Síndrome sensorial: conheça a condição que afeta o filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Síndrome sensorial, esse é o diagnóstico que Bless, filho dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, recebeu após uma consulta médica em São Paulo. A revelação foi feita esta semana pela própria Giovanna no podcast “Quem Pode, Pod”.
Síndrome sensorial: conheça a condição que afeta o filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 03 fevereiro, 2023

Emocionada, a atriz e apresentadora do podcast Quem Pode Pod, Giovanna Ewbank, de 36 anos, revelou nesta semana que o seu filho do meio – Bless, de 8 anos – havia sido diagnosticado com a síndrome sensorial.

O que é síndrome sensorial?

Essa síndrome, ou Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), é um quadro em que, tanto o cérebro, quanto o sistema nervoso do indivíduo apresentam dificuldades para processar estímulos do ambiente e os sentidos.

Durante a pandemia, o Bless começou a ficar muito aéreo, [fazendo] algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro”, contou a atriz.

“Diversas vezes ele passava, por exemplo, pela cozinha, e falava: ‘Ai, que cheiro forte!’. E eu falava: ‘Bless, para com isso. É frescura, filho! É o cheiro da cebola’. Quando ele pisava na grama e falava: ‘Me tira daqui!’. E eu falava: ‘Filho, para de frescura, é só grama’. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato – onde a gente vai muito – porque o barulho das moscas incomodava ele”, disse Giovanna durante o podcast.

A disfunção de integração sensorial – termo utilizado pela literatura médica – se trata de uma dificuldade do cérebro para processar determinadas informações sensoriais provocadas por estímulos externos.

Como é o diagnóstico da síndrome sensorial?

O diagnóstico da disfunção de integração sensorial é feito através da avaliação de profissionais especializados – neuropediatra ou um terapeuta ocupacional.

Durante o acompanhamento, o terapeuta irá buscar identificar os estímulos que impactam negativamente as crianças durante a realização de determinadas atividades

“A forma que estas crianças observam e experimentam o mundo é um pouco diferente – sensorialmente falando. E isso é expressado nos comportamentos. Geralmente, temos o comportamento de recusa ou de busca por determinados tipos de estímulos”, explica Priscylla Cavalcanti, terapeuta ocupacional e especialista em Neurociência Aplicada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Na síndrome sensorial, a criança pode apresentar alterações em seus aspectos sensoriais, como paladar, visão, audição e olfato, seja por falta ou excesso de estímulos, que podem causar hiper ou hipossensibilidade e até mesmo um atraso sensorial.

Crianças com disfunção de integração sensorial podem apresentar as seguintes características

  • Agitação e necessidade de estar sempre em movimento (por exemplo, a criança não fica sentada por muito tempo e, quando senta, demonstra inquietação).
  • Dificuldade de processar e expressar sensações de frio, calor, fome, cansaço, entre outras.
  • Seletividade ou dificuldade alimentar, evitando algumas comidas de determinada textura, sabor ou consistência.
  • Intolerância a algumas roupas ou texturas.
  • Desorganização e distração.
  • Linguagem imatura e/ou dificuldade na fala.

O diagnóstico da síndrome sensorial pode ser realizado por um psicólogo, pediatra, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Esses profissionais da saúde são aptos para tratar todas as esferas que envolvem as dificuldades trazidas pela síndrome sensorial.

Como é feito o tratamento da síndrome sensorial?

O tratamento de crianças com disfunção de integração sensorial não deve ser confundido como uma cura, visto que a condição não se trata de uma doença.

Por isso, o acompanhamento da criança com essa disfunção busca atenuar os efeitos causados por estímulos sensoriais identificados como negativos.

“Utilizamos um setting terapêutico para promover estímulos e situações onde o cérebro das crianças irá criar novos caminhos neurológicos para que elas possam aprender a lidar com essas situações de forma funcional”, comenta Priscylla.

Informações: Jc.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.