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5 coisas que você deve saber sobre as doenças autoimunes

4 minutos
Ainda que as doenças autoimunes possam ser crônicas, não devemos nos desesperar. Há uma grande quantidade de tratamentos que podem nos ajudar a entendê-las e a melhorar nossa qualidade de vida.
5 coisas que você deve saber sobre as doenças autoimunes
Nelton Abdon Ramos Rojas

Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas

Escrito por Valeria Sabater
Última atualização: 11 julho, 2023

As doenças autoimunes continuam sendo, em sua maioria, um mistério para a ciência. Atualmente ainda não está claro por que o sistema imune ataca as células do próprio organismo até destruí-las.

Doenças como a esclerose múltipla, a doença de Crohn ou a artrite reumatoide são duros exemplos de doenças autoimunes.

Em muitos casos, a predisposição genética pode ser determinante, ainda que também devamos levar em conta outros fatores ambientais.

As pessoas que convivem com esta realidade no dia a dia veem diminuída sua qualidade de vida de uma maneira muito dolorosa.

São doenças que podem ser crônicas e, às vezes, chegam a afetar várias partes do corpo, como é o caso do lúpus eritematoso sistêmico (LES).

A seguir, explicaremos 5 aspectos que vale a pena levar em conta sobre as doenças autoimunes.

Se for seu caso, ou se tiver alguém próximo com este problema, não hesite em conhecer novas informações e avanços médicos através dos quais obter mais bem-estar, na medida do possível.

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1. Causas das doenças autoimunes

Já dissemos que o peso da genética pode ser importante. Realmente, sabe-se que uma interação entre os fatores ambientais e alguns genes determinam o surgimento das doenças autoimunes. No entanto, não existe uma correlação de 100% entre esses fatores.

  • Ainda assim, a teoria que se sustenta no dia de hoje é de que existem certos antígenos que, ao serem absorvidos pelo intestino, podem fazer com que várias doenças se desenvolvam.
  • Esta teoria se baseia na permeabilidade intestinal. Uma anomalia nesses órgãos pode dar passagem a certos antígenos desde o intestino até o sangue.

Assim, altera-se a resposta imune a ponto de provocar o que é percebido como “tecido inimigo” por alguns de nossos órgãos, até o ponto do organismo começar a atacá-los e destruí-los pouco a pouco.

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2. Cada vez são diagnosticadas mais doenças associadas à imunidade

O fato de cada vez mais serem diagnosticadas doenças autoimunes não significa necessariamente que existam mais casos.

Na verdade, hoje existem mecanismos melhores para identificar doenças que antes eram associadas a simples alergias ou a outros males.

  • Atualmente, as doenças autoimunes são reconhecidas como um problema de saúde importante. É necessário dar voz a esses pacientes para obter um maior apoio social.
  • A ciência dispõe agora de melhores mecanismos para entender o processo autoimune, suas causas e seus sintomas associados aos diversos grupos de doenças crônicas.
  • Hoje em dia, são muitas as crianças que já dispõem de um diagnóstico adequado para tratar sua doença autoimune o quanto antes.

3. Que tipos de doenças autoimunes existem?

Podemos dividir as doenças autoimunes em:

  • Doenças sistêmicas: Não afetam um órgão específico, mas podem atacar vários. É o casa da doença celíaca ou da esclerose lateral amiotrófica (ELA).
  • Síndromes locais: Atacam um tecido em particular. Podem ser de caráter dermatológico, hematológico ou endócrino. Entre elas, encontramos a tireoidite de Hashimoto ou a colite ulcerosa.
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4. Como é o tratamento das doenças autoimunes?

Assim como destacamos no início, a maioria das doenças autoimunes não tem cura.

Portanto, estamos diante de doenças crônicas que devemos aprender a assumir e a enfrentar com a ajuda de bons profissionais.

Para tanto, é necessário entender e aplicar o seguinte enfoque:

  • Aliviar os sintomas através de um tratamento adequado.
  • Conservar os órgãos e sua atividade. Seja o intestino, o fígado ou até a nossa pele, devemos lutar por manter nossa integridade e qualidade de vida na medida do possível.
  • Experimentar novos tratamentos e estar em dia com os avanços, descobertas e estratégias.

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5. Lembre-se de que você não está sozinho

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Viver com lúpus ou com uma esclerose múltipla não é fácil. Nem para o paciente nem para a sua família.

  • Para nos permitirmos “sobreviver” a essas duras circunstâncias pessoais, é necessário tratar a doença a partir de diversos enfoques.
  • Além do tratamento médico, é necessário o assistencial e, também, o psicossocial. Devemos saber que não estamos sós. Em nossa comunidade existem, certamente, diversas associações nas quais encontrar apoio e, acima de tudo, compreensão.
  • Os grupos de apoio e as associações são indispensáveis nesses casos. Eles ajudarão os pacientes e seus familiares a entenderem melhor a doença.
  • Conhecer novas perspectivas, casos como o nosso e, antes de tudo, estarmos em dia com avanços e possíveis fontes de ajuda.

Para concluir, apesar das doenças autoimunes nos conduzirem a um estilo de vida diferente e mais focado no cuidado, na atenção e na luta por nossa qualidade de vida e dignidade, lembre-se de que você não está sozinho.

A ciência continua lutando a cada dia para atendê-lo e oferecer-lhe o melhor.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.