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Sudorese excessiva ou hiperidrose: causas e sintomas

4 minutos
Hiperidrose é o nome que se dá a um excesso de transpiração que não está associado a uma situação que o origine. Neste artigo vamos contar como ela é desencadeada e quais são os seus possíveis tratamentos.
Sudorese excessiva ou hiperidrose: causas e sintomas
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A sudorese excessiva ou hiperidrose é a situação em que o corpo humano transpira de forma anormal. Entretanto, não há um fator determinante que a ocasione.

É natural esperar um suor mais intenso em dias extremamente quentes ou ao fazer atividade física. Entretanto, a sudorese excessiva não é desencadeada por essas situações; ela é constante.

O suor é basicamente água. Apenas 1% de seus componentes são sais. O corpo o produz nas glândulas sudoríparas para regular a temperatura corporal. É o sistema nervoso que controla, em situações normais, a maior ou menor quantidade de suor.

Embora toda a pele transpire, o distúrbio é mais evidente nas mãos, nos pés e nas axilas. Se a umidade ficar armazenada por muito tempo nessas regiões, elas podem se infectar, gerando odores devido à decomposição do suor por bactérias. Essa situação é chamada de bromidrose.

Estima-se que 2% da população mundial poderia ser diagnosticada com os critérios de hiperidrose. É comum que o transtorno seja familiar, incluindo pais e filhos, ou irmãos, com a mesma condição.

Causas da sudorese excessiva

Basicamente, a hiperidrose pode ser atribuída a a duas causas gerais: primária ou idiopática e secundária. A forma de apresentação mais comum responde à hiperidrose primária, ou seja, aquela que é gerada por si mesma.

O tipo primário é chamado de hiperidrose focal essencial. O problema está nos nervos que irrigam as glândulas sudoríparas. Nessas pessoas, esses nervos são hiperativos, estimulando a produção de suor o tempo todo. Embora o suor não esteja associado ao calor ou ao exercício, pode aumentar pelo estresse.

Por outro lado, as causas secundárias da sudorese excessiva são variadas. São doenças que têm a hiperidrose entre os seus sintomas. Entre elas, podemos destacar:

  • Hipertireoidismo e hipotireoidismo: os hormônios tireoidianos, como reguladores metabólicos, podem afetar a produção de suor.
  • Diabetes: em algumas pessoas, é a sudorese excessiva do tronco que levanta a suspeita sobre a possibilidade de sofrer de diabetes.
  • Doença isquêmica coronariana: em episódios cardíacos agudos, a sudorese profusa pode ser causada pelo estímulo que a dor gera no sistema nervoso simpático.
  • Quadros infecciosos sistêmicos: em parte devido à febre e em parte devido à aceleração do metabolismo durante uma infecção, geralmente a hiperidrose acompanha o momento agudo do processo infeccioso.
  • Neuropatias: especificamente, doenças dos nervos periféricos e do sistema nervoso simpático são capazes de alterar a inervação das glândulas sudoríparas.
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Continue lendo: Remédios caseiros para evitar a transpiração dos pés

Critérios de diagnóstico e sintomas

Não se pode diagnosticar qualquer suor que pareça excessivo como hiperidrose. A comunidade médica estabeleceu alguns critérios que, se cumpridos, permitem o diagnóstico da patologia.

A primeira condição inevitável é que você sofra mais de seis meses de sudorese excessiva sem uma explicação direta. Ou seja, o suor é gerado sem a presença de episódios de calor ou após exercícios intensos.

Além dessa característica, devemos adicionar pelo menos duas das seguintes circunstâncias:

  • Obstáculo para as atividades diárias.
  • Aparecimento de suor excessivo pelo menos uma vez por semana.
  • Problema que surgiu antes dos 25 anos.
  • Ter um familiar com diagnóstico de sudorese excessiva.
  • Suor simetricamente distribuído: em ambas as axilas, por exemplo, ao mesmo tempo.
  • Transpiração durante as horas de sono nas noites que não são quentes.
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As mãos são um dos locais mais afetados pela hiperidrose.

