As palpitações: por que surgem e como tratá-las

Para prevenir as palpitações, é muito importante interromper o consumo de todos os elementos que podem levar ao seu aparecimento. Dois muito significativos são o cigarro e o álcool, que tendem a acelerar as pulsações.
As palpitações: por que surgem e como tratá-las
Mario Benedetti Arzuza

Revisado e aprovado por o médico Mario Benedetti Arzuza.

Escrito por Yamila Papa Pintor

Última atualização: 11 outubro, 2022

As palpitações do coração são muito comuns. E embora geralmente não recebam muita atenção, para algumas pessoas é uma sensação realmente desagradável que causa preocupação.

No entanto, senti-las não significa necessariamente que você tenha um problema sério de saúde. Na verdade, a sensação de batimentos acelerados geralmente não se deve a uma doença cardíaca. No entanto, temos que ficar atentos. Neste artigo, vamos contar mais sobre isso.

Lembre-se de que se sentir palpitações com muita frequência e outros desconfortos, você deve consultar seu médico para uma avaliação geral. Dessa forma, será possível determinar o que está acontecendo e como tratar o problema adequadamente.

O que devemos saber sobre as palpitações?

Como já comentamos anteriormente, o fato de sentir palpitações nem sempre é ruim, e isso é confirmado pelos doutores Thompson e Shea. Algumas pessoas as consideram desagradáveis ​​e preocupantes, mas raramente indicam um distúrbio cardíaco potencialmente mortal. Muitas pessoas sem doenças cardíacas também apresentam palpitações em momentos pontuais.

Por outro lado, os doutores comentam que, às vezes, as pessoas podem sentir o batimento cardíaco mais forte ou mais rápido do que o normal, e isso pode ser causado por vários motivos, incluindo:

  • Anemia.
  • Febre.
  • Exercícios.
  • Arritmias.
  • Desidratação.
  • Hipotensão arterial.

Também podem ser causadas por questões como:

  • Consumo excessivo de café.
  • Consumo de drogas e álcool.
  • Ansiedade, estresse, medo, entre outros estados emocionais intensos.

É preciso entender que, em princípio, as palpitações são uma consequência da liberação de adrenalina. Por essa razão, é normal que apareçam quando estamos diante de uma situação de medo ou muita emoção.

Também é comum outras causas como um ataque de pânico ou a presença de um perigo iminente. Em algumas pessoas com hipertiroidismo, as palpitações são recorrentes.

As palpitações são perigosas?

As palpitações não são um sinal de risco para a saúde quando acontecem vez ou outra, ou em situações muito específicas, como após fazer exercício. Contudo, quando ocorrer com regularidade e passam a incomodar cada vez mais, é hora de procurar um médico para realizar uma avaliação geral.

É importante determinar a periodicidade dos episódios e avaliar se a frequência está aumentando, ou analisar em quais situações ocorrem de forma regular e não como uma exceção, etc.

Alguns dos desconfortos que podem acompanhar as palpitações são: tonturas, náuseas, cansaço, suor frio, fraqueza, dificuldade para respirar, sensação de falta de ar, sensação de que o coração está batendo muito forte, dor no peito e, em casos mais agudos, desmaio.

Se você sente como se seu coração quisesse “sair do peito ou subir pela garganta” e constata muita dor no tórax, solicite uma consulta com seu médico para descobrir o que pode estar acontecendo e eliminar qualquer dúvida.

Como evitar as palpitações?

Os bons hábitos ou a maneira como enfrentamos os problemas e as variadas situações da vida podem minimizar as palpitações. Alguns dos conselhos para reduzi-las ou preveni-las são:

  • Não fumar.
  • Comer de forma saudável.
  • Deixar de consumir álcool.
  • Moderar o consumo de café.
  • Realizar exercícios de baixa intensidade diariamente.
  • Diminuir os níveis de estresse ou ansiedade por meio de técnicas de relaxamento como a ioga ou a respiração profunda.

Também é conveniente:

  • Analisar os medicamentos que você está consumindo.
  • Avaliar antecedentes familiares de doenças cardíacas, hipertensão arterial ou derrames.

O que fazer diante de um episódio de palpitações causado por estresse?

No mesmo instante em que seu ritmo cardíaco começar a ficar irregular, sente-se e apoie os pés no chão. O passo seguinte será respirar lenta e profundamente para que o abdômen se expanda cada vez que o ar entrar nos pulmões. Dessa forma os batimentos vão voltando ao normal pouco a pouco.

Certamente, também é recomendável manter a calma e não entrar em pânico. Outras técnicas úteis podem ser as seguintes:

Manobra de Valsalva

Consiste em cobrir o nariz, fechar a boca e exalar, mesmo na impossibilidade de soltar o ar por nenhum dos dois lugares. Isso aumentará a pressão no tórax e permitirá que o ritmo cardíaco se restabeleça. Essa prática é corroborada por um artigo publicado na revista SEMERGEN.

Tossir

Acredita-se que esse procedimento também sirva para aumentar a pressão no peito. Às vezes, é usado em pessoas com sintomas de pré-infarto, e há quem afirme ser muito bom para diminuir as palpitações. No entanto, esse tipo de manobra não é corroborada pelos médicos.

Tomar água gelada

Quem acredita na efetividade dessa técnica afirma que, quando o esôfago recebe água fria, ele exerce maior pressão sobre o coração. Também há pessoas que molham o rosto com água gelada. Contudo, não foram encontradas evidências científicas de que essas ações tenham eficácia ou sejam inócuas em relação às palpitações.

Não esqueça…

Antes de concluir, é importante destacar que as palpitações frequentes devem ser sempre analisadas por um médico, para que ele possa determinar as causas que as desencadeiam e qual seria o tratamento mais adequado.


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