nasais) em relação ao tamanho da nasofaringe, o que causa obstrução nasal e várias complicações. Segundo fontes pediátricas, a causa geral é um episódio infeccioso.
A carne esponjosa, como é popularmente conhecida, apresenta uma sintomatologia muito característica e é uma patologia relativamente comum em crianças. Mesmo assim, saber quando ir ao médico e pensar em um possível tratamento é essencial nesses casos. Portanto, aqui contamos tudo que você precisa saber sobre a adenoidite em bebês.
Incidência da adenoidite
Antes de entrarmos profundamente no assunto, vamos descrever o grupo populacional com maior probabilidade de sofrer dessa condição. Vários estudos médicos nos fornecem certas informações:
- A prevalência de vegetações ou adenoidite em bebês é difícil de quantificar, pois costuma estar associada a outras condições clínicas, como a rinossinusite.
- A maior morbidade (probabilidade de aparecimento da doença), segundo estudos científicos, é entre um e nove anos de idade.
- O tecido adenoide começa a atrofiar dos 6 aos 7 anos e continua a diminuir de tamanho durante a puberdade. Portanto, é uma doença característica de bebês e crianças.
Como vimos, estamos diante de uma patologia influenciada pela idade do paciente. Sendo assim, diante dos sintomas de obstrução nasal em um adulto, já não se considera a adenoidite como uma das principais causas.
Para saber mais: O uso de chupetas e mamadeiras é prejudicial?
O que é a adenoidite?
Como já dissemos, essa patologia corresponde a um inchaço da adenoide, que é um tecido localizado logo atrás do nariz que faz parte do sistema linfático. Essa estrutura reage a infecções, prendendo germes e bactérias para que não entrem no trato respiratório superior.
As adenoides são funcionais em bebês e em crianças, mas de acordo com fontes citadas anteriormente, atingem o tamanho máximo aos sete anos. A partir daí, começam a declinar a ponto de ficarem quase ausentes na idade adulta. Isso ocorre porque, com a idade, as pessoas desenvolvem novos mecanismos imunológicos.
É necessário destacar a diferença entre adenoidite aguda e crônica, embora esse conceito não pareça ser padronizado por todas as fontes bibliográficas. O tecido adenoideano pode ficar temporariamente inflamado no caso de um episódio infeccioso, o que é esperado, mas se as adenoides forem infectadas, o quadro clínico pode se tornar crônico.
A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos afirma que as infecções geralmente são a causa mais comum de adenoidite aguda, embora os processos alérgicos ou irritação da acidose estomacal possam desempenhar um papel importante em seu aparecimento. As bactérias mais associadas a este quadro clínico são as seguintes:
- Haemophilus influenza.
- Streptococcus pneumoniae.
- Streptococcus pyogenes.
- Staphylococcus aureus.
Finalmente, deve-se notar que a adenoidite repetida leva à hipertrofia da adenoide. Nesse caso, a remoção cirúrgica do tecido pode ser necessária, pois após a infecção ele não diminuirá de tamanho.
Sintomas de adenoidite em bebês
Portais pediátricos, como o Kidshealth, compartilham a sintomatologia da doença em bebês e crianças. Alguns dos sinais mais comuns são os seguintes:
- Boca seca e mau hálito.
- Lábios rachados.
- Secreções pelo nariz.
- Problemas de ouvido.
- Respiração ruidosa.
- Infecções nasais ou sinusais recorrentes.
Todos esses sintomas derivam da incapacidade do recém-nascido de respirar corretamente. Quando inflamado, o tecido impede o fluxo de ar para o trato respiratório superior, por isso o bebê recorre à respiração pela boca.
Qual é o tratamento para a adenoidite em bebês?
A chave para o tratamento de adenoidite em bebês é observar e esperar. É inútil administrar antibióticos a um recém-nascido que tem uma reação alérgica, portanto, tomar a iniciativa e medicar o paciente por conta própria está sempre fora do quadro de ação. O pediatra pode tomar várias medidas:
- No caso de infecções de natureza viral, geralmente nenhum tipo de tratamento é necessário. Esse tipo de doença do trato respiratório superior costuma se resolver após 5 a 7 dias, conforme indicam fontes científicas.
- Se a infecção for de origem bacteriana, pode-se recorrer ao uso de antibióticos. A amoxicilina é um dos medicamentos mais usados e geralmente proporciona uma melhora dos sintomas do paciente em 48 a 72 horas.
- Se houver suspeita de uma reação alérgica, sprays nasais de esteroides ou anti-histamínicos são a melhor opção.
- No caso de um refluxo por azia, pode-se fazer mudanças na dieta do recém-nascido e seguir as orientações de um nutricionista pediátrico. Isso deveria ser suficiente para amenizar os sintomas.
Entretanto, se o paciente não responde ao tratamento e continua com deficiência respiratória que dificulta a vida, pode-se recorrer à adenoidectomia, ou seja, à retirada das adenoides. A maioria dos bebês não apresenta nenhum risco associado a esse procedimento cirúrgico.
Não deixe de ler: Síndrome de apneia obstrutiva do sono em crianças
Adenoidite em bebês e o papel do pediatra
A adenoidite é uma doença muito comum, geralmente associada a outros processos patológicos do trato respiratório superior. No caso de um bebê com dificuldades respiratórias, halitose, boca seca, choro e desconforto contínuo, é necessário consultar o pediatra para avaliar a presença de possíveis vegetações.
Além disso, deve-se destacar que episódios causados por infecções bacterianas também ocorrem com os sintomas dessas patologias, ou seja, mal-estar e febre. Portanto, diante de qualquer um desses sintomas, uma consulta com o médico é imprescindível.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Richardson, M. A. (1999). Sore throat, tonsillitis, and adenoiditis. Medical Clinics of North America, 83(1), 75-83.
- Bowers, I., & Shermetaro, C. (2019). Adenoiditis. In StatPearls [Internet]. StatPearls Publishing.
- Reyes Concepción, D., & Gómez Martínez, M. (2014). Caracterización clínico-epidemiológica de la adenoiditis crónica en la infancia. MediSur, 12(2), 383-389.
- Adenoides, Kidshealth.org. Recogido a 19 de septiembre en https://kidshealth.org/es/kids/adenoids-esp.html
- American Academy of Pediatrics. Subcommittee on Management of Sinusitis and Committee on Quality Improvement. Clinical practice guideline: management of sinusitis. Pediatrics. 2001 Sep;108(3):798-808.
- Reyes Concepción, Daniel, and Margarita Gómez Martínez. “Caracterización clínico-epidemiológica de la adenoiditis crónica en la infancia.” MediSur 12.2 (2014): 383-389.
- Sjogren, Phayvanh P., et al. “Comparison of pediatric adenoidectomy techniques.” The Laryngoscope 128.3 (2018): 745-749.
- Jacomino, Ángel Luis, Rosa Caridad Truffin Hernández, and Anisela Expósito Pérez. “Infecciones rinofaríngeas en la infancia.” Revista Cubana de Otorrinolaringología y Cirugía de Cabeza y Cuello 3.1 (2019).
- Jaime, M. Francisca, and M. Francisca. “Relación del reflujo gastroesofágico y manifestaciones respiratorias, desde el punto de vista de la gastroenterología pediátrica.” NEUMOLOGIA PEDIÁTRICA (2019): 126.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.