Descubra também: Transpiração noturna: 5 causas que deveríamos saber

Tratamentos para a sudorese excessiva

  • Antitranspirantes: Esta é a primeira medida tomada entre pessoas com hiperidrose. Em geral, costuma ser um tratamento estabelecido pelo próprio paciente antes de consultar o médico. O componente dos antitranspirantes que funciona melhor é o cloreto de alumínio. Entretanto, este tipo de desodorante pode causar efeitos adversos, como irritação dérmica, especialmente em pessoas com pele sensível.
  • Medicamentos: existem medicamentos para reduzir a sudorese, mas eles nem sempre são indicados devido aos seus efeitos adversos.
  • Iontoforese: a base desta técnica é a eletricidade. Por meio de uma corrente elétrica, é possível cancelar a função das glândulas sudoríparas. O tratamento requer uma série de sessões para ser eficaz e não apresenta efeitos adversos importantes. Controla-se o fluxo da corrente de maneira que não haja perigo de que atinja níveis perigosos para o corpo.
  • Toxina botulínica: injeta-se a substância diretamente na área mais afetada pela hiperidrose para bloquear os nervos que estimulam a transpiração. Pode ser injetado nas axilas, nas mãos e nos pés.
  • Cirurgia: o procedimento cirúrgico indicado é a simpatectomia torácica endoscópica. É um procedimento que se utiliza unicamente em casos de gravidade máxima em que a qualidade de vida é muito afetada ou as infecções dérmicas são muito frequentes devido à umidade. O procedimento consiste em cortar um nervo do sistema nervoso simpático para interromper a estimulação das glândulas sudoríparas.

É claro que, em qualquer caso, o médico será o responsável por fornecer as orientações e determinar o tratamento mais adequado para cada paciente. Felizmente, todo problema tem uma solução.

A sudorese excessiva ou hiperidrose é a situação em que o corpo humano transpira de forma anormal. Entretanto, não há um fator determinante que a ocasione.

É natural esperar um suor mais intenso em dias extremamente quentes ou ao fazer atividade física. Entretanto, a sudorese excessiva não é desencadeada por essas situações; ela é constante.

O suor é basicamente água. Apenas 1% de seus componentes são sais. O corpo o produz nas glândulas sudoríparas para regular a temperatura corporal. É o sistema nervoso que controla, em situações normais, a maior ou menor quantidade de suor.

Embora toda a pele transpire, o distúrbio é mais evidente nas mãos, nos pés e nas axilas. Se a umidade ficar armazenada por muito tempo nessas regiões, elas podem se infectar, gerando odores devido à decomposição do suor por bactérias. Essa situação é chamada de bromidrose.

Estima-se que 2% da população mundial poderia ser diagnosticada com os critérios de hiperidrose. É comum que o transtorno seja familiar, incluindo pais e filhos, ou irmãos, com a mesma condição.

Causas da sudorese excessiva

Basicamente, a hiperidrose pode ser atribuída a a duas causas gerais: primária ou idiopática e secundária. A forma de apresentação mais comum responde à hiperidrose primária, ou seja, aquela que é gerada por si mesma.

O tipo primário é chamado de hiperidrose focal essencial. O problema está nos nervos que irrigam as glândulas sudoríparas. Nessas pessoas, esses nervos são hiperativos, estimulando a produção de suor o tempo todo. Embora o suor não esteja associado ao calor ou ao exercício, pode aumentar pelo estresse.

