5 passos simples para deter um ataque de ansiedade

O ataque de ansiedade pode aparecer em qualquer momento diante de uma situação adversa. Por isso temos que ter nossas próprias técnicas de relaxamento que nos façam sentir bem e nos ajudem a acalmá-lo.
5 passos simples para deter um ataque de ansiedade

Última atualização: 16 janeiro, 2019

Um ataque de ansiedade é, sem dúvida, uma experiência assustadora e debilitante para a pessoa que o sofre.

Nem sempre se conhecem os desencadeadores ou a razão que gera esta resposta inadaptável caracterizada por um medo irracional, e a clara sensação de que vamos sofrer um ataque cardíaco.

A perda de controle é absoluta e, ao mesmo tempo, devastadora.

Por outro lado, algo que devemos considerar é que qualquer um de nós pode ter um ataque de ansiedade a qualquer momento.

Isso porque ninguém está imune a esta mensagem de medo que desata em nosso organismo uma reação imprevisível.

Além disso, é necessário saber que uma vez que acontece o primeiro ataque de ansiedade, é comum que ocorram outros.

Se este é o seu caso, não hesite em buscar um bom profissional que possa ajudá-lo.

Leve em conta que um psicólogo pode lhe dar estratégias, mas é você mesmo que deve encarar dia após dia as situações e os focos onde se origina a ansiedade, a raiz do seu problema.

A seguir oferecemos 5 passos para enfrentar estas situações.

No entanto, lembre-se: o ideal é encontrar suas próprias estratégias, as que mais se ajustem às suas necessidades particulares.

1. Primeiro passo: entenda o que é um ataque de ansiedade

O primeiro passo é introdutório. Ou seja, quando temos um problema ou uma doença, é recomendável saber o que a gera.

  • Tome consciência primeiro de que, ainda que você acredite no contrário, um ataque de pânico não vai lhe tirar a vida;
  • É uma condição muito normal na população, desencadeada por um excesso de adrenalina que entra na corrente sanguínea;
  • Esta condição é provocada pelo medo. Seja como for, os medos são irracionais e em muitas ocasiões nem sequer entendemos o que os provoca ou como controlá-los.

Além disso, é interessante saber que a ansiedade é um sistema de defesa natural e instintivo que nos prepara para fugir do perigo.

Esta reação nos permitiu sobreviver no passado ao escapar dos predadores, mas na atualidade nosso verdadeiro predador é, às vezes, a própria vida e suas complexidades.

2. Reconheça os sintomas

Mulher com ataque de ansiedade correndo

O ataque de ansiedade é como uma explosão. Daremos um exemplo: Maria é uma mulher de 42 anos com um bom emprego, três filhos, um marido e um familiar mais velho por quem é responsável.

Aparentemente, ela não tem mais problemas do que suas múltiplas responsabilidades. Sempre pôde cumprir com perfeição suas funções, mas ultimamente, quando menos espera, tem sofrido ataques de ansiedade.

Às vezes, antes de ir ao trabalho, e outras quando discute com o marido ou com os filhos.

Faz dois anos que seu pai faleceu, e embora tenha sido algo traumático para ela, tinha certeza de que havia superado a situação.

No entanto, faz um mês que seu animal de estimação morreu, e é como se todo aquele sofrimento do passado tivesse voltado à tona.

Como vemos, são várias coisas formando um todo muito complexo: o estresse, a pressão, uma perda familiar, a perda do animal de estimação…

Agora, Maria sofre cada vez mais ataques e, por isso, seu médico lhe ensinou a reconhecer os sintomas para poder reagir diante deles:

  • Taquicardia;
  • Pensamentos negativos;
  • Sensação de que vai se sufocar, ou de que o coração vai parar, por exemplo;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dor abdominal;
  • Enjoo;
  • Sudorese.

3. Respiração

Mulher preocupada por ataque de ansiedade

Sem dúvida, o controle da respiração é muito importante para controlar e acalmar um ataque de ansiedade.

Não podemos nos esquecer de que esta resposta da nossa mente diante da percepção de um perigo é, antes de tudo, física e orgânica.

Portanto, podemos começar regulando a respiração para controlar a aceleração da frequência cardíaca.

Quando você notar os sintomas físicos do ataque de ansiedade, busque um lugar tranquilo e procure não sentir pressões da roupa (tire o casaco, abra algum botão ou o cinto, sente-se…)

  • Agora, inspire ao longo de 5 segundos;
  • Retenha este ar durante 7 segundos;
  • Expire durante 8 segundos;
  • Volte a repetir este ciclo durante 5 minutos.

Leia também o seguinte artigo: O corpo converte o que calamos em sintomas

4. Detenha os pensamentos negativos

Homem segurando cérebro com ataque de ansiedade

Os pensamentos negativos fluem como uma corrente durante um ataque de ansiedade. É como abrir uma porta para deixar entrar os raios de uma tempestade.

Sendo assim, aprenda a cortar este fluxo, detenha-os. Diga ‘não’ e retome o controle sobre a sua mente visualizando uma imagem muito simples que podem ajudá-lo:

  • Os pensamentos negativos são como velas acesas;
  • Tome ar e sopre para apagá-los, um por um, sem deixar nenhum aceso.

Depois disso, siga com o exercício da respiração e detenha este tipo de pensamento que aumenta ainda mais a ansiedade.

5. Faça uso de frases tranquilizadoras

Cada pessoa deverá ter as suas próprias, mas dispor de uma série de frases tranquilizadoras é um recurso simples e útil nestes casos.

Deixamos alguns exemplos:

  • “Está tudo bem, vou me acalmar, minha mente está em equilíbrio”;
  • “Tudo passou, estou a salvo, nada vai me machucar”;
  • “Pare e recupere o controle. Acalme-se agora mesmo e pegue as rédeas”;
  • “Não vai acontecer nada comigo, estou a salvo. Só respire, só tome ar e confie em si”.

Para concluir, estas estratégias são muito básicas e elementares. Sendo assim, não hesite em criar as suas próprias ou ajustá-las de acordo com a sua personalidade e necessidades. Sem dúvida, elas serão de grande ajuda.


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  • Seligman, M.E.P.; Walker, E.F.; Rosenhan, D.L. Abnormal psychology (4th ed.). New York: W.W. Norton & Company.

  • Trickett, S. (2009). Cómo superar los ataques de pánico. Editorial Hispano – Europea. Barcelona – España.

  • Sylvers, Patrick; Lilienfeld, Scott O.; Laprairie, Jamie L. (2011). “Differences between trait fear and trait anxiety: Implications for psychopathology”. Clinical Psychology Review. 31 (1): 122 – 37.


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