Mulher de 29 anos se passa por estudante do ensino médio: “Estava sozinha e queria amigos” diz seu advogado

O advogado de defesa de Hyejeong Shin explicou que ela se sentia muito sozinha e quis voltar para "um lugar seguro e acolhedor do qual se lembrava com carinho".

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 abril, 2023

Hyejeong Shin, uma mulher sul-coreana de 29 anos foi presa nos Estados Unidos após ser flagrada usando documentos falsos do governo para se matricular em uma escola de ensino médio.

Hyejeong Shin supostamente falsificou uma certidão de nascimento para se matricular na escola de ensino médio New Brunswick High School, no estado americano de Nova Jersey, e se passar por uma adolescente de 16 anos. De acordo com seu advogado, que se pronunciou à rede de TV ABC 7, Shin desejava retornar a “um ambiente que ela olha para trás com carinho”.

Segundo informações da Unilad, a jovem imigrou para a América do Norte quando tinha 16 anos. Durante esse tempo, ela frequentou um internato particular e depois se formou na Rutgers University em 2019.

Após se formar, a jovem passou a ter problemas para fazer novas amizades. Isso a levou a uma profunda depressão que se agravou com o tempo.

Desesperada, Shin decidiu falsificar seus papéis e se matricular em uma escola de ensino médio em Nova Jersey para fazer novos amigos.

Dona de um diploma de curso superior na Rutgers University, Hyejeong chegou a frequentar as aulas por quatro dias antes que os administradores da escola descobrissem que ela era uma mulher com quase 30 anos e não uma adolescente.

Os primeiros a se preocupar com a situação foram os pais dos demais alunos da escola. Todos os jovens que estabeleceram comunicação com Shin foram proibidos de trocar mensagens novamente com ela, bem como de se aproximar dela.

“Eu estava na aula com essa mulher e conversei com ela, andei com ela e nunca esperei que isso acontecesse. Não saber que ela era uma mulher de 29 anos me fez questionar se estou segura neste prédio”, afirmou uma estudante ao jornal local.

A farsa passou a ser investigada após a mulher não ser capaz de esclarecer quem eram seus pais ou responsáveis legais.

O advogado dela disse que ela ansiava por um ambiente semelhante aos seus dias de internato cercado por amigos e esperava recriá-lo na New Brunswick High School, informou a ABC. “Em nenhum momento alguém ou algum aluno esteve em perigo, e todo esse caso é mais sobre minha cliente querer retornar a um lugar seguro e acolhedor e um ambiente que ela olha para trás com carinho e nada mais”, disse ele. 

A polícia chamou a atenção da escola porque Shin havia se matriculado sozinha, sem a companhia de um procurador. O caso de Shin segue sob investigação, e ela retornará ao tribunal em maio deste ano para seu julgamento.

O incidente, compreensivelmente, levantou preocupações entre pais e alunos locais. Aubrey Johnson, superintendente do Distrito Escolar Público de New Brunswick, confirmou que o distrito revisaria seu processo de inscrição para detectar melhor documentações falsas no futuro.


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