Logo image
Logo image

3 soluções naturais e caseiras para aliviar as fissuras

4 minutos
Ainda que não as cure, uma forma de dar alívio às fissuras anais é consumir muita fibra e água para favorecer os movimentos intestinais e evitar o esforço excessivo na área. 
3 soluções naturais e caseiras para aliviar as fissuras
Mariel Mendoza

Revisado e aprovado por a médica Mariel Mendoza

Última atualização: 01 outubro, 2022

As fissuras anais são um problema incômodo e doloroso que muitas pessoas sofrem em silêncio. Pode ser algo pontual ou até mesmo um transtorno crônico que devemos tratar o quanto antes, para evitar sangramentos importantes e regular a evacuação intestinal.

Neste artigo compartilhamos as melhores soluções naturais para aliviar as fissuras anais. Deste modo poderemos preveni-las e tratá-las com remédios caseiros como a água fria, o aloe vera, o óleo de coco ou a calêndula.

O que são as fissuras anais?

As fissuras anais são pequenos rasgos na mucosa que recobre o ânus. A causa principal é a evacuação de fezes grandes e duras características da prisão de ventreSão um problema muito doloroso que pode levar a sangramentos e a uma difícil cicatrização.

O tratamento das fissuras anais, por isso, deve ter dois focos:

  • Regular o trânsito intestinal e facilitar a hidratação e expulsão das fezes para que não agravem as fissuras.
  • Aplicação de remédios tópicos locais que acalmem a dor e favoreçam a cicatrização mais rápida.

Como regular a função intestinal?

Se sofremos com transtornos intestinais devemos saber que não encontraremos a solução em um medicamento.

Nem os remédios naturais costumam oferecer resultados a longo prazo, e sim efeitos rápidos para aliviar o problema. A solução a longo prazo consiste em revisar a alimentação e hábitos diários:

Some figure
  • A base da dieta deve ser as frutas e as hortaliças, tanto cruas como cozidas (sucos, vitaminas, saladas, refogados, etc.). Devem estar presentes em cada refeição do dia.
  • Sempre que pudermos, devemos escolher alimentos integrais, que não são refinados (cereais, farinhas, macarrão, etc.).
  • Ao consumir muita fibra, nosso corpo precisará de água para assimilá-la. Deveremos beber pelo menos dois litros de água por dia, fora das refeições.
  • Não podemos nos esquecer dos legumes, das oleaginosas e das sementes em nossos cardápios semanais.
  • Realizar exercício físico duas ou três vezes por semana e combater o sedentarismo, principalmente se ficarmos muitas horas parados durante o dia.
  • Combater o estresse e os transtornos nervosos.

Soluções naturais

1. Água fria

Se sofremos com fissura anais, precisaremos de um alívio imediato da dor e do ardor em muitos momentos inesperados. Embora isso não nos ofereça a cura para o problema, a água fria ajudará a acalmar o desconforto imediatamente, de acordo com este estudo da Universidade das Américas (Chile). 

No entanto, devemos combiná-la com tratamentos subsequentes.

Devemos aplicar a água fria de maneira direta sobre a zona afetada. O mais confortável é fazê-lo no banho ou em um bidê. Contudo, se não for possível, também podemos usar uma pequena toalha e umedecê-la em um recipiente com água fria para depois aplicá-la por alguns instantes.

Além disso, as pessoas que sofrem com fissuras anais deveriam evitar o uso de papel higiênico convencional, o que costuma provocar e agravar o problema. Podemos usar toalhinhas úmidas ou, como em muitos países, se lavar no bidê.

2. Óleos vegetais nutritivos

A água fria é ideal para reduzir o incômodo no momento. No entanto, para prevenir ou tratar as fissuras anais precisaremos hidratar e proteger esta zona do corpo tão sensível. E para isso usaremos produtos naturais. Deste modo, evitaremos aplicar substâncias químicas que possam nos prejudicar.

A maneira mais simples e efetiva de consegui-lo é mediante óleos vegetais. Esses nutrem a pele profundamente e lhe trazem elasticidade para evitar novas fissuras.

