Sudorese excessiva ou hiperidrose: causas e sintomas
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A sudorese excessiva ou hiperidrose é a situação em que o corpo humano transpira de forma anormal. Entretanto, não há um fator determinante que a ocasione.
É natural esperar um suor mais intenso em dias extremamente quentes ou ao fazer atividade física. Entretanto, a sudorese excessiva não é desencadeada por essas situações; ela é constante.
O suor é basicamente água. Apenas 1% de seus componentes são sais. O corpo o produz nas glândulas sudoríparas para regular a temperatura corporal. É o sistema nervoso que controla, em situações normais, a maior ou menor quantidade de suor.
Embora toda a pele transpire, o distúrbio é mais evidente nas mãos, nos pés e nas axilas. Se a umidade ficar armazenada por muito tempo nessas regiões, elas podem se infectar, gerando odores devido à decomposição do suor por bactérias. Essa situação é chamada de bromidrose.
Estima-se que 2% da população mundial poderia ser diagnosticada com os critérios de hiperidrose. É comum que o transtorno seja familiar, incluindo pais e filhos, ou irmãos, com a mesma condição.
Causas da sudorese excessiva
Basicamente, a hiperidrose pode ser atribuída a a duas causas gerais: primária ou idiopática e secundária. A forma de apresentação mais comum responde à hiperidrose primária, ou seja, aquela que é gerada por si mesma.
O tipo primário é chamado de hiperidrose focal essencial. O problema está nos nervos que irrigam as glândulas sudoríparas. Nessas pessoas, esses nervos são hiperativos, estimulando a produção de suor o tempo todo. Embora o suor não esteja associado ao calor ou ao exercício, pode aumentar pelo estresse.
Por outro lado, as causas secundárias da sudorese excessiva são variadas. São doenças que têm a hiperidrose entre os seus sintomas. Entre elas, podemos destacar:
- Hipertireoidismo e hipotireoidismo: os hormônios tireoidianos, como reguladores metabólicos, podem afetar a produção de suor.
- Diabetes: em algumas pessoas, é a sudorese excessiva do tronco que levanta a suspeita sobre a possibilidade de sofrer de diabetes.
- Doença isquêmica coronariana: em episódios cardíacos agudos, a sudorese profusa pode ser causada pelo estímulo que a dor gera no sistema nervoso simpático.
- Quadros infecciosos sistêmicos: em parte devido à febre e em parte devido à aceleração do metabolismo durante uma infecção, geralmente a hiperidrose acompanha o momento agudo do processo infeccioso.
- Neuropatias: especificamente, doenças dos nervos periféricos e do sistema nervoso simpático são capazes de alterar a inervação das glândulas sudoríparas.
Continue lendo: Remédios caseiros para evitar a transpiração dos pés
Critérios de diagnóstico e sintomas
Não se pode diagnosticar qualquer suor que pareça excessivo como hiperidrose. A comunidade médica estabeleceu alguns critérios que, se cumpridos, permitem o diagnóstico da patologia.
A primeira condição inevitável é que você sofra mais de seis meses de sudorese excessiva sem uma explicação direta. Ou seja, o suor é gerado sem a presença de episódios de calor ou após exercícios intensos.
Além dessa característica, devemos adicionar pelo menos duas das seguintes circunstâncias:
- Obstáculo para as atividades diárias.
- Aparecimento de suor excessivo pelo menos uma vez por semana.
- Problema que surgiu antes dos 25 anos.
- Ter um familiar com diagnóstico de sudorese excessiva.
- Suor simetricamente distribuído: em ambas as axilas, por exemplo, ao mesmo tempo.
- Transpiração durante as horas de sono nas noites que não são quentes.
Descubra também: Transpiração noturna: 5 causas que deveríamos saber
Tratamentos para a sudorese excessiva
- Antitranspirantes: Esta é a primeira medida tomada entre pessoas com hiperidrose. Em geral, costuma ser um tratamento estabelecido pelo próprio paciente antes de consultar o médico. O componente dos antitranspirantes que funciona melhor é o cloreto de alumínio. Entretanto, este tipo de desodorante pode causar efeitos adversos, como irritação dérmica, especialmente em pessoas com pele sensível.
- Medicamentos: existem medicamentos para reduzir a sudorese, mas eles nem sempre são indicados devido aos seus efeitos adversos.
- Iontoforese: a base desta técnica é a eletricidade. Por meio de uma corrente elétrica, é possível cancelar a função das glândulas sudoríparas. O tratamento requer uma série de sessões para ser eficaz e não apresenta efeitos adversos importantes. Controla-se o fluxo da corrente de maneira que não haja perigo de que atinja níveis perigosos para o corpo.
- Toxina botulínica: injeta-se a substância diretamente na área mais afetada pela hiperidrose para bloquear os nervos que estimulam a transpiração. Pode ser injetado nas axilas, nas mãos e nos pés.
- Cirurgia: o procedimento cirúrgico indicado é a simpatectomia torácica endoscópica. É um procedimento que se utiliza unicamente em casos de gravidade máxima em que a qualidade de vida é muito afetada ou as infecções dérmicas são muito frequentes devido à umidade. O procedimento consiste em cortar um nervo do sistema nervoso simpático para interromper a estimulação das glândulas sudoríparas.
É claro que, em qualquer caso, o médico será o responsável por fornecer as orientações e determinar o tratamento mais adequado para cada paciente. Felizmente, todo problema tem uma solução.
A sudorese excessiva ou hiperidrose é a situação em que o corpo humano transpira de forma anormal. Entretanto, não há um fator determinante que a ocasione.
É natural esperar um suor mais intenso em dias extremamente quentes ou ao fazer atividade física. Entretanto, a sudorese excessiva não é desencadeada por essas situações; ela é constante.
