Logo image
Logo image

Gânglios linfáticos: descubra o que causa a inflamação

4 minutos
Os gânglios podem ficar inflamados por muitas causas e são sensíveis a qualquer tipo de alteração. Em algumas ocasiões, pode ser que nosso sistema imunológico ainda não tenha se recuperado de uma doença anterior.
Gânglios linfáticos: descubra o que causa a inflamação
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 07 agosto, 2023

A inflamação dos gânglios linfáticos, em muitos casos, não é algo tão sério, principalmente se for causada por infecções.

Contudo, sempre é recomendável controlar o estado dessa área para descartar outras doenças. Caso inflame, o melhor a fazer é procurar um médico.

Esses pequenos inchaços, que costumam aparecer no pescoço quando, por exemplo, pegamos um resfriado, são chamados de gânglios linfáticos.

Eles são essenciais para nosso corpo e atuam como filtros do líquido tissular (linfa).

Possuem formato parecido ao de uma amêndoa, com pouco mais de um centímetro, e formam uma espécie de “cacho” nas regiões do pescoço, axilas, tórax e abdômen.

Caso inflamem, o que devemos fazer é manter a calma e lembrar que, em mais da metade dos casos, essa inflamação é normal.

Mas, claro, isso não deve ser motivo para não procurar por um diagnóstico preciso de um médico.

A seguir, explicaremos as funções dos gânglios e o que causa sua inflamação.

Qual é a função dos gânglios linfáticos?

Some figure

Podemos dizer que os gânglios linfáticos desempenham basicamente as seguintes funções:

  • Filtram a linfa de substâncias estranhas, como bactérias e células cancerígenas, e as destroem.
  • Produzem glóbulos brancos, como linfócitos e células plasmáticas, encarregados de destruir substâncias nocivas.
  • O sistema linfático está estruturado de modo similar ao dos vasos sanguíneos.
  • Defendem nosso sistema imunológico.
  • Os gânglios linfáticos têm diferentes formas e tamanhos. Por exemplo, debaixo da mandíbula, são planos, em forma de feijão e têm mais ou menos 1 cm. Os gânglios da nuca possuem cerca de 0,5 cm e formato de lentilha. Por fim, os da virilha são largos e têm um pouco mais de 1,5 centímetros.

O que causa a inflamação dos gânglios linfáticos?

Eles podem ficar inflamados por inúmeras causas. Como sua função principal é a de proteger nosso sistema imunológico, são sensíveis a qualquer mudança nesse sistema.

Sua inflamação pode ocorrer devido a causas sem muita importância ou ter origens mais sérias, como, por exemplo, um câncer.

Mas, vejamos com mais detalhes as possíveis causas desta inflamação:

  • Infecções normais devido a resfriados, gripes ou amidalite.
  • Infecções bacterianas específicas: sífilis, tuberculose, salmonelose.
  • Infecção por lúpus.
  • Infecções virais como a rubéola e o sarampo.
  • Infecções por outros patógenos, como, por exemplo, a malária ou a leishmaniose.
  • Doenças reumáticas.
  • Medicamentos tais como perclorato, cotrimoxazol, hidantoína.
  • Estresse, dormir mal, má alimentação, falta de nutrientes.
  • Linfomas, doenças tumorais em grande parte tratáveis, como, por exemplo, os neoplasmas benignos (não cancerígenos). Entretanto, devemos considerar que o risco de surgimento dos chamados linfomas malignos existe e que os sintomas e as mudanças que sentimos devem ser avaliados por um médico.

Diagnóstico

Some figure

Consultando um médico, teremos o diagnóstico e o tratamento adequados.

Contudo, o médico sempre deve considerar vários fatores. Assim, provavelmente, fará as seguintes perguntas:

  • Você teve algum resfriado ou gripe?
  • Em que região o gânglio inflamou? Pescoço, axila, clavícula?
  • Quando você notou? Apareceu rápido ou cresceu lentamente?
  • Você sente dor no local?
  • Você apresentou doenças anteriores ao surgimento da inflamação?
  • Toma algum medicamento?
  • Viajou faz pouco tempo?
  • Você perdeu muito peso recentemente?