  • As mais adequadas são as amêndoas (como afirma este estudo do Salisbury General Hospital) e o de azeite (de acordo com este estudo realizado pela University Foundation of Cardiology).
  • Também podemos adicionar um pouco de óleo essencial de cipreste para promover uma boa circulação.
Some figure

3. Remédio cicatrizante

Além de nutrir a pele, também podemos preparar um remédio caseiro que nos ajuda a acelerar a cura. Ele deve ter propriedades curativas e regenerativas para cicatrizar a fissura o mais rápido possível. 

Ao mesmo tempo, o que propomos é também um remédio anti-inflamatório, nutritivo e calmante, graças às propriedades da aloe vera (de acordo com este estudo realizado pelo Hospital Clínico Cirúrgico Provincial de Ensino »Amalia Simoni Argilagos» de Cuba).

Ingredientes

  • 2 colheres de gel aloe vera (30 g)
  • 1 colher de óleo de rosa mosqueta (15 ml)

Podemos usar o gel de aloe vera natural se o extrairmos do interior da folha da planta. Nesse caso, deveremos usá-lo na hora. Caso contrário, podemos comprar um gel o mais puro possível.

Preparo e aplicação

  • Misture o gel de aloe com o óleo de rosa mosqueta.
  • Aplique na zona afetada várias vezes por dia e sempre depois do banho.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Ahmad, Z. (2010). The uses and properties of almond oil. Complementary therapies in clinical practice16(1), 10-12. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20129403/
  • Alnasser, A. R., Akram, A., Kar, S., et al. (2022). The Efficacy of Sitz Baths as Compared to Lateral Internal Sphincterotomy in Patients with Anal Fissures: A Systematic Review. Cureus14(10), 1-10. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9622030/
  • Al-Waili, N. S., Saloom, K. S., Al-Waili, T. N. & Al-Waili, A. N. (2006). The safety and efficacy of a mixture of honey, olive oil, and beeswax for the management of hemorrhoids and anal fissure: a pilot study. TheScientificWorldJOURNAL6, 1998-2005. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17369999/
  • Gupta P. J. (2007). Effects of warm water sitz bath on symptoms in post-anal sphincterotomy in chronic anal fissure–a randomized and controlled study. World journal of surgery31(7), 1480–1484. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17534541/
  • Jahnny, B. & Ashurst, J. V. (2020). Anal fissures. StatPearls. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK526063/
  • Nelson, R. (2017). Anal fissure. In H, Abcarian, J, Cintron, R, Nelson (Eds.), Complications of Anorectal Surgery: Prevention and Management (pp. 109-117). Springer.
  • Nelson, R. L., Thomas, K., Morgan, J., & Jones, A. (2012). Non surgical therapy for anal fissure. Cochrane database of systematic reviews, (2). Disponible en: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003431.pub3/abstract
  • Newman, M. & Collie, M. (2019). Anal fissure: diagnosis, management, and referral in primary care. The British journal of general practice : the journal of the Royal College of General Practitioners69(685), 409–410. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6650108/
  • Rajaratnam, S. & Lindsey, I. (2014). Chronic anal fissure. In R. Cohen & A. Windsor (Eds.). Anus: Surgical Treatment and Pathology (pp. 211-220). Springer.
  • Rodríguez, I., Santana, O., Recio, O. y Fuentes, M. (2006). Beneficios del Aloe Vera l.(sábila) en las afecciones de la piel. Revista Cubana de Enfermería22(3), 1-5. Disponible en: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-03192006000300004
  • Schlichtemeier, S. & Engel, A. (2016). Anal fissure. Australian prescriber39(1), 14-17. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4816871/
  • Stachowska, E., Maciejewska, D., Palma, J., et al. (2022). Improvement of bowel movements among people with a sedentary lifestyle after prebiotic snack supply–preliminary study. Gastroenterology Review/Przegląd Gastroenterologiczny16(1), 73-80. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8942012/

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.