Logo image
Logo image

O que é a impingem e como se trata?

5 minutos
Ainda que seja muito contagiosa e incômoda, a impingem não é um problema grave e seus sintomas podem ser aliviados com remédios naturais. Alguns inclusive podem ajudar a impedir que o fungo se espalhe.
O que é a impingem e como se trata?
José Gerardo Rosciano Paganelli

Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli

Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 12 abril, 2023

Trata-se de uma infecção causada por um fungo que provoca pequenas erupções circulares sobre a pele.

Podem aparecer em diversas regiões do corpo e é muito contagiosa (ainda que não seja um problema grave).

Neste artigo, falaremos mais sobre a impingem e como tratá-la.

Impingem: causas e sintomas

Some figure

O fungo que causa este problema na pele se chama tinea corporis. Não é o único tipo que nos afeta, já que também podemos sofrer com o pé-de-atleta (frieira) pelo tinea pedis, ou com a tinea cruris, ou micose da virilha, causada pelo fungo tinea crural.

Os sintomas da impingem começam entre os 4 e 10 dias posteriores ao contato com o fungo.

  • O primeiro sinal é uma erupção em forma circular com bordas ligeiramente elevadas.
  • Na pele do centro do círculo, podemos ver certas erupções mas, em geral, está saudável.
  • O problema é que a coceira pode ser insuportável e coçar-se pode espalhar o fungo por outras partes do corpo.

Esses “anéis” podem se multiplicar por outras partes da pele ou também se fundir entre si. Nos casos mais graves, formam-se bolhas e feridas cheias de pus.

A impingem pode ser transmitida de várias maneiras diferentes, tanto diretas quanto indiretas. Por exemplo, ao ter contato direto com a pele de uma pessoa infectada ou com um animal de estimação (cães, gatos, cavalos e coelhos podem ter essa doença).

As crianças são mais vulneráveis a esse problema do que os adultos. Além disso, existem fatores de risco que aumentam o aparecimento e desenvolvimento da impingem:

  • Sofrer com suor excessivo
  • Viver em regiões quentes ou úmidas
  • Usar roupas justas
  • Praticar esportes de contato
  • Compartilhar roupas ou toalhas
  • Estar com um sistema imunológico fraco

Além disso, para prevenir o aparecimento da impingem, devemos evitar o contato com pessoas infectadas, e não compartilhar roupas que entrem em contato direto com a pele.

Também é importante levar nosso animal de estimação ao veterinário e enxugá-los bem depois do banho.

Remédios caseiros para impingem

Se você não quiser usar medicamentos prescritos por médicos, ou se quiser complementar um tratamento com cremes ou loções antifúngicas compradas na farmácia, recomendamos os seguintes remédios naturais para a impingem:

1. Alho

Some figure

Tem propriedades antimicóticas mais que interessantes. Por isso, pode ajudar você no tratamento da impingem. Talvez, vai arder um pouco no primeiro contato. Deixe-o sobre a pele afetada o máximo que puder, para aproveitar seus benefícios.

Ingredientes

  • 1 dente de alho

Modo de preparo

  • Descasque o dente de alho e corte-o em rodelas.
  • Coloque-o sobre a lesão e cubra com uma gaze.
  • Deixe agir durante toda a noite e retire pela manhã.
  • Repita, pelo menos, durante uma semana (ou até que a lesão desapareça).

2. Óleos essenciais

Alguns óleos têm propriedades antimicóticas potentes, como é o caso da lavanda ou da melaleuca. Aplicá-los várias vezes ao dia evita a propagação do fungo.

Ingredientes

  • 2 colheres de água (20 ml)
  • 2 colheres de óleo essencial (30 g)

Modo de preparo

  • Em um recipiente, misture o óleo essencial que tiver escolhido (lavanda ou de melaleuca).
  • Aplique sobre a região afetada e cubra com uma gaze.
  • Deixe agir por várias horas antes de retirar o curativo.
  • Repita 3 vezes ao dia, durante um mês seguido.

3. Vinagre de maçã

Some figure

Tem muitas propriedades, dentre as quais se destacam as antibióticas e antimicóticas. No início, é normal arder um pouco. Use o vinagre frio para acalmar os sintomas.

Ingredientes

  • 1 colher de vinagre de maçã (10 ml)

Modo de preparo:

  • Umedeça uma gaze, pano ou algodão com vinagre de maçã.
  • Aplique sobre a lesão, pressionando levemente.
  • Deixe secar ao ar livre.
  • Repita entre 3 e 5 vezes por dia.

