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O que é a herpetofobia e como podemos superá-la?

4 minutos
O medo de répteis e de alguns anfíbios é, até certo ponto, adaptativo. No entanto, quando esse medo é exagerado, as consequências podem ser graves.
O que é a herpetofobia e como podemos superá-la?
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 04 agosto, 2023

Aracnídeos, répteis e anfíbios costumam ser os animais que mais incomodam as pessoas, principalmente pela ameaça que representam. No entanto, em alguns casos, esse medo pode ser irracional e exagerado, constituindo uma fobia. A herpetofobia é o medo desproporcional de répteis e de alguns anfíbios.

Nesse grupo de animais, os mais odiados são cobras, lagartos, sapos e rãs. Neste artigo, vamos nos concentrar nesse distúrbio e explicar como ele pode ser superado.

Quão comum é a fobia de répteis?

Fobias específicas são um transtorno de ansiedade relativamente comum. Muitas pessoas provavelmente experimentarão uma em algum estágio de suas vidas. Elas podem se desenvolver em relação a praticamente qualquer objeto.

Entre os transtornos fóbicos ligados a animais, a aracnofobia (medo de aranhas) e a herpetofobia são as mais comuns. Em termos adaptativos, é bastante lógico temer certos animais que representam algum perigo.

Leia também: Hodofobia ou medo de viajar: por que ocorre e como superá-lo?

Qual é a causa da herpetofobia?

As causas da herpetofobia são diversas. Entre elas, destacam-se as seguintes:

Uma experiência traumática

Uma experiência ruim com um réptil ou anfíbio pode fazer com que as pessoas associem o animal a sentimentos de medo ou dor. Por exemplo, alguém que foi mordido por uma cobra pode desenvolver um medo intenso deste animal.

A experiência traumática pode ter sido um simples encontro com um lagarto ou uma cobra, sem que o assunto representasse perigo para a integridade da pessoa. Ainda assim, a situação ficou gravada na memória como ameaçadora.

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Se alguém já foi atacado por um animal, existe a possibilidade de desenvolver um medo dele no futuro.

Aprendizado

Podemos aprender a temer coisas específicas desde cedo. Por exemplo, se um de nossos pais tem muito medo de lagartos, também podemos aprender a temê-los.

Por sua vez, o background cultural também influencia a percepção de répteis e anfíbios de uma pessoa. As cobras, por exemplo, estão frequentemente presentes na mitologia, folclore e textos religiosos em todo o mundo.

Um estudo investigou atitudes em relação à conservação de répteis e anfíbios em Portugal. Ele descobriu que impressões negativas ou folclore envolvendo esses animais previam perseguições e atitudes anti-conservação.

Herança genética

A genética também pode contribuir para o desenvolvimento de fobias específicas. Os filhos de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade têm uma maior probabilidade de desenvolvê-las.

Por sua vez, o medo dos répteis também é produto da herança de nossos ancestrais. Aqueles que reagiram com medo a esses animais tiveram uma vantagem adaptativa para evitar qualquer dano fugindo.

Como a herpetofobia se expressa?

O principal sintoma da herpetofobia é o medo intenso ou ansiedade avassaladora em relação ao objeto temido. Nesse caso, estamos falando de répteis ou anfíbios.

Esses sentimentos costumam ser desproporcionais à ameaça real. Além disso, a pessoa geralmente experimenta o seguinte:

  • Taquicardia.
  • Sudorese
  • Tremores
  • Dificuldade para respirar
  • Aperto no peito
  • Náusea

Alguém com herpetofobia pode manifestar esses sintomas nas seguintes situações:

  • Ao pensar em um réptil ou anfíbio.
  • Ao falar ou ouvir outras pessoas falarem sobre répteis ou anfíbios.
  • Ver uma foto ou vídeo mostrando estes temidos animais.

Alguém com herpetofobia fará todo o possível para evitar o contato com répteis e anfíbios. Isso pode potencialmente levar a uma interrupção significativa em sua vida e atividades diárias.

Não deixe de ler: Quais são os sintomas da agorafobia?

Quando procurar ajuda profissional?

