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7 equívocos sobre a fibromialgia

5 minutos
Os conceitos errôneos sobre a fibromialgia precisam ser esclarecidos, porque muitas vezes levam os pacientes a buscar soluções inadequadas.
7 equívocos sobre a fibromialgia
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

Existem vários equívocos sobre a fibromialgia que as pessoas costumam propagar, a maioria dos quais decorrem de uma doença que a ciência ainda não decifrou totalmente.

No entanto, embora haja detalhes dessa doença que ainda não são conhecidos, também é verdade que foram realizados avanços que têm permitido descartar hipóteses. Por esse motivo, é importante não dar ouvidos aos equívocos sobre a fibromialgia que mostramos a seguir.

7 equívocos sobre a fibromialgia

Apesar de essa patologia ser conhecida desde 1904, a medicina ainda não consegue explicar por que ela ocorre. Ainda não existem meios para diagnosticá-la e nem ferramentas para curá-la.

Essas lacunas fazem circular alguns conceitos errados sobre a doença, o que faz com que as pessoas afetadas a administrem mal, com os riscos que isso implica. Quais são essas crenças?

1. Esta é uma doença psicológica

Este é um dos equívocos mais comuns sobre a fibromialgia. Em geral, cada uma das doenças tem algum componente psicológico e algumas também geram consequências psicológicas. No entanto, isso não significa que existam apenas na mente da pessoa.

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Pessoas com fibromialgia podem sentir dor mesmo diante de estímulos que não são considerados os causadores desta. No entanto, isso não significa que a sua origem seja psicológica.

A fibromialgia causa sintomas físicos, como dor generalizada e rigidez articular. Quem sofre dessa doença percebe estímulos normais como dolorosos, e sente uma dor mais elevada diante daqueles que realmente provocam dor. No entanto, isso não significa que os desconfortos estejam na sua mente.

2. Afeta apenas mulheres e idosos

Este é mais um daqueles preconceitos generalizados. Como em boa parte das doenças, é verdade que existe uma prevalência maior em certos tipos de pacientes.

Neste caso, um artigo publicado em 2009 pela Revista de la Asociación Española del Dolor explica que é verdade que 80% dos pacientes são mulheres; mas elas não são as únicas que podem ter este problema.

O mesmo se aplica à idade. Há evidências de que a fibromialgia é mais comum em pessoas mais velhas, mas também pode se manifestar em outros momentos da vida. Ou seja, qualquer pessoa pode desenvolver essa doença.

Não deixe de ler: Dor muscular e fadiga crônica? Pode ser fibromialgia

3. Perde-se completamente a qualidade de vida

Atualmente, a prática regular de exercícios é considerada a melhor forma de reduzir os sintomas da doença. Além disso, existem vários tratamentos disponíveis para evitar que a fibromialgia altere significativamente a qualidade de vida.

Não é mais necessário focar 100% nos medicamentos, mas a ênfase também está em certos hábitos. Assim, uma pessoa com fibromialgia pode recuperar a sua qualidade de vida se fizer exercícios aeróbicos regularmente, praticar técnicas de relaxamento e seguir as orientações médicas.

4. Exercício, um dos equívocos sobre a fibromialgia

Por falar em exercícios, um dos equívocos mais difundidos sobre a fibromialgia é de que as pessoas com essa patologia não podem se exercitar. Nada poderia estar mais longe da realidade, uma vez que, como o seguinte estudo publicado pela Revista de Reumatología Clínica bem demonstrou, o exercício é uma via importante para o tratamento do problema.

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A natação é um dos exercícios recomendados para pacientes com fibromialgia. No entanto, também existem outras opções, como o atletismo, o ciclismo e a caminhada.

O certo é que você deve ter orientação médica, fazer as atividades de forma progressiva, gradual e constante. Vários pesquisadores (como os da Universidade de Göteborg, Suécia) confirmaram que, em um número significativo de casos, a prática de natação, atletismo, ciclismo, caminhada e exercícios na água quente melhora os sintomas.

5. Uma dieta especial

Até o momento, não há evidências de que a ingestão de um determinado alimento melhore ou agrave a doença. No entanto, um estudo publicado pela Revista de Gastroenterología mostra que há uma linha aberta de pesquisa em que há uma possível relação entre o consumo de glúten e a fibromialgia. No entanto, mais ensaios são necessários a esse respeito.

O certo é que quem tem essa doença tem mais chance de ganhar peso. Por sua vez, o excesso de peso aumenta os sintomas. Portanto, é aconselhável manter uma alimentação saudável para evitar problemas.

Descubra: 10 formas através das quais seu corpo manifesta a fibromialgia

6. Não há tratamento: outro dos equívocos sobre a fibromialgia

O tratamento farmacológico foi estabelecido para ter eficácia significativa em até 40% dos pacientes. Consiste na administração de analgésicos, antidepressivos ou anticonvulsivantes com aprovação médica prévia.

Além disso, o exercício regular aliado à prática de técnicas de relaxamento e terapias cognitivo-comportamentais tem demonstrado a sua eficácia para um grande número de pacientes. Embora os efeitos não sejam vistos imediatamente, eles são perceptíveis ao longo do tempo.

7. Causa sequelas graves

A fibromialgia não causa sequelas, nem é uma doença degenerativa, uma vez que não causa alterações nas articulações, ossos ou músculos.

Também não leva a deformidades ou paralisias que limitam o movimento, e não causa alterações neurológicas. Além disso, nem sempre é a causa de cada uma das dores físicas que o paciente sente.

Não se deixe enganar por esses equívocos sobre a fibromialgia

Como você já viu, vários erros foram perpetuados ao longo dos anos em relação à fibromialgia. Por isso, é importante saber identificá-los com base no rigor científico para evitá-los.

O mais importante a fazer, em primeiro lugar, é consultar um especialista para se informar bem sobre a doença. É a única maneira de tratá-la da maneira adequada sem cometer erros que piorem a situação.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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