4. Sal e vinagre

Ainda que seja bastante incômoda a sensação quando o remédio entra em contato com a pele, a verdade é que é muito eficaz.

Ingredientes

  • 1 colher de sal (10 g)
  • 1 colher de vinagre (10 ml)

Modo de preparo:

  • Em um recipiente, coloque o sal e vá adicionando o vinagre aos poucos.
  • Quando obter uma pasta, aplique diretamente sobre as lesões.
  • Espalhe com cuidado e deixe agir por 5 minutos.
  • Enxágue com água morna e seque com uma toalha limpa, com pequenas batidinhas.
  • Repita esse tratamento 2 vezes ao dia durante, ao menos, uma semana.

5. Sais de alumínio

Some figure

Têm efeitos antitranspirantes, portanto, bloqueiam a produção de suor e evitam a proliferação do fungo.

Ingredientes

  • 1 colher de sais de alumínio (10 g)
  • 1 copo de água (200 ml)

Modo de preparo:

  • Em um recipiente, coloque os sais e, pouco a pouco, adicione a água, misturando bem.
  • Quando formar uma pasta, aplique sobre a lesão e deixe agir por 6 horas (melhor se deixar agir durante uma noite inteira).
  • Passado esse tempo, enxágue com água morna e seque bem, sem esfregar.
  • Repita todos os dias, durante uma semana.

Além de usar remédios caseiros para a impingem, leve em conta as seguintes dicas:

Visite este artigo: Como evitar o suor excessivo?

Tenha bons hábitos de higiene

Isso serve para prevenir e para tratar a impingem.

Lavar as mãos ao chegar em casa, antes de comer ou depois de usar o banheiro, tomar banho todos os dias (sobretudo, depois de praticar exercícios) e usar sabonetes neutros, são medidas mais do que eficazes.

Enxugue bem a pele antes de se vestir

Some figure

Após a ducha, é importante que a pele esteja bem seca. Lembre-se de que os ambientes úmidos são os preferidos pelos fungos.

Enxugue-se com uma toalha e demore-se mais nas áreas onde há pregas, como as axilas, por exemplo. Use talco ou amido de milho para manter a pele seca.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Behmanesh, F., Pasha, H., Sefidgar, A. A., Taghizadeh, M., Moghadamnia, A. A., Adib Rad, H., & Shirkhani, L. (2015). Antifungal effect of lavender essential oil (Lavandula angustifolia) and clotrimazole on Candida albicans: an in vitro study. Scientifica2015, 1-5. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4621348/
  • Mayo Clinic. (2022). Tiña (corporal). Disponible en: https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/ringworm-body/symptoms-causes/syc-20353780
  • Monzón, A., Cuenca, M. & Rodríguez-Tudela, J. L. (2003). Estudio epidemiológico sobre las dermatofitosis en España (abril-junio 2001). Enfermedades infecciosas y microbiologia clinica21(9), 477-483. Disponible en: https://www.elsevier.es/es-revista-enfermedades-infecciosas-microbiologia-clinica-28-articulo-estudio-epidemiologico-sobre-dermatofitosis-espana-13052330
  • Ousaaid, D., Laaroussi, H., Bakour, M., Ennaji, H., Lyoussi, B., & El Arabi, I. (2021). Antifungal and antibacterial activities of apple vinegar of different cultivars. International Journal of Microbiology2021, 1-6. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8369171/
  • Pinto, T., Neves, A., Leão, M. & Jorge, A. (2008). Vinegar as an antimicrobial agent for control of Candida spp. in complete denture wearers. Journal of Applied Oral Science16, 385-390. Disponible en: https://www.scielo.br/j/jaos/a/7qDkZ7LpJj46ZRh9jW3CFDk/?lang=en
  • Rebollo, N., López-Barcenas, A. P. & Arenas, R. (2008). Tiña de la cabeza. Actas Dermo-Sifiliográficas99(2), 91-100. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0001731008746301
  • Yoshida, S., Kasuga, S., Hayashİ, N. O. R. I. H. I. R. O., Ushiroguchi, T., Matsuura, H., & Nakagawa, S. (1987). Antifungal activity of ajoene derived from garlic. Applied and Environmental Microbiology53(3), 615-617. Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC203719/pdf/aem00120-0155.pdf

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.