Um bom indicador de quando procurar ajuda diante do medo de répteis e anfíbios é quando ele começa a perturbar significativamente a vida. O perigo aqui não é quão venenosa uma cobra pode ser ou os ferimentos fatais causados por um crocodilo, mas os próprios sintomas de ansiedade.

Pode parecer que esse medo não é tão importante porque não encontramos répteis ou anfíbios todos os dias. No entanto, se até uma bolsa ou sapatos que imitam a pele de crocodilo causam ansiedade, o condicionamento é evidente. Portanto, é hora de buscar tratamento.

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Quando o medo é tão intenso que paralisa as atividades diárias, é preciso buscar ajuda profissional.

Tratamentos disponíveis

O tratamento mais eficaz para fobias específicas é a terapia psicológica. Felizmente, a herpetofobia é um dos distúrbios fóbicos mais bem tratados e nos quais geralmente há menos recaídas.

Entre os tratamentos psicológicos mais eficazes estão os seguintes:

  • Terapia de exposição: consiste na exposição lenta e progressiva aos temidos répteis e anfíbios. Por exemplo, o paciente começa pensando em répteis na primeira sessão, com o objetivo de segurar um réptil nas mãos nas sessões posteriores. Várias técnicas de relaxamento também são ensinadas para lidar com a ansiedade.
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): frequentemente usada em conjunto com a terapia de exposição, o objetivo da TCC é ajudar a identificar e remodelar padrões de pensamento e emoções negativas que contribuem para o medo.

Superando a herpetofobia

Se você sofre de herpetofobia, os seguintes hábitos podem ajudá-lo a superá-la. No entanto, não se esqueça de que o tratamento psicológico deve ser a principal alternativa:

  • Experimente diferentes maneiras de reduzir o estresse, como ioga e meditação.
  • Evite estimulantes como a cafeína, pois eles podem alimentar sentimentos de ansiedade.
  • Mantenha um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada, prática regular de exercícios e uma boa noite de sono.

Sinta-se à vontade para falar com outras pessoas sobre como você se sente. Participar de um grupo de apoio pode ajudá-lo a se conectar com pessoas que também estão enfrentando uma fobia específica.

Aracnídeos, répteis e anfíbios costumam ser os animais que mais incomodam as pessoas, principalmente pela ameaça que representam. No entanto, em alguns casos, esse medo pode ser irracional e exagerado, constituindo uma fobia. A herpetofobia é o medo desproporcional de répteis e de alguns anfíbios.

Nesse grupo de animais, os mais odiados são cobras, lagartos, sapos e rãs. Neste artigo, vamos nos concentrar nesse distúrbio e explicar como ele pode ser superado.

Quão comum é a fobia de répteis?

Fobias específicas são um transtorno de ansiedade relativamente comum. Muitas pessoas provavelmente experimentarão uma em algum estágio de suas vidas. Elas podem se desenvolver em relação a praticamente qualquer objeto.

Entre os transtornos fóbicos ligados a animais, a aracnofobia (medo de aranhas) e a herpetofobia são as mais comuns. Em termos adaptativos, é bastante lógico temer certos animais que representam algum perigo.

Leia também: Hodofobia ou medo de viajar: por que ocorre e como superá-lo?

Qual é a causa da herpetofobia?

As causas da herpetofobia são diversas. Entre elas, destacam-se as seguintes:

Uma experiência traumática

Uma experiência ruim com um réptil ou anfíbio pode fazer com que as pessoas associem o animal a sentimentos de medo ou dor. Por exemplo, alguém que foi mordido por uma cobra pode desenvolver um medo intenso deste animal.

A experiência traumática pode ter sido um simples encontro com um lagarto ou uma cobra, sem que o assunto representasse perigo para a integridade da pessoa. Ainda assim, a situação ficou gravada na memória como ameaçadora.

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Se alguém já foi atacado por um animal, existe a possibilidade de desenvolver um medo dele no futuro.

Aprendizado

Podemos aprender a temer coisas específicas desde cedo. Por exemplo, se um de nossos pais tem muito medo de lagartos, também podemos aprender a temê-los.

Por sua vez, o background cultural também influencia a percepção de répteis e anfíbios de uma pessoa. As cobras, por exemplo, estão frequentemente presentes na mitologia, folclore e textos religiosos em todo o mundo.

