Após onda recorde de calor insetos invadem Buenos Aires

No mês de março, Buenos Aires quebrou seu recorde de temperatura máxima e foi invadida por pequenos insetos semelhantes a piolhos.
Após onda recorde de calor insetos invadem Buenos Aires

Última atualização: 26 março, 2023

Segundo o MetSul, Buenos Aires sofre em meio a uma onda de calor sem precedentes para essa época do ano na região. No dia 2 de março, a temperatura atingiu 38ºC na capital argentina. A maior marca observada em março desde o começo das medições em 1906 na cidade. A marca superou o recorde anterior de 37,9ºC de 7 de março de 1952.

Devido a esse forte calor que atinge a cidade, uma invasão de insetos incomodou milhares de pessoas. O inseto em questão é semelhante em tamanho e cor a um piolho, mas é conhecido como Caliothrips phaseoli. Embora não seja visto com tanta frequência nas áreas urbanas, ele costuma causar problemas todos os anos nos setores rurais no período do verão.

Esses pequenos insetos que nos últimos dias se instalaram entre plantas e piscinas em diversas regiões também são chamados popularmente de tripes. Alguns acreditavam que eram ácaros de pássaros ou piolhos de pombos, mas trata-se de uma praga de “tripes”.

Esto no es normal, lavar la pileta a la mañana y que a la tarde esté así. Alguien más le paso? Son mini Bichitos que pican y no hay manera de sacar esos bichos pic.twitter.com/OMqg3x2URc

— Florencia (@Cusmiok) March 10, 2023

Nas redes sociais, um vídeo que se tornou viral mostra uma piscina cheia desses “bichinhos”. Eles também foram vistos em roupas penduradas no varal, já que a cor escura do pano úmido costuma atraí-los, além de causar coceira quando pousam na pele.

De acordo com o Sistema Nacional de Vigilância e Monitoramento de Pragas (Sinavimo), os tripes adultos são cinza-escuros quase pretos e medem pouco mais de 1 milímetro de comprimento.

Recorde de calor em Buenos Aires

Os tripes se reproduzem em poucos dias. O calor é o clima ideal para sua reprodução: as fêmeas depositam seus ovos nos tecidos da planta, e as larvas que eclodem dos ovos se alimentam dos tecidos ao redor.

Como são muito pequenos, é difícil detectá-los. Por isso, as autoridades recomendam atenção ao aparecimento de pontinhos pretos (que são seus excrementos) nas folhas das plantas, pois isso é um indício da sua presença.

Eles se alimentam principalmente de pólen, mas as larvas se alimentam de tecidos vegetais, que são responsáveis ​​pela maior parte dos danos produzidos nas lavouras. A soja, por exemplo, é uma das plantações que mais sofre com a praga desse inseto.


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