Maquiagem, cueca, lâmina de barbear: quando devemos trocar itens pessoais?

Reunimos dicas simples e práticas para te ajudar a identificar quando trocar itens pessoais.
Maquiagem, cueca, lâmina de barbear: quando devemos trocar itens pessoais?

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 08 dezembro, 2022

Muitos dos itens pessoais usados no cotidiano não possuem prazo de validade nos rótulos ou etiquetas. Confira a lista abaixo para você saber identificar o momento certo de trocá-los.

Muitas pessoas, para se certificar de que algo venceu ou não está bom, costumam se guiar mais pela aparência, sabor e cheiro dos produtos, como fazem com o que vão comer. Mas essa percepção indicativa é um pouco mais difícil quando se trata de produtos pessoais.

Absorvente

Quando inda estão no pacote, duram por volta de cinco anos, isso com lacre intacto e se armazenados de forma correta. Ou seja, não no banheiro, que é um local mal ventilado, úmido e propenso a bolor.

Maquiagem, cueca, lâmina de barbear: quando devemos trocar itens pessoais?

Já quanto à troca no dia a dia, depende do fluxo menstrual, mas geralmente é recomendada a cada quatro a seis horas para evitar que o acúmulo de sangue favoreça infecções bacterianas.

Fralda descartável

O prazo de validade é dois a três anos. Usá-las fora dessa data aumenta os riscos de absorção diminuída, vazamentos, descoloração, perda do processo adesivo e alterações de fragrância.

Como o contato prolongado da pele do bebê com xixi e cocô pode causar assaduras, micoses e infecções, o indicado é trocar a fralda sempre que estiver suja.

Peças íntimas

A durabilidade de cuecas e calcinhas vai depender de sua manutenção, lavagem, frequência de uso e cuidados.

Contudo, após um ano de uso em média vale o bom senso de comprar peças novas, sobretudo se as antigas estiverem sem elástico, com furos, rasgos, manchas e desbotamentos.

Quanto à troca diária (sim, diária, pois não faz sentido tomar banho e colocar de volta as mesmas peças), é recomendável que aconteça após terem sido usadas por uma noite ou um dia inteiros, principalmente no verão, depois de se fazer exercícios físicos ou ter relações sexuais.

Não fazer isso contribui para a proliferação de fungos e bactérias, que adoram locais escuros, abafados e úmidos (de suor, urina, fezes, fluidos), e podem acarretar uma série de prejuízos à saúde íntima. Entre os quais: assaduras, coceiras, infecções, inflamações, corrimentos e lesões.

Escova de dente

Muitos dentistas recomendam que a escova de dente seja substituída a cada três meses de uso e a Associação Dental dos Estados Unidos recomenta que isso ocorra a cada três ou quatro meses aproximadamente. Alguns sinais também são perceptíveis e podem servir de alerta quando for necessário substituir sua escova, como cerdas desfiadas, desgaste e clareamento das cerdas.

Lâmina de barbear

Lâminas descartáveis são para uso limitado ou único. Em geral, duram de 3 a 10 depilações, mas o melhor indicador do tempo para trocar uma lâmina descartável é quando as lâminas ficam cegas.

Segundo alguns fabricantes, para assegurar que a tira de hidratação presente nas lâminas dure mais, assegurando um barbear ou depilação lisinhos, sem causar lesões de pele e alergias, é indicado que seu armazenamento seja longe de superfícies úmidas.

Maquiagem

A maioria dos produtos tem uma vida útil de 2 a 3 anos. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), 48 meses para batons, 36 meses para sombras compactas, 18 meses para bases oleosas, de seis a 12 meses para gloss labial e delineadores. Se usados fora do prazo, entretanto, podem causar alergias, vermelhidão, descamações e doenças como conjuntivite.

Alicate de unha

Mesmo com esterilização e estocagem em estojo próprio, esse item deve ser substituído de tempos em tempos para evitar acidentes e possíveis infecções. Para quem usa a todo momento, a reposição deve ocorrer por volta do quinto ao oitavo mês, mas vale trocá-lo se estiver enferrujado, muito frágil, ou com outros problemas visíveis.

Meia

Devem ser jogadas fora quando estiverem com furos, puídas ou elástico frouxo. Calcular um prazo é difícil, pois, assim como as peças íntimas, vai depender das frequências de uso e lavagem e dos cuidados.

Se forem meias de compressão, seu efeito é garantido por cerca de 4  a 6 meses de uso diário. No geral, nunca se deve usar a mesma meia por mais de um dia sem lavá-la.

Maquiagem, cueca, lâmina de barbear: quando devemos trocar itens pessoais?

De fato, usar meias repetidamente com sapatos fechados contribui para o aparecimento de coceira e micose, provocada por fungos que se desenvolvem principalmente em lugares quentes e úmidos.

Lente de contato

Coceira, vermelhidão, inflamação da córnea (ceratite), infecções e, em casos extremos, até perda do globo ocular são consequências de se usar lentes de contato vencidas.

Assim, ao começar a usá-las, é de extrema importância contar corretamente o tempo de validade (diário, mensal, anual), assim como seguir certos cuidados, como retirá-las após 8 a 12 horas de uso contínuo.

Quanto às soluções de imersão, servem para a limpeza das lentes e com elas em uso, devem ser trocadas toda vez que voltarem para o estojo.

Esse cuidado evita contaminações por bactérias e infecções. As caixinhas, por sua vez, devem ser substituídas a cada três meses.

Boné

Esse acessório não deve ser compartilhado nem ser usado o tempo todo, ainda mais em ambientes fechados e apertado na cabeça, pois pode contribuir para a queda de cabelo.

Use boné ou chapéu apenas para cobrir a cabeça quando exposta ao sol forte. Mas se esse acessório ficar molhado de suor e não for higienizado, fungos e bactérias se multiplicam e podem causar infecções e até mesmo micoses, que levam à perda dos cabelos.

Com informações de VivaBem.

Fontes: Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra dos Hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein (SP); Anna Cecília Andriolo, dermatologista membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia); David Barros, dentista pela EBMSP (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública) e da Clínica ITA, em Salvador (BA); Leonardo Marculino, oftalmologista do Hospital Cema, em São Paulo; e Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra, neonatologista e membro da AAP (Academia Americana de Pediatria).


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.