Tudo isso permitirá que o médico detecte o problema, já que na maioria das vezes as inflamações nos gânglios surgem devido a doenças anteriores.

Ou seja, quando nosso sistema imunológico ainda não está totalmente recuperado.

Em alguns casos, surgem devido a algum medicamento ou alguma bactérias. Mas com nossa ajuda e os exames pertinentes, o médico poderá explicar a causa da inflamação.

Leia também: Fortaleça seu sistema imunológico de forma natural com cogumelo ostra

Dados que devem ser considerados

A maior parte das infecções nos gânglios ocorre no pescoço e sua origem está quase sempre relacionada a infecções na garganta ou na boca.

Esse tipo de inflamação não é tão perigosa. Entretanto é necessário controlar para que ela não se desenvolva, tornando-se maior.

Geralmente, quando passa de 4 cm, é necessário realizar uma biopsia para saber do que exatamente se trata e qual é a gravidade.

Lembre-se também de que, assim como as inflamações nos gânglios do pescoço costumam ser inofensivas, quando ocorrem naqueles situados na clavícula, independente de seu tamanho, são sempre considerados perigosos.

Assim, é imprescindível tratá-los rapidamente, pois podem desenvolver processos cancerígenos.

Como prevenir problemas e cuidar dos gânglios linfáticos?

Some figure

Uma das chaves para prevenir, na medida do possível, a inflamação dos gânglios linfáticos, é, sem dúvida, fortalecendo nosso sistema imunológico.

Para isso, é importante consumir diariamente alimentos ricos em:

Vitamina C

Essa vitamina é essencial para o sistema imunológico, pois combate infecções causadas por vírus e protege nossas células, etc.

Pode ser encontrada em cítricos, como os kiwis, os morangos, as mangas, os tomates, etc.

Vitamina E

Esta vitamina aumenta a produção de glóbulos brancos, protegendo-nos de certos tipos de câncer e bactérias.

Pode ser encontrada na maior parte das frutas e verduras, além dos frutos secos, como é o caso das nozes, do pistache, da amêndoa, etc.

Betacaroteno

Dispõem de antioxidantes, combatem os radicais livres e fortalecem o sistema imunológico.

O betacaroteno pode ser encontrado em cenouras, milho, melancia, couve, beterraba, abóbora, aspargos, damasco etc.

Selênio e zinco

Estes nutrientes nos ajudam a produzir mais células, oferecendo mais energia ao sistema imunológico.