Um estudo investigou atitudes em relação à conservação de répteis e anfíbios em Portugal. Ele descobriu que impressões negativas ou folclore envolvendo esses animais previam perseguições e atitudes anti-conservação.

Herança genética

A genética também pode contribuir para o desenvolvimento de fobias específicas. Os filhos de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade têm uma maior probabilidade de desenvolvê-las.

Por sua vez, o medo dos répteis também é produto da herança de nossos ancestrais. Aqueles que reagiram com medo a esses animais tiveram uma vantagem adaptativa para evitar qualquer dano fugindo.

Como a herpetofobia se expressa?

O principal sintoma da herpetofobia é o medo intenso ou ansiedade avassaladora em relação ao objeto temido. Nesse caso, estamos falando de répteis ou anfíbios.

Esses sentimentos costumam ser desproporcionais à ameaça real. Além disso, a pessoa geralmente experimenta o seguinte:

  • Taquicardia.
  • Sudorese
  • Tremores
  • Dificuldade para respirar
  • Aperto no peito
  • Náusea

Alguém com herpetofobia pode manifestar esses sintomas nas seguintes situações:

  • Ao pensar em um réptil ou anfíbio.
  • Ao falar ou ouvir outras pessoas falarem sobre répteis ou anfíbios.
  • Ver uma foto ou vídeo mostrando estes temidos animais.

Alguém com herpetofobia fará todo o possível para evitar o contato com répteis e anfíbios. Isso pode potencialmente levar a uma interrupção significativa em sua vida e atividades diárias.

Não deixe de ler: Quais são os sintomas da agorafobia?

Quando procurar ajuda profissional?

Um bom indicador de quando procurar ajuda diante do medo de répteis e anfíbios é quando ele começa a perturbar significativamente a vida. O perigo aqui não é quão venenosa uma cobra pode ser ou os ferimentos fatais causados por um crocodilo, mas os próprios sintomas de ansiedade.

Pode parecer que esse medo não é tão importante porque não encontramos répteis ou anfíbios todos os dias. No entanto, se até uma bolsa ou sapatos que imitam a pele de crocodilo causam ansiedade, o condicionamento é evidente. Portanto, é hora de buscar tratamento.

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Quando o medo é tão intenso que paralisa as atividades diárias, é preciso buscar ajuda profissional.

Tratamentos disponíveis

O tratamento mais eficaz para fobias específicas é a terapia psicológica. Felizmente, a herpetofobia é um dos distúrbios fóbicos mais bem tratados e nos quais geralmente há menos recaídas.

Entre os tratamentos psicológicos mais eficazes estão os seguintes:

  • Terapia de exposição: consiste na exposição lenta e progressiva aos temidos répteis e anfíbios. Por exemplo, o paciente começa pensando em répteis na primeira sessão, com o objetivo de segurar um réptil nas mãos nas sessões posteriores. Várias técnicas de relaxamento também são ensinadas para lidar com a ansiedade.
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): frequentemente usada em conjunto com a terapia de exposição, o objetivo da TCC é ajudar a identificar e remodelar padrões de pensamento e emoções negativas que contribuem para o medo.

Superando a herpetofobia

Se você sofre de herpetofobia, os seguintes hábitos podem ajudá-lo a superá-la. No entanto, não se esqueça de que o tratamento psicológico deve ser a principal alternativa:

  • Experimente diferentes maneiras de reduzir o estresse, como ioga e meditação.
  • Evite estimulantes como a cafeína, pois eles podem alimentar sentimentos de ansiedade.
  • Mantenha um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada, prática regular de exercícios e uma boa noite de sono.

Sinta-se à vontade para falar com outras pessoas sobre como você se sente. Participar de um grupo de apoio pode ajudá-lo a se conectar com pessoas que também estão enfrentando uma fobia específica.


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  • Capafons Juan . Tratamientos psicológicos eficaces para las fobias específicas. Psicothema [Internet]. 2001 [consultado 8 agosto 2021]; 13 (3): 447-452. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=72713310
  • Ceríaco L. Human attitudes towards herpetofauna: The influence of folklore and negative values on the conservation of amphibians and reptiles in Portugal. J Ethnobiol Ethnomed [Internet]. 2012 [consultado 8 agosto 2021]; 8(8). Disponible en: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3292471/

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