8 dicas para educar seus filhos

Nenhum pai tem um manual livre de erros para ser um bom pai. Educar os filhos é uma arte que se cultiva e que se vive diariamente, através da qual pais e filhos crescem juntos.
8 dicas para educar seus filhos
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña.

Escrito por Thady Carabaño

Última atualização: 01 outubro, 2022

Quando decidimos ser mães ou pais, iniciamos um dos processos mais fascinantes e complexos da vida de todo ser humano. Educar seus filhos é uma tarefa para a qual ninguém está realmente preparado. A chegada de um filho não nos “gradua” como pais, é um processo que se vive diariamente e no qual se aprende a todo instante.

Além disso, os conselhos que podemos vir a receber de um especialista ou de outros pais funcionam em determinadas situações. Até entre os filhos de uma mesma família, o que pode ser ideal para um filho, pode não ser tão útil assim para o outro.

Devemos entender que cada filho é um ser único e que a relação que estabelecemos com ele também é. Pensando nisso, neste artigo daremos oito recomendações importantes para educar seus filhos pensando em uma relação que privilegie o amor e o respeito.

Educar seus filhos: uma arte que é vivida diariamente

1. Coloque-se no lugar dele

Mãe levando seu filho na terapia

As crianças são crianças e agem como tal; elas não são pequenos adultos. Cada minuto de sua vida é uma brincadeira e fantasia, descobrimento e aventura. Elas não entendem as responsabilidades do mesmo modo que nós adultos, portanto seu comportamento está isento das razões dos mais velhos.

Então, se uma criança tem um comportamento que desaprovamos ou que consideramos errado, antes de repreender ou corrigir, devemos tentar compreender por que ela fez isso e quais sentimentos a impulsionaram a ter essa conduta.

2. Reflitam juntos

Da empatia surge a reflexão. O famoso “contar até 10” para respirar e não responder de cabeça quente a um mau comportamento dos nossos filhos não é mais do que a pausa necessária para compreender a situação diante de nós.

Esta reflexão não é boa apenas para os pais. Convide a criança ou adolescente a analisar o que houve e por que aconteceu, para que ele também se coloque no lugar de quem se viu afetado por seu mau comportamento.

3. Escute e dialogue

Mãe conversando com sua filha

Muitas vezes repreendemos a criança, damos recomendações a ela, dizemos a ela o que não deve fazer, mas ela não está ouvindo o que estamos dizendo; não se abriu um verdadeiro diálogo para que a criança conte seus motivos.

Se a criança disser que não fez a lição de casa porque já sabe a matéria e fica entediada… Que dilema! Mas só quando você ouve o argumento será possível ter um olhar melhor sobre como orientar o comportamento do seu filho. Mediante o diálogo e a reflexão conjunta, vocês podem chegar à melhor conclusão sobre o que deve ser feito.

4. Hora de compartilhar

A vida atarefada de mães e pais que trabalham no mínimo 8 horas diárias, as mesmas horas que provavelmente o filho passa na escola ou em diversas atividades extracurriculares, deixam pouco tempo para ser compartilhado em família.

Educar os filhos não é ditar uma regra e esperar que a criança a entenda e cumpra automaticamente. É preciso estar perto, presenciando situações, razões e circunstâncias. É preciso dedicar tempo para comerem juntos, sair para passear, sentar e conversar, ver um filme juntos e desfrutar da companhia um do outro.

5. Dê o exemplo

Mãe apreciando flor com seu filho

Ainda que você dê muitos sermões a uma criança ou adolescente, seu exemplo será muito mais importante do que suas palavras. A melhor demonstração disso é quando vemos pais fumantes explicando aos seus filhos que não é bom fumar e, depois de um tempo, têm que aceitar que seus filhos se tornaram fumantes.

Se quisermos que nossos filhos sejam empáticos, devemos ser empáticos. Se esperamos que nossos filhos resolvam suas diferenças conversando e sem gritos, devemos fazer o mesmo. Do mesmo modo que se quisermos que eles sejam responsáveis, devemos agir de acordo. O exemplo dos pais é a referência que os filhos têm para seguir e tomar decisões no presente e no futuro.

6. Tentar e errar

As crianças são exploradoras natas. Chegaram ao mundo com sede de descobrir e devem fazer isso, ainda que cometam erros. O papel da mãe e do pai é que essa exploração seja feita dentro dos limites que resguardem seu bem-estar físico e emocional.

Muitos pais superprotegem seus filhos. A superproteção evita que eles cresçam e desenvolvam sua autonomia em função dos medos e dos traumas dos pais. Deixá-los experimentar e errar irá ajudá-los a crescer com segurança e a construir uma boa autoestima.

7. Pedir perdão

Mãe abraçando sua filha

Com frequência pedimos às crianças que se desculpem com outras crianças ou com os pais quando presenciamos um mau comportamento. Porém, poucas vezes os pais pedem perdão aos filhos por perderem a calma com facilidade, por não cumprirem uma promessa, por levantarem a voz, por não participarem de uma atividade escolar, por agredi-los física e emocionalmente.

Os pais não são perfeitos. Pode chegar o dia em que você vai perder o bom senso e ultrapassar a linha do respeito. Crianças e adolescentes ficam gratos quando o pai e a mãe são capazes de reconhecer o erro e pedir perdão.

Educar seus filhos também é…

Prepará-los para serem pais. Como dissemos, não nos tornamos mães e pais com a chegada de um bebê. É um processo no qual vamos aprendendo a cada dia. Estarmos cientes de como queremos educar nossos filhos requer leitura, preparação e conciliar com o outro pai uma postura coerente diante dos filhos.

Mesmo assim, o primeiro exemplo que temos como pais são os nossos próprios. Superar as feridas que nossos pais nos causaram exige analisá-las, e talvez até seja necessário buscar ajuda profissional. Essa reflexão faz parte do crescimento que é necessário ter para poder oferecer uma educação baseada no respeito e no amor às crianças.


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