O suor é basicamente água. Apenas 1% de seus componentes são sais. O corpo o produz nas glândulas sudoríparas para regular a temperatura corporal. É o sistema nervoso que controla, em situações normais, a maior ou menor quantidade de suor.
Embora toda a pele transpire, o distúrbio é mais evidente nas mãos, nos pés e nas axilas. Se a umidade ficar armazenada por muito tempo nessas regiões, elas podem se infectar, gerando odores devido à decomposição do suor por bactérias. Essa situação é chamada de bromidrose.
Estima-se que 2% da população mundial poderia ser diagnosticada com os critérios de hiperidrose. É comum que o transtorno seja familiar, incluindo pais e filhos, ou irmãos, com a mesma condição.
Causas da sudorese excessiva
Basicamente, a hiperidrose pode ser atribuída a a duas causas gerais: primária ou idiopática e secundária. A forma de apresentação mais comum responde à hiperidrose primária, ou seja, aquela que é gerada por si mesma.
O tipo primário é chamado de hiperidrose focal essencial. O problema está nos nervos que irrigam as glândulas sudoríparas. Nessas pessoas, esses nervos são hiperativos, estimulando a produção de suor o tempo todo. Embora o suor não esteja associado ao calor ou ao exercício, pode aumentar pelo estresse.
Por outro lado, as causas secundárias da sudorese excessiva são variadas. São doenças que têm a hiperidrose entre os seus sintomas. Entre elas, podemos destacar:
- Hipertireoidismo e hipotireoidismo: os hormônios tireoidianos, como reguladores metabólicos, podem afetar a produção de suor.
- Diabetes: em algumas pessoas, é a sudorese excessiva do tronco que levanta a suspeita sobre a possibilidade de sofrer de diabetes.
- Doença isquêmica coronariana: em episódios cardíacos agudos, a sudorese profusa pode ser causada pelo estímulo que a dor gera no sistema nervoso simpático.
- Quadros infecciosos sistêmicos: em parte devido à febre e em parte devido à aceleração do metabolismo durante uma infecção, geralmente a hiperidrose acompanha o momento agudo do processo infeccioso.
- Neuropatias: especificamente, doenças dos nervos periféricos e do sistema nervoso simpático são capazes de alterar a inervação das glândulas sudoríparas.
Continue lendo: Remédios caseiros para evitar a transpiração dos pés
Critérios de diagnóstico e sintomas
Não se pode diagnosticar qualquer suor que pareça excessivo como hiperidrose. A comunidade médica estabeleceu alguns critérios que, se cumpridos, permitem o diagnóstico da patologia.
A primeira condição inevitável é que você sofra mais de seis meses de sudorese excessiva sem uma explicação direta. Ou seja, o suor é gerado sem a presença de episódios de calor ou após exercícios intensos.
Além dessa característica, devemos adicionar pelo menos duas das seguintes circunstâncias:
- Obstáculo para as atividades diárias.
- Aparecimento de suor excessivo pelo menos uma vez por semana.
- Problema que surgiu antes dos 25 anos.
- Ter um familiar com diagnóstico de sudorese excessiva.
- Suor simetricamente distribuído: em ambas as axilas, por exemplo, ao mesmo tempo.
- Transpiração durante as horas de sono nas noites que não são quentes.
Descubra também: Transpiração noturna: 5 causas que deveríamos saber
Tratamentos para a sudorese excessiva
- Antitranspirantes: Esta é a primeira medida tomada entre pessoas com hiperidrose. Em geral, costuma ser um tratamento estabelecido pelo próprio paciente antes de consultar o médico. O componente dos antitranspirantes que funciona melhor é o cloreto de alumínio. Entretanto, este tipo de desodorante pode causar efeitos adversos, como irritação dérmica, especialmente em pessoas com pele sensível.
- Medicamentos: existem medicamentos para reduzir a sudorese, mas eles nem sempre são indicados devido aos seus efeitos adversos.
- Iontoforese: a base desta técnica é a eletricidade. Por meio de uma corrente elétrica, é possível cancelar a função das glândulas sudoríparas. O tratamento requer uma série de sessões para ser eficaz e não apresenta efeitos adversos importantes. Controla-se o fluxo da corrente de maneira que não haja perigo de que atinja níveis perigosos para o corpo.
- Toxina botulínica: injeta-se a substância diretamente na área mais afetada pela hiperidrose para bloquear os nervos que estimulam a transpiração. Pode ser injetado nas axilas, nas mãos e nos pés.
- Cirurgia: o procedimento cirúrgico indicado é a simpatectomia torácica endoscópica. É um procedimento que se utiliza unicamente em casos de gravidade máxima em que a qualidade de vida é muito afetada ou as infecções dérmicas são muito frequentes devido à umidade. O procedimento consiste em cortar um nervo do sistema nervoso simpático para interromper a estimulação das glândulas sudoríparas.
É claro que, em qualquer caso, o médico será o responsável por fornecer as orientações e determinar o tratamento mais adequado para cada paciente. Felizmente, todo problema tem uma solução.
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- Pérez, Marco Antonio Callejas, et al. “Hiperhidrosis primaria.” Medicina Clínica 119.17 (2002): 659-665.
- Hernández Gutiérrez, José Manuel, Gustavo Salinas Sedo, and Josefina Nodal Ortega. “Hiperhidrosis esencial, recomendaciones para su tratamiento.” Revista Cubana de Cirugía 50.4 (2011): 597-601.
- Hoorens I, Ongenae K. Primary focal Hyperhidrosis: current treatment options and a step-by-step approach. J Eur Acad Dermatol Venerealol 2012; 26: 1-8.
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