As doenças mais comuns nos pés de idosos

À medida que envelhecemos, o corpo muda, e nossos pés não são exceção. A dor e os problemas nos pés são comuns em idosos, dificultando a realização das atividades cotidianas.
As doenças mais comuns nos pés de idosos

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 06 julho, 2023

Os pés desempenham um papel fundamental em relação à mobilidade e ao equilíbrio durante a realização de várias atividades, mas, apesar de sua função e importância, em muitas ocasiões a higiene e os cuidados com essa área tão importante do nosso corpo são deixados em segundo plano, causando consequências independentemente da idade.

No entanto, especialmente na idade avançada, é vital ter uma boa saúde dos pés, pois sofrer de diabetes, hipertensão ou problemas vasculares, combinados com cuidados inadequados com os pés, pode levar a um problema mais sério, como a amputação da perna ou do pé.

A prevenção das doenças é sempre o melhor caminho, mas isso precisa começar o quanto antes na vida. Para quem já está enfrentando alguma das doenças nos pés de idosos, precisa identificar o problema e buscar tratamento médico.

A perda de qualidade de vida acontece quando a doença o impede de sair de casa e ir a certos lugares, que seja para uma caminhada leve.

A seguir, mostraremos quais são as mais comuns doenças nos pés dos idosos.

Fascite plantar

A fascite plantar é uma inflamação em um tecido localizado na sola do pé, chamado fáscia plantar, que tem uma camada de gordura para absorver o impacto e liga o osso que compõe o calcanhar aos dedos.

As doenças mais comuns nos pés de idosos

Fascite plantar é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar, uma membrana de tecido conjuntivo que recobre a musculatura da sola do pé.

Esse problema tem maior tendência a surgir quando há muita tensão ou utilização da fáscia, resultando em dor nos pés, rigidez, ardor e dificuldade para andar.

É importante não confundir a fascite plantar com o esporão do calcâneo. São duas patologias diferentes, embora possam ser desencadeadas por lesões muito semelhantes: microtraumatismos e inflamação crônica na região do calcanhar, nas proximidades da inserção do tendão de Aquiles.

Geralmente, a fascite plantar é um transtorno de bom prognóstico, mas a recuperação costuma ser bastante lenta.

Joanetes

O joanete é uma saliência óssea que cresce na articulação localizada na base do dedão do pé. Ele se forma quando o hálux (dedão) aponta em direção ao segundo dedo forçando a articulação a ficar maior e projetada para fora. Não ocorre apenas em idosos, porém, na terceira idade, os joanetes se manifestam devido aos muitos anos usando sapatos justos, de pontas finas ou saltos altos.

Os joanetes são uma deformidade nos dedos dos pés, deixando-os curvados para um lado. Ocorre um inchaço ósseo na lateral do dedão do pé, na articulação da base do dedão, empurrando essa articulação para fora.

A região afetada inflama, começa a doer, dificulta a movimentação e tudo isso começa a prejudicar outras partes dos pés, como os tornozelos. Se os dedos não estão firmando bem no chão para caminhar, ocorre um excesso de carga em outras partes, levando a lesões e outras doenças além do joanete.

O joanete tem tratamento. Caso ele seja diagnosticado logo no início, é possível prevenir a sua evolução através da troca de sapatos, ou seja, evitar o uso de sapatos finos, muito apertados e, no caso das mulheres, evitar também os saltos altos. Mas se o caso já estiver em um estágio avançado e causar muita dor, o tratamento pode ser cirúrgico.

Esporão do calcâneo

O esporão do calcâneo é uma condição médica caracterizada por um crescimento anormal que pode surgir no osso calcâneo, o maior osso do pé, localizado no calcanhar.

Muitas pessoas sofrem com as fortes dores do esporão no calcanhar e na sola do pé. A dor surge principalmente depois de uma atividade física ou pela manhã, depois de acordar. No entanto, em muitos casos, o paciente não sente nenhum sintoma de esporão do calcâneo e somente descobre a doença ao realizar exames de imagem nos pés por conta de outras condições médicas.