Por outro lado, as causas secundárias da sudorese excessiva são variadas. São doenças que têm a hiperidrose entre os seus sintomas. Entre elas, podemos destacar:

  • Hipertireoidismo e hipotireoidismo: os hormônios tireoidianos, como reguladores metabólicos, podem afetar a produção de suor.
  • Diabetes: em algumas pessoas, é a sudorese excessiva do tronco que levanta a suspeita sobre a possibilidade de sofrer de diabetes.
  • Doença isquêmica coronariana: em episódios cardíacos agudos, a sudorese profusa pode ser causada pelo estímulo que a dor gera no sistema nervoso simpático.
  • Quadros infecciosos sistêmicos: em parte devido à febre e em parte devido à aceleração do metabolismo durante uma infecção, geralmente a hiperidrose acompanha o momento agudo do processo infeccioso.
  • Neuropatias: especificamente, doenças dos nervos periféricos e do sistema nervoso simpático são capazes de alterar a inervação das glândulas sudoríparas.
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Critérios de diagnóstico e sintomas

Não se pode diagnosticar qualquer suor que pareça excessivo como hiperidrose. A comunidade médica estabeleceu alguns critérios que, se cumpridos, permitem o diagnóstico da patologia.

A primeira condição inevitável é que você sofra mais de seis meses de sudorese excessiva sem uma explicação direta. Ou seja, o suor é gerado sem a presença de episódios de calor ou após exercícios intensos.

Além dessa característica, devemos adicionar pelo menos duas das seguintes circunstâncias:

  • Obstáculo para as atividades diárias.
  • Aparecimento de suor excessivo pelo menos uma vez por semana.
  • Problema que surgiu antes dos 25 anos.
  • Ter um familiar com diagnóstico de sudorese excessiva.
  • Suor simetricamente distribuído: em ambas as axilas, por exemplo, ao mesmo tempo.
  • Transpiração durante as horas de sono nas noites que não são quentes.
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As mãos são um dos locais mais afetados pela hiperidrose.

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Tratamentos para a sudorese excessiva

  • Antitranspirantes: Esta é a primeira medida tomada entre pessoas com hiperidrose. Em geral, costuma ser um tratamento estabelecido pelo próprio paciente antes de consultar o médico. O componente dos antitranspirantes que funciona melhor é o cloreto de alumínio. Entretanto, este tipo de desodorante pode causar efeitos adversos, como irritação dérmica, especialmente em pessoas com pele sensível.
  • Medicamentos: existem medicamentos para reduzir a sudorese, mas eles nem sempre são indicados devido aos seus efeitos adversos.
  • Iontoforese: a base desta técnica é a eletricidade. Por meio de uma corrente elétrica, é possível cancelar a função das glândulas sudoríparas. O tratamento requer uma série de sessões para ser eficaz e não apresenta efeitos adversos importantes. Controla-se o fluxo da corrente de maneira que não haja perigo de que atinja níveis perigosos para o corpo.
  • Toxina botulínica: injeta-se a substância diretamente na área mais afetada pela hiperidrose para bloquear os nervos que estimulam a transpiração. Pode ser injetado nas axilas, nas mãos e nos pés.
  • Cirurgia: o procedimento cirúrgico indicado é a simpatectomia torácica endoscópica. É um procedimento que se utiliza unicamente em casos de gravidade máxima em que a qualidade de vida é muito afetada ou as infecções dérmicas são muito frequentes devido à umidade. O procedimento consiste em cortar um nervo do sistema nervoso simpático para interromper a estimulação das glândulas sudoríparas.

É claro que, em qualquer caso, o médico será o responsável por fornecer as orientações e determinar o tratamento mais adequado para cada paciente. Felizmente, todo problema tem uma solução.


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  • Pérez, Marco Antonio Callejas, et al. “Hiperhidrosis primaria.” Medicina Clínica 119.17 (2002): 659-665.
  • Hernández Gutiérrez, José Manuel, Gustavo Salinas Sedo, and Josefina Nodal Ortega. “Hiperhidrosis esencial, recomendaciones para su tratamiento.” Revista Cubana de Cirugía 50.4 (2011): 597-601.
  • Hoorens I, Ongenae K. Primary focal Hyperhidrosis: current treatment options and a step-by-step approach. J Eur Acad Dermatol Venerealol 2012; 26: 1-8.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.