Formas de pensar que limitam sua mente
Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña
Há diferentes formas de pensar que limitam nossa criatividade, que nos lançam na agonia mais intensa e que fazem com que, às vezes, nos afundemos no papel de vítimas.
No entanto, esta é uma maneira de ver a vida e, como tal, pode ser modificada.
Mas, como? Sendo conscientes de que estas formas de pensar são tão prejudiciais para nós e, às vezes, fazem com que ponhamos umas grades fortes ao nosso redor.
Formas de pensar que lhe aprisionam
“Deixo para amanhã”
Você já ouviu falar da palavra “procrastinar“? É uma “mania” que certamente você tem e que acontece sempre que deixa algo que se quer fazer para o outro dia.
O que acontece é que, na maioria das ocasiões, isto continua se adiando até que cai no esquecimento.
Desculpas de que tem que economizar e não desperdiçar o dinheiro nessa viagem que tanto você desejava, ou não se dar esse luxo, mesmo que você possa, porque pensa que não seria bom. São pensamentos que lhe impedem de aproveitar a vida.
Uma forma de evitar isto é viver cada dia como se fosse o último, mas não no sentido de desperdiçar até não poder mais, mas sim desfrutar, de se permitir fazer o que quiser.
Temos apenas uma vida, quem sabe onde você estará amanhã. Por que não começamos a aproveitar o aqui e agora?
“Não posso deixar de pensar em…”
Existe uma coisa chamada “pensamentos ruminantes” que se tornam numa bola de neve cada vez maior, até que começam a superá-lo e se manifestam em forma de ansiedade ou dor física.
Algo que originou em você um sentimento de vergonha, uma situação que fez com que lhe despertasse a culpa pode fazer com que estes tipos de ideias obsessivas, sobre como você poderia tê-lo evitado, o perseguem.
De repente, você não consegue dormir bem, não consegue aproveitar a vida, e sua cabeça se torna em um contínuo “come-come” de pensamentos dos quais não consegue pôr um fim.
Aprender a abstrair será essencial para não se agarrar a essas ideias tão danosas e que não levam você a lugar nenhum. Porque, se pensar bem, por acaso você resolve alguma coisa dando voltas em uma mesma situação que já faz parte do passado?
“Tenho que fazer isso perfeito”
Alguma vez você já foi perfeccionista?
Se a resposta for positiva, você sabe que isto, muitas vezes, o bloqueia e impede de aceitar algo que já está terminado.
Caso esteja com um projeto em mãos, dedicará horas e horas em revisá-lo, buscando a perfeição absoluta.
No entanto, certamente você é consciente de que isso é uma coisa muito subjetiva e que, na verdade, a excelência não existe.
Claro que você tem medo de fracassar, temor de perder, ou uma recusa terrível em fazer as coisas mal feitas. Mas, você já parou para pensar que tudo isso pode ser bom para aprender e crescer?
Com a perfeição você jamais poderá melhorar, mas com tentativas e erros sim. Aceite que você não é perfeito, dê o melhor de si mesmo e continue crescendo.
“Sinto-me culpado ou você é o culpado”
Você já teve uma breve aproximação com a culpa anteriormente, mas é imprescindível abordá-la mais profundamente pela grande importância que tem.
A culpa, nas suas duas formas (culpar os demais ou sentir-se culpado), é muito dolorosa. Não deixa você viver e enclausura.
- Quando você se culpa e não é capaz de sair de onde está, você se paralisa e fica absorto nos pensamentos ruminantes.
- Quando você culpa os outros, escapa da responsabilidade que deveria ter sobre uma situação e isso lhe dá imaturidade e falta de perspectiva.
É importante que você encontre o equilíbrio necessário entre se culpar e culpar aos outros, para abandonar estas duas formas de pensar que estão limitando sua mente.
Muitos de nós já experimentamos estas formas de pensar que nos fazem sentir mal, que nos paralisam e que nos impedem de viver felizes e plenos.
Agora que somos conscientes de cada uma delas devemos colocar todos os nossos esforços para não cair nunca mais em suas garras.
Não merecemos sofrer tanto, pois fomos nós mesmos que entramos nessa encruzilhada.
Lembre-se de que as piores tempestades são as que se formam em nossa mente e não as que, na realidade, estão acontecendo.
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