A pessoa pode chegar a sentir dor no arco do pé, que irradiada para a panturrilha, ao alongá-la. Também pode sentir rigidez dos músculos da panturrilha e do pé, além da redução de amplitude dos movimentos dos pés.

O esporão tem tratamento, e a primeira coisa para resolver é consultar um ortopedista. O tratamento pode variar, e algumas opções são massagens com um creme ou pomada específicos, acupuntura, palmilha, alongamentos, fisioterapia e até algumas receitas caseiras, se o médico aprovar.

As doenças mais comuns nos pés de idosos

O tratamento de esporão do calcâneo é feito por meio de estratégias que aliviem os sintomas, como manter os pés elevados e colocar gelo no calcanhar. Alguns pacientes também podem ter que fazer o uso de palmilhas especiais, que aliviam o impacto do caminhar no calcanhar.

Nos casos mais dolorosos, é recomendada a realização de fisioterapia e mesmo o uso de medicamentos para aliviar a condição.

Calos

Existem os calos recentes, que formam uma bolha com um líquido dentro, e os calos endurecidos e amarelados que ficaram assim depois de tanto aquela parte da pele ser machucada.

Todos os tipos de calos têm algo em comum: eles causam incômodos e prejudicam a estética da pele. Portanto, devemos cuidar bem da saúde dos pés para evitar o surgimento de outros problemas e sintomas.

Muitos calos não causam nenhum risco à saúde e não incomodam. Mas, dependendo do tipo, como os mais profundos e muito duros, podem causar dor, vermelhidão e ardência.

A retirada do calo no pé pode ser feita em consultório médico. No entanto, para casos mais simples, alguns tratamentos caseiros conseguem resolver o problema e promover maior bem-estar para os seus pés.

Caso nenhum tratamento caseiro funcione, você pode tentar com uma pomada com ácido salicílico, que dissolve a queratina presente no calo. Essa pomada pode ser adquirida em uma farmácia de manipulação.

Dedos em garra

Os dedos em garra são uma deformidade que ocorre nos dedos do pé. Nessa patologia, acontecem alterações nas articulações dos dedos, o que faz com que fiquem em uma posição encurvada, assumindo uma forma parecida com uma garra.

Diferente do joanete, ter os dedos em garra é uma condição que faz os dedos dos pés se envergarem para dentro, prejudicando os ossos, as unhas e, claro a possibilidade de caminhar normalmente e sem dor.

Como desestabiliza a marcha e o equilíbrio, os dedos em garra prejudicam a saúde de diferentes formas.

O tratamento não cirúrgico dos dedos em garra tem bons resultados no alívio dos sintomas dolorosos que impactam negativamente na qualidade de vida.

A adequação do tipo de sapato é fundamental para o tratamento. Os calçados indicados são aqueles que têm o solado mais firme. Portanto, sapatos muito flexíveis devem ser evitados.

Existe também uma técnica que retira o tecido morto (calosidades) para melhorar a cicatrização e proporcionar mais conforto ao paciente. Essa técnica é denominada desbridamento.

O pé diabético

O pé diabético é uma patologia associada à doença metabólica subjacente, o diabetes mellitus. Trata-se de uma infecção, ulceração e destruição dos tecidos profundos que compõem os membros inferiores.

Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.

Nem todos os pacientes diagnosticados com diabetes mellitus tendem a desenvolver pé diabético. No entanto, a recomendação é que, ao apresentar qualquer lesão, o paciente deve ser atendido imediatamente por profissionais de saúde.

Ao notar qualquer tipo deformidade ou lesão nos dedos, desde o início, é importante procurar um ortopedista para avaliar a situação e já iniciar algum tratamento, que dependerá conforme cada caso.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.