E onde encontramos o selênio e o zinco? Simples: em cereais integrais, nozes e na grande maioria dos frutos secos, mariscos, soja, etc.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • García-Aguado, J. (2010). Estudio del paciente con adenopatías periféricas. Séptimo Curso de Actualización Pediatría. Madrid, España: Exlibris Ediciones, 31-42. https://www.academia.edu/36166258/Estudio_del_paciente_con_adenopatias_perifericas
  • Maini, R. & Nagalli, S. (2021). Lymphadenopathy. StatPearls. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK558918/
  • Mauro-Martín, S. y Garicano-Vilar, E. (2015). Papel de la vitamina C y los β-glucanos sobre el sistema inmunitario: revisión. Revista Española de Nutrición Humana y Dietética19(4), 238-245. Disponible en: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2174-51452015000400008
  • Rizvi, S., Raza, S. T., Ahmed, F., Ahmad, A., Abbas, S., & Mahdi, F. (2014). The role of vitamin E in human health and some diseases. Sultan Qaboos University Medical Journal14(2), 1-9.  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3997530/
  • Casares Diaz, S. A., Milanesio, M., Amelia, E. M., Saad, E. J., Guanchiale, L., & Alomar, J. M. (2021). Linfohistiocitosis hemofagocítica como presentación de Linfoma de células-T. [Hemophagocytic lymphohistiocytosis as a presentation of T-cell lymphoma]. Revista de la Facultad de Ciencias Medicas (Cordoba, Argentina)78(3), 317–321. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8760911/#:~:text=La%20linfohistiocitosis%20hemofagoc%C3%ADtica%20es%20un%20s%C3%ADndrome%20hiperinflamatorio%20que%20puede%20ser,el%20manejo%20de%20estos%20pacientes.
  • Castañeda, N., Narro, F., & Fortes G. (2020). Linfadenopatía cervical en pediatría. Revista Latinoamericana de Infectología Pediátrica, 33(1), 44-48. https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=92385
  • Null M, Arbor TC, Agarwal M. (2023). Anatomy, Lymphatic System. StatPearls. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK513247/
  • Chaves, W. G., Carrero, N. E., & Tejeda, M. (2015). Linfadenopatías generalizadas como primera manifestación de lupus eritematoso sistémico; un diagnóstico diferencial de enfermedad linfoproliferativa. Un reporte de dos casos. Revista Colombiana de Reumatología22(4), 225-230. https://www.elsevier.es/es-revista-revista-colombiana-reumatologia-374-articulo-linfadenopatias-generalizadas-como-primera-manifestacion-S0121812315000833
  • Diccionario de cáncer del NCI. (s. f.). Instituto Nacional del Cáncer. Consultado el 31 de mayo de 2023. https://www.cancer.gov/espanol/publicaciones/diccionarios/diccionario-cancer/def/ganglio-linfatico
  • Palmezano-Díaz, J. M., Figueroa-Pineda, C. L., Rodríguez-Amaya, R., & Plazas-Rey, L. K. (2018). Prevalencia y caracterización de las enfermedades autoinmunitarias en pacientes mayores de 13 años en un hospital de Colombia. Medicina interna de México. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0186-48662018000400003
  • Zambrano-Ferreira, J. A., Pérez-Fonseca, S. V., Caro-Becerra, A. C., González-Rocha, Y. F., Gelvez-Díaz, J. M., Rueda-Gutiérrez, J. A., & Mallarino, G. (2021). Linfedema: de la fisiopatología al tratamiento actual. Médicas UIS34(3). http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-03192021000300061
  • Villegas-Molina, J. P., Yarce-Prince, M., Ochoa-Hernández, J. L., De Dios Cardona-Muñoz, S., Orozco-Beltrán, L. V., De Jesús Ruiz-Hernández, E., Cárdenas-Cañas, C. A., Correa-Londoño, L. A., Atencia-Flórez, C. J., & Velásquez-Lopera, M. M. (2019). Enfoque del paciente con adenopatías generalizadas. Importancia de la estrategia didáctica del estudio de casos clínicos: a propósito de un paciente con linfoma de Hodgkin asociado a una infección por el virus de Epstein-Barr. Iatreia32(4), 328-337. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-07932019000400328
  • Qiu, F., Liang, C. L., Liu, H., Zeng, Y. Q., Hou, S., Huang, S., Lai, X., & Dai, Z. (2017). Impacts of cigarette smoking on immune responsiveness: Up and down or upside down?. Oncotarget8(1), 268–284. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5352117/
  • Le, C. P., & Sloan, E. K. (2016). Stress-driven lymphatic dissemination: An unanticipated consequence of communication between the sympathetic nervous system and lymphatic vasculature. Molecular & cellular oncology3(4), e1177674. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4972108/
  • Herrera, M., Molina, P., & Souza-Smith, F. M. (2021). Ethanol-induced lymphatic endothelial cell permeability via MAP-kinase regulation. American journal of physiology. Cell physiology321(1), C104–C116. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8321794/
  • Villagran Orellana, M., Martínez Sanguinetti, M. A., Díaz, F., Petermann-Rocha, F., & Celis-Morales, C. (2020). Nutrientes, alimentación y actividad física como potenciadores del sistema inmune en tiempos de COVID-19.: Nutrients, diet, and physical activity as enhancers of the immune system in times of COVID-19. ARS MEDICA Revista De Ciencias Médicas45(4), 48–60. https://www.arsmedica.cl/index.php/MED/article/view/1732

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.