Peste pulmonar: conheça suas causas e sintomas

A principal via de contágio da peste são as pulgas infectadas dos ratos. Deve-se evitar o contato com estes animais, mesmo se estiverem mortos.
Peste pulmonar: conheça suas causas e sintomas

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

A peste pulmonar é uma das modalidades da doença conhecida genericamente como peste. Trata-se de uma doença grave que causou várias epidemias ao longo da história, causando uma elevada mortalidade. Hoje em dia é completamente tratável.

A epidemia mais grave da peste da que se tem notícia aconteceu na Europa no século XIV. Ficou conhecida como a peste negra e resultou na morte de cerca de 50 milhões de pessoas.

A peste pulmonar é uma doença grave. Caso não seja tratada, apresenta uma taxa de mortalidade que pode chegar a 100% em alguns casos. Também é particularmente contagiosa e tem um forte potencial para desencadear epidemias.

A peste

A peste é uma doença infecciosa que afeta os animais, ainda que seja pouco comum entre eles, e ao homem. É causada pela bactérias Yersinia pestis, a qual está presente principalmente nos roedores e em suas pulgas.

Prevenção da peste pulmonar

Atualmente existem vários focos da doença, em diferentes partes do mundo. A forma de transmissão mais habitual entre animais e humanos é a picada de pulgas infectadas. Também por contato direto ou indireto. Existem três tipos básicos de peste:

  • Peste bubônica: é a forma mais típica. Corresponde aos casos em que a bactéria é introduzida no organismo mediante a picada de uma pulga, ou através de um corte ou ferida na pele. Afeta o sistema linfático.
  • Peste septicêmica: quando a peste bubônica não é tratada e a bactérias se acumula no fluxo sanguíneo, produzindo um choque séptico. É quando se denomina peste septicêmica.
  • Peste pulmonar ou pneumônica: acontece quando a bactéria se aloja nos pulmões. É a forma mais virulenta da peste. Se não tratada rapidamente, pode levar à morte.

A peste pulmonar ou peste pneumônica

A peste pulmonar é a modalidade menos frequente da peste, mas também a mais perigosa. Este tipo de peste se desenvolve em três dias. Para reduzir as chances de levar à morte, deve ser tratada nas primeiras 24 horas.

Bactérias da peste pulmonar

Bactérias resistentes dentro de um biofilme, ilustração 3D. Biofilme é uma comunidade de bactérias na qual essas adquirem resistência aos antibióticos e se comunicam entre si através de moléculas sensitivas (“quorum sensing”).

Em resumo, existem três vias de contágio da peste pulmonar. A primeira e mais comum é o contágio de pessoa a pessoa, através do ar. Ocorre quando alguém inala as bactérias aerossolizadas, emitidas por uma pessoa infectada.

Também é possível inalar a bactéria que ficou suspendida em minúsculas gotículas formadas pelo sistema respiratório de alguém infectado. O contágio somente se produz se existe contato próximo e contínuo com a pessoa ou animal doentes.

Ainda assim, a peste pulmonar acontece quando alguém sofre de peste bubônica ou de peste septicêmica e não recebe o tratamento adequado. Neste caso, a bactérias pode migrar e se alojar nos pulmões.

Os sintomas da peste pulmonar

O período de incubação da doença pode durar entre 1 a 7 dias. Logo após esse lapso, a pessoa infectada manifesta os primeiros sintomas, que são os mesmos de uma doença febril aguda.

Ademais, aparecem sintomas inespecíficos como dor de cabeça, febre que aparece subitamente, calafrios, fraqueza, náuseas, vômitos e dores generalizadas. Portanto, o indicado é que a pessoa seja atendida nas 24 horas posteriores ao aparecimento dos primeiros sintomas.

Além disso, para confirmar a presença da peste pulmonar é necessário realizar testes de laboratório. O método indicado é o de coletar uma amostra de escarro para analisar e verificar a presença da bactéria Y. pestis. Também se pode verificar mediante exame sorológico.

Outros dados de interesse

Quase todas as pessoas que contraem peste septicêmica ou peste pulmonar terminam morrendo. De fato, o tratamento precoce e adequado somente reduz a taxa de mortalidade em cerca de 50%. Daí a importância da vigilância e da prevenção.

Certamente, a principal medida para evitá-la é o controle de ratos. Por isso, procure não entrar em contato com estes animais, nem com seus cadáveres. Além disso, se há alguma pessoa infectada, devem ser aplicadas as medidas de isolamento e prevenção do caso.

Toda suspeita de um possível surto da doença deve ser reportada de imediato. A Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação contra a peste. De fato, não há evidência real de que a vacina tenha alguma